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quinta-feira, 25 de fevereiro de 2016

Um caso de amor...

DESPERTAR
Um caso de amor !




Durante cem anos muitas coisas acontecem…
Até se atravessam dois séculos: o vinte e o vinte e um, como no presente caso.


No princípio era o Verbo. Aqui no início já existia a escrita. A imprensa, mas a internet e seus derivados surgiram há pouco tempo para facilitar o desenvolvimento em todas as vertentes deste semanário, O DESPERTAR.

No entanto a força do querer.
A solidariedade. O ideal.
O desejo de bem fazer.
O ganhar a vida trazendo algo de bom aos vizinhos e aos que afastados recebem notícias da sua terra, nasceu na mente e no coração do fundador JOÃO HENRIQUES, em 2 de Março de 1917 .Nessa altura terá saido o primeiro número do Jornal, O Despertar.

E cadeia prolongou-se através dos seus continuadores que souberam imprimir fielmente o espírito aos colaboradores e àqueles que apenas por amor e pelo prazer de comunicar, vêm enriquecendo gratuitamente e sem desânimo, este jornal centenário!

E o mais interessante é que o tempo varre a existência de alguns dos que serviram apenas por entrega e dedicação, mas logo surgem outros elementos para intervirem no mesmo espírito.

Continua-se assim, numa equipa segura, uma cruzada tecida com palavras amigas. Incentivadoras. Saudosas. Válidas para a construção de um mundo melhor.
Do mesmo modo os responsáveis do jornal, O DESPERTAR, são talhados nos mesmos moldes de bem servir!

Assim toda a equipa avança com esperança. Dedicação e saberes diversos, enriquecendo um semanário que estou certa nunca morrerá!
O fogo vai continuar a ser passado de mão em mão como o foi até aqui, pois a alma do jornal mantém-se no mais importante.

 As diversas matérias dos artigos de opinião e a atenção prestada ao mundo coimbrão pela responsável pelo jornal, Zilda Monteiro, fazem deste agente informativo algo sempre novo e actual.

Quem conhece o jornal, O Despertar, continua a distingui-lo. Apoiando-o com carinho como um amigo que sabem que ele é, sempre trabalhando para melhor servir e amar os seus leitores.

E tudo fica em aberto.
Ao celebrar um aniversário, mesmo de um jornal, este terá os anos que lhe restam, porque os quase cem anos de idade já passaram. Já não existem! De facto, tal como diz Rosaura Gomes, Fazer aniversário é olhar para trás com gratidão e para frente com fé!

Lucinda Ferreira (colaboradora há quase 40 anos)...25.2.16.

sábado, 20 de fevereiro de 2016

A energia do triângulo a três tempos (aumentada)

 A energia do triângulo a três tempos 
img net


Aquilo a que chamamos felicidade consiste na harmonia e na serenidade, na consciência de uma finalidade, numa orientação positiva, convencida e decidida do espírito, ou seja na paz da alma. Thomas Mann





Somos essencialmente energia.

(Confirma-o a fórmula de Albert Einstein: Energia = Massa x ( a velocidade da luz no vácuo)2 isto é: a energia é energia é igual à massa, vezes a velocidade da luz no vácuo, elevado ao quadrado.)
O que hoje nos interessa nesta descoberta de Albert Einstein?

É sobretudo constatarmos que não é descabido concluirmos que somos essencialmente energia.

Consequentemente, verificamos que na maior leveza do nosso ser, nos transformamos em luz…

Assim sendo, sabemos que na nossa essência vibramos em três dimensões: Mental. Emocional e espiritual, em igual proporção..

Só assim enquanto humanos, assumimos a nossa condição integral.

Se este triângulo se deturpa, a desarmonia reina necessariamente. 
O desequilíbrio instala-se.
 A doença toma forma.

 Percebe-se agora como toda a doença existe primeiro na mente. Depois desenvolve-se na parte mais densa, somatizando-se.
Sentimos no corpo a dor e todos os sintomas que quem sofre muito bem conhece.

Mas voltando à nossa natureza em três dimensões, notamos que sobretudo no Ocidente, a parte mental tenta controlar toda a situação, atrofiando emoções e espiritualidade…

Se a tristeza, a mágoa batem à porta, logo a dimensão mental se apressa a bloquear a dor. 
A travar o fluxo emocional.
“Pára de doer, pois eu não te quero, nem estou com paciência para te suportar”, diz-se para si mesmo no íntimo, comandados pela mente. De imediato se forjam estratégias de fuga.
·     Toma-se uma pílula da felicidade.
·     Dá-se uma volta.
·     Come-se melhor nesse dia.
·     Vai-se às compras.
·      Bebe-se qualquer coisa para afogar a mágoa… Abafar qualquer desconforto emocional.

Acontece também o desequilíbrio, noutro sentido.
Neste caso, a vibração negativa do sofrimento é a dominante abafando raciocínio e desprezando a espiritualidade.
As emoções restritivas por uma questão de narcisismo e a falta de solidariedade para com o outro, assumem o controlo da vida. Fazem morada definitivamente na vida de alguém que se refugia na doença olhando apenas o seu umbigo.

A epidemia contemporânea da depressão é um fenómeno reactivo do século, tal como a histeria o foi no passado aquando da repressão e a orientação sexual dita menos correcta.
Hoje tudo acontece no imediato numa civilização do espectáculo. De exposição mediática e imediata.

Veja-se a necessidade constante de se expor. Colocar fotos na internet e doentiamente viver ao ritmo dos “likes” obtidos…
Isso porque a pessoa precisa da confirmação dos outros para saber que existe, pois vive alienada. Não se conhece. Não se preocupa em evoluir interiormente.
Então quando não se está na berlinda o narcisismo irrompe e a depressão se instala. Cultiva-se um saudosismo deprimente e aborrecidinho para os outros. Claro que a solidão por corte de laços com o outro por individualismo exagerado, também é uma variável que entra na depressão.

Resumindo, o exagero da importância dada às  emoções que dominam a vida de alguém é ainda um desvio pernicioso do processo de vibração do triângulo - mental – emocional e espiritual – a três tempos.

SSe se cruza com alguém que eleva espiritualmente, pensa-se que foi um acaso que não merece ser valorizado.
Se de repente se intui algo mais espiritual, as recriminações saltam logo.
E diz se para si próprio:
“Estou a ficar beata ou quê? Disparate este meu pensamento.”

E bloqueia-se de imediato, logo à nascença, qualquer apelo do espírito.
Tudo o que é espiritual não interessa.

Há ainda quem acrescente:
“Não tenho tempo nem paciência para estas coisas. Só acredito no que vejo. Morre o bicho, morre a peçonha. Depois de me cremarem não há mais nada”.

Por outro lado, a espiritualidade baseada apenas nas palavras ou no lucro ou domínio sobre o outro, é ainda uma forma desproporcionada na vibração triangular a três tempos…

Está instalado o desequilíbrio do ser humano.

A patroa de serviço, a mente, trava. Bloqueia tudo que não seja do seu domínio.

As emoções à solta, arruínam qualquer um e os que com ele convivem.




O fanatismo ou a hipocrisia espiritual são outra praga.

Inventar lindas histórias para se alienarem as emoções normais e sadias, só para não sofrer perdas, também trunca as vivência humana feita de alegrias e tristezas necessariamente.
Tudo o que doer é para banir. Negar. Isto não é desejável.

Espiritualmente nem se fala.

Quando a intuição irrompe com um convite amoroso do Universo. De Deus. Logo se inibe essa saída.
”Lá estou eu a inventar coisas… Mas o que é que se passa comigo? Não estou a ficar boa da cabeça…”

E qual a conclusão a que se chega?

Que é bom ter a noção que apenas quando se vibra igualmente nas três dimensões - mental – emocional e espiritual –
·     se alcança o equilíbrio.
·     Se harmoniza o ser num estado pleno de estabilidade.
·     Se atinge a harmonia e o bem-estar.
·      Se atinge a sensação de plenitude, ao sentir-se inteiro.
·      Feliz!

Vale a pena pensar neste triângulo da harmonia, vibrando igualmente nas três dimensões, não lhe parece?

E lembre-se sempre:
O universo é uma harmonia de contrários.Pitágoras
20 Fev.16..... Lucinda Ferreira



sexta-feira, 19 de fevereiro de 2016

A energia do triângulo a três tempos!

A energia do triângulo a três tempos!
imgs da net
Aquilo a que chamamos felicidade consiste na harmonia e na serenidade, na consciência de uma finalidade, numa orientação positiva, convencida e decidida do espírito, ou seja na paz da alma. Thomas Mann







Somos essencialmente energia.

(Confirma-o a fórmula de Albert Einstein: Energia = Massa x ( a velocidade da luz no vácuo)2 isto é: a energia é energia é igual à massa, vezes a velocidade da luz no vácuo, elevado ao quadrado.)
O que hoje nos interessa nesta descoberta de Albert Einstein?

É sobretudo constatarmos que não é descabido concluirmos que somos essencialmente energia.

Consequentemente, verificamos que na maior leveza do nosso ser, nos transformamos em luz…

Assim sendo, sabemos que na nossa essência vibramos em três dimensões: Mental. Emocional e espiritual.

Só assim enquanto humanos, assumimos a nossa condição integral.

Se este triângulo se desproporciona a desarmonia reina necessariamente. 
O desequilíbrio instala-se.
 A doença toma forma.

 Percebe-se agora como toda a doença existe primeiro na mente. Depois desenvolve-se na parte mais densa, somatizando-se.
Sentimos no corpo a dor e todos os sintomas que quem sofre muito bem conhece.

Mas voltando à nossa natureza em três dimensões, notamos que sobretudo no Ocidente, a parte mental tenta controlar toda a situação, atrofiando emoções e espiritualidade…

Se a tristeza, a mágoa batem à porta, logo a dimensão mental se apressa a bloquear a dor. 
A travar o fluxo emocional.
“Pára de doer, pois eu não te quero, nem estou com paciência para te suportar”, diz-se para si mesmo no íntimo, comandados pela mente. De imediato se forjam estratégias de fuga.
·     Toma-se uma pílula da felicidade.
·     Dá-se uma volta.
·     Come-se melhor nesse dia.
·     Vai-se às compras.
·      Bebe-se qualquer coisa para afogar a mágoa… Abafar qualquer desconforto emocional.

Se se cruza com alguém que eleva espiritualmente, pensa-se que foi um acaso que não merece ser valorizado. 
Se de repente se intui algo mais espiritual, recriminações saltam logo.
 E diz se para si próprio:
“Estou a ficar beata ou quê? Disparate este meu pensamento.”

E bloqueia-se de imediato, logo à nascença, qualquer apelo do espírito. 
Tudo o que é espiritual não interessa.

Há ainda quem acrescente:
“Não tenho tempo nem paciência para estas coisas. Só acredito no que vejo. Morre o bicho, morre a peçonha. Depois de me cremarem não há mais nada”.

Está instalado o desequilíbrio do ser humano.

A patroa de serviço, a mente, trava. Bloqueia tudo que não seja do seu domínio.

Inventa lindas histórias para se alienarem as emoções. Tudo o que doer é para banir. Negar.

Da parte espiritual nem se fala.

Quando a intuição irrompe com um convite amoroso do Universo. De Deus. Logo se inibe essa saída.
”Lá estou eu a inventar coisas… Mas o que é que se passa comigo? Não estou a ficar boa da cabeça…”

E qual a conclusão a que se chega?

Que é bom ter a noção que apenas quando se vibra igualmente nas três dimensões - mental – emocional e espiritual –
·     se alcança o equilíbrio.
·     Se harmoniza o ser num estado pleno de estabilidade.
·     Se atinge a harmonia e o bem-estar.
·      Se atinge a sensação de plenitude, ao sentir-se inteiro.
·      Feliz!

Vale a pena pensar neste triângulo da harmonia, vibrando igualmente nas três dimensões, não lhe parece?

E lembre-se sempre:
O universo é uma harmonia de contrários. Pitágoras



Lucinda Ferreira  C.ª, 19 de Fevereiro 2016



sexta-feira, 12 de fevereiro de 2016

Amar até ao fim...

 AMAR ATÉ AO FIM...


imgs net


AMAR ATÉ AO FIM




 

A natureza do amor não deixa dúvidas.
Quando se diz amar alguém ou alguma coisa, e depois se deixa de amar, é porque na realidade nunca se amou deveras!
Ora o meu amor pelo espírito de serviço dos Bombeiros Voluntários de Coimbra sempre esteve vivo em mim e continua igualzinho!
Hoje, tem outro rosto. Serve de modo diferente, mas com o mesmo empenho, ligada aos companheiros desde o início. Os que passaram e foram muitos. Os que estão no momento e todos os que hão-de vir no futuro.
Foram 15 (quinze anos) anos que assisti como voluntária naquela Instituição de Solidariedade Social, quer no Conselho Fiscal, durante um mandato. Depois a maior do tempo, como Vice-Presidente ao lado do estimado amigo, Fausto Garcia e o Coronel Ribeiro de Almeida.
Ao longo dos tempos, gente de boa vontade tem dado muito do seu esforço. Dedicação e tempo à Associação dos Bombeiros Voluntários de Coimbra, fundada em 7 de Abril de 1889, tendo à frente o Comandante José Simões Paes.
Naturalmente levados pelo tal espírito de solidariedade que faz deste Planeta um lugar bom para se habitar, diferente daquele outro que se veste de egoísmo. Indiferença e até agressão explícita ou não.
Para além dos anónimos que no terreno dão a vida pelo seu semelhante e não menos importantes do que qualquer outro interveniente na Associação, conta-se a protecção e ajuda da Senhora Condessa do Ameal, do Senhor Bispo Conde de Coimbra (?), Capitão Armelo Garcia de Queiroz e tantas outras personalidades destacadas e de bom coração do nosso País.
Mas, por que razão hoje, a minha proximidade com a ABVC,  toma voz?
Justamente, porque se necessita que os amigos compassivos e esclarecidos sobre o papel dos Bombeiros Voluntários na vida de todos nós, sejam lembrados aquando da execução do IRS.
Este gesto tão simples não prejudica ninguém e pode fazer a diferença na compra de uma AMBULÂNCIA para Transporte de Doentes e na compra de fatos individuais de protecção para os homens e mulheres, servirem nos incêndios tão agressivos e violentos em que se envolvem destemidamente!
Portanto no Anexo H, campo 901, colocar o numero de contribuinte 501.217.240, da ABVC e… está feito.

Na corrida da vida, nunca sabemos quando necessitamos do socorro destes nossos amigos como chefe Vilas, Chefe Paulo Almeida e sua esposa, dona Leonor, Ricardo Almeida à semelhança do que seu pais já fizera, e tantos outros a quem peço desculpa de não mencionar, mas que merecem a nossa gratidão e estima.
A Associação de Bombeiros Voluntários de Coimbra tem dado prova da sua valiosa intervenção social e solidária, desde 1889.
Conta por isso com distinções várias das quais destaco apenas:
·      Cavaleiro da Ordem Militar da Torre e Espada concedida pelo Senhor Presidente da República, 1925.
·      Membro Honorário da Ordem de Mérito, cedida pelo Senhor Presidente da República, 1989.
·      Possui o Craché de Ouro da Liga dos Bombeiros Voluntários, 1983.
·      Em 1983 recebeu merecidamente a Medalha de Ouro da Cidade de Coimbra.
Deu por isso já muitas provas de valor e utilidade pública de socorro e prestação de serviços, que todos nós temos que lembrar. Apoiar e agradecer.
Hoje, além do corpo de Bombeiros no terreno, comandados pelo Senhor Fernando Nobre, o Presidente Henrique Fernandes e na Secretaria a dedicada Paula Teixeira, o amigo Carlos Balteiro e o Senhor Adriano Freitas, todos estes amigos e outros dão continuidade à ABVC, no mesmo espírito de serviço.
A todos estes solidários e especiais, o nosso agradecimento sincero. Apreço e amizade.
Vamos para a frente sem nunca desanimar!
Estamos todos no mesmo barco.
O caminho faz-se ao caminhar e podemos dizer como Madre Teresa de Calcutá: Eu sei que o meu trabalho é uma gota no oceano, mas sem ele o oceano seria menor.
Lucinda Ferreira

Coimbra, 12Fevereiro 2016

sábado, 6 de fevereiro de 2016

A minha apresentaçâo do Livro do Senhor Professor Doutor Canha

Satisfazendo o pedido de alguns amigos, deixo aqui a minha apresentação do livro, dia 5 Fev.16, no Pavilhão de Portugal em Coimbra

NORBERTO CANHA, O nosso mundo - Ecoar Coimbra - Pentalogia da esperança –3.º Volume  Contas aos netos - Coimbra 2015
Apresentação

(Há duas formas para viver a sua vida: uma é acreditar que não existem milagres. A outra é acreditar que todas as coisas são milagres.

1 – Antes de mais nada, cumpre-me agradecer o honroso convite que me foi dirigido pelo Senhor Professor Canha para apresentar o seu livro, hoje aqui, no Pavilhão de Portugal, em Coimbra.
Considero um aventura aliciante ainda que arriscada, pois pensava para mim: como pode um lago conter um grande mar?!
A distanciação, a competência crítica no comentário, o conhecimento e domínio das matérias, a justa medida dos encómios, o rigor da avaliação de alguém singular e único, torna esta tarefa assustadora!
Mas enfim…
Ofereço a minha leitura possível.
Depois cada leitor colherá da obra a sua máxima riqueza, pois cada um lê, com aquilo que é.
Vou deixar falar o coração, seguindo o conselho do Senhor Professor Canha, já que a intuição, um saber global, apriorístico e imediato, nascido no coração não se engana. Vou deixar falar o lado direito do meu cérebro, onde residem tesouros que surpreendem por vezes.
Passo a citar:
Basta que deixes moldar o teu pensar e consciência/para quando tiveres de tomar uma decisão, a primeira coisa que te ocorra à mente, está certa. Põe-na em execução sem mais pensar” Pág. 150
O raciocínio lógico sediado no lado esquerdo do cérebro, tão prezado no Ocidente, também tem uma palavra complementar a dizer, no que respeita á análise das ideias. Escolhas. Organização do discurso e outros aspectos não menos importantes…
Antes de entrar no texto do Senhor Professor Canha que me fascinou. Prendeu. Emocionou, desde o início, permitam-me que revele alguns segredos…Justificam em parte, a minha presença aqui.
·      .Fui professora de uma das suas filhas o que criou laços entre mim como docente e os alunos que me cabiam amar e ajudar a aprender! A Xana era uma boa aluna. Delicada e muito linda!
·      -Também cruzei com os meninos Canha e sua mãe, a afável Dr.ª Célia, na Alliance Française, onde fui aluna e desempenhei funções, ao tempo.
·      -Por fim o laço mais forte, é a amizade e gratidão! Mas a admiração e muitos pontos de contacto que perfilho, com o Senhor Professor Canha, , vão criando pontes!
·      Contudo, refiro mais uma vez a gratidão, pois devo ao Senhor Professor Norberto Canha o braço direito de meu filho!
·      Assim os sentimentos que me trazem aqui são de  Amizade. Gratidão. Estima. Admiração e Carinho, perante um ser Humano excepcional, “singular e único” e a sua Família!
O espanto. A Comoção. A Sintonia com as suas ideias enchem –me de alegria!

2A Obra
O Nosso Mundo
O ecoar de Coimbra- Pentalogia da Esperança
3.º Volume  - Contas aos Netos – Coimbra 2015
Quando num encontro ocasional, o Senhor Professor Canha me disse que me ia enviar o seu livro, fiquei à espera.
Mal peguei no livro, reparei que era a obra que comandava o ritmo da minha leitura, pelo fascínio que exercia em mim, quer pela variedade da forma, quer pela riqueza diversa do seu conteúdo!
Além disso, reparava nas afinidades que ia descobrindo e me prendiam ainda mais.
Fixar-me-ei então na sua Forma e Conteúdo, segundo a minha leitura.
Sob ponto de vista formal, esta obra lembrou-me de imediato, do poeta novelista, tradutor russo, Boris Leonidovich Pasternak, o seu romance O Doutor Jivago, (também a história de um jovem médico aristocrata e de uma enfermeira plebeia).
E por que razão?
O autor, tal como o Senhor Professor Canha, mistura géneros diversos - poesia e prosa - num casamento perfeito. Também nesta obra, o Senhor Professor Canha nos surpreende a cada momento, pela riqueza e mutabilidade quer da forma, quer das ideias.
E se “O estilo é o homem”, segundo o conde de Buffon (Georges-Louis Leclerc, naturalista, matemático e escritor francês,), esta afirmação confirma-se pela:
Riqueza. Versatilidade. Desassossego em alguém com carisma, perfeitamente denunciado e retratado no registo que nos oferece.
O Nosso Mundo
O ecoar de Coimbra- Pentalogia da Esperança é uma obra polifacetada que desafia e provoca, diria mesmo. O testemunho e relato histórico é fermento para mudança e grandes aventuras da humanidade, a favor de um mundo melhor e de um planeta mais respeitado!
Obra de saberes e experiência feita, aborda temas como Ensino (Ensino um poema permanentemente inacabado, como diz o autor).Universidade e vida académica -. Questões de boas maneiras e educação dos estudantes. Praxe. - Veterinária. Agricultura. Economia. Medicina. Filosofia. Politica. Arte. Energia. Indústria ( têxteis).Guerra. Paz. Emigração e outros assuntos!

É uma obra actual de carácter enciclopédico, que reflecte a angústia, o cuidado e a preocupação do autor e de todos nós!
Os conceitos apresentados ajudam a reflectir. Meditar. Aprender. Construir. Mudar. Incentivar. Elevar o espírito, enquanto esclarece e abre caminhos ousados, pois alerta. Interroga. Aconselha. Critica. Denuncia…

 O Senhor Professor Canha ultrapassou há muito os saberes, alcançando a sabedoria, jóia rara e subtil que atravessa os seres que abandonaram preconceitos e vícios humanos, deixando a alma pelo caminho para se ligarem à pura materialidade.
Albert Einstein dizia que “Conhecimento auxilia por fora, mas só o amor socorre por dentro. Conhecimento vem, mas a sabedoria tarda.

No caso do Professor Canha a Sabedoria já o contaminou!
E contra isso, ele não consegue descobrir a vacina…

Homem de acção. Um ser humano por excelência, fervoroso e interveniente, aponta caminhos pelo exemplo e pela escrita. Jamais poderemos ignorar a sua voz de profeta!
“Transmontano. Português e Angolano”, cidadão universal, é com emoção e autenticidade que nos diz:
Eu, nunca na minha vida invoquei um direito porque desde sempre cumpri escrupulosamente com os meus deveres” Pág 20
“Nunca fui traiçoeiro, injusto, desleal, ladrão”, confessa.
Intervém quer no capítulo da (ver Carta a Sua Ex.ª Reverendíssima o Bispo de Coimbra D.Vergílio. Aí pede à Igreja que assuma:
 “A Igreja no momento da desagregação social, é a luz da verdade, da Esperança…do único sentido…espero apoio e participação”Pág. 35
Quer fé na ciência (sugestões avançadas para doenças ditas incuráveis, nos nossos dias)
Quer na política, em que defende
Um governo de Convergência e Solidariedade Nacional Pág. 23,…
”que se termine de uma vez o por todas a “peixeirada” do contraditório, seja qual for o sítio ou lugar, desde que tenha cariz político” Pág. 23
Quer nas coisas mais simples que o rodeiam no dia- a- dia e a que está igualmente atento, o autor intervém:
«Não será uma coisa que se faça uma barragem, e não contemplem as migrações dos peixes? Pág.43
Rigor e actualização permeiam as suas afirmações, quanto a normas comunitárias:
«A Agricultura deve ser uma das principais preocupações…. Importamos 85% do que se consome….favorecer as áreas agrícolas com menos aptidão”.. para que a agricultura não seja a “mancha negra” de qualquer governo… o governo não ser apenas «um fiscal» implacável das Normas Comunitárias.”.Pág 143.
Confirma e reforça as suas afirmações assim:
 “Quem vos fala é quem foi agricultor e Presidente de uma cooperativa e sabe como funcionam as coisas” Pág.143
A Tr0ika também não escapa e da qual afirma…”que se comporta como um agiota”Pág.33
Sobre o conceito de trabalho, diferente de emprego, deixa a interrogação:
«Estará certo que de se deitem no mercado de trabalho, milhares de profissionais de todos os patamares, sabendo antecipadamente que não terão emprego e, para agravar, além do mais não têm versatilidade na sua formação para estarem habilitados a recorrer a outras oportunidades? Pág 143
A indignação também aflora:
«Está certo que se venda Património Soberano, para pagar dívidas ou juros, por impreparação. Imprevidência, imprudência e irresponsabilidade dos políticos? Sem disso poderem ser responsabilizados?” Pág 144
Obreiro incansável da paz:
«Eu tenho esperança que os princípios, as regras expostos na 1.ª Palestra – Generalidades - Fundamentos  -Valores se estendam a todo o planeta, para que se alcance finalmente a Paz, o fim das guerras e da fome” Pág. 144
Perante a máquina que escraviza o homem, paira a esperança:
«Eu tenho esperança que surja um capital diferente do vigente, um capital de rosto humano, sem que o homem seja escravizado como actualmente, pelo próprio homem e pela máquina» Pág.144
E o autor não fica por aqui.
Na ponta final da sua vida cheia, mil vidas numa vida, ainda está preocupado com o sofrimento do seu semelhante e até dos animais que sempre lidou em criança em Trás-os-Montes, quer jovem na fazenda de seus amigos, em Angola.).
Deixa ainda uma palavra de esperança para que nunca desanimem os que sofrem das chamadas doenças “incuráveis”, estigma que quanto a mim, é cruel e que ele quebra por amor ao seu semelhante.
“Nunca te dês por vencido. È preferível morrer lutando do que viver mendigando”…«Poderá surgir um milagre ou alguém que futuramente possa vir a beneficiar de um ou outro tratamento. Todos temos medo, mas herói é aquele que tem medo e avança», Pág 171.
Que poderei eu acrescentar às palavras que lhe foram dirigidas por homens tão ilustres ao longo da vida?
“ Hás-de vir a ser um grande político” Dr Lavradio…
“Alguém com a visão mais ampla de toda a patologia” Professor Mossinger, Pág 148
“Foi o aluno mais brilhante que tive” Professor Doutor Oliveira e Silva (Beló)
“O Dr Canha foi o homem mais realizador que conheci” Dr. Alberto MachadoVeiga, chefe de gabinete de Veiga Simão
“Ès a pessoa mais inteligente que conheci” Dr António Maçarico
“Figura universal” Prof Maurice Edmond Muller
E o meu coração ainda quer acrescenta :
é toda a sua postura que nos enternece. Anima. Encoraja. Ilumina com ideias brilhantes de alguém bem-amado pelos seus pais de quem colheu exemplos, ensinamentos e que recorda com ternura e gratidão.
Particularmente dotado (menino escrevia com as duas mãos que faziam simultaneamente várias tarefas) usa a reflexão e observação, o que sempre o distinguiu de outros, quiçá ditos inteligentes. Como se isso não fosse extraordinário, acresce ainda a sua dimensão espiritual.
Abre este livro, com uma declaração de princípios, em ar de invocação e dedicatória. Oferece-nos uma oração a Deus, sinal da sua grandeza, pois o homem só é grande, quando reconhece a sua humildade perante o Criador…
“Dai-nos Senhor/O pão-nosso de cada dia/ ganho com o suor do nosso rosto/fazei com que haja paz no mundo/Inspirai-nos para actuemos sempre/dentro do amor e da justiça/Para que haja Paz, entre a Natureza, os Homens, os Povos e as Religiões/Para que possa- mos ser enfim/Felizes neste nosso Planeta Terra”
Toca-nos quando é atento à ternura da sua esposa preocupada com o seu chapéu…
Quando nos lega gravado nesta Coimbra por onde seu espírito paira, na pedra do Penedo da Saudade, uma mensagem que já não cabe no mundo e extravasa para o espaço sideral…
“Quando penedo da Saudade/Alguém te vier visitar/ e ler o que aqui está escrito/Sendo viajante da Terra ou espacial/Saiba que de Coimbra partiu a primeira Globalização /A Lusíada, que dava dignidade às pessoas/e se inicia (e)uma nova Globalização de Rosto Humano/que seja visível até ao espaço sideral/para que haja Paz entre os homens, Nações e Religiões/e haja Harmonia entre o Homem,/ os Animais e a Natureza/Que propõem os princípios/ Para o Ecoar de Coimbra!”Pág 7
Enternece-nos quando coloca os netos no pedestal das suas preocupações, para lhes transmitir valores eternos…
Quando extravasa as suas preocupações deixando uma espécie de testamento científico e moral para os vindouros, chama nos à atenção.
É um pedido, quase grito com eco imparável, que repete de modos diversos, feito com veemência suave…
Responsabiliza a todos sem apelo, pois o retrocesso é impossível quando a consciência está de posse das normas…E podem-se dar muitas desculpas. Fazer ouvidos surdos. Arranjar muitas justificações, mas o aguilhão está lá vivo.
Quanto à pena do artista, o Professor Norberto Canha nunca nos defrauda.
O filão de médicos artistas - Fernando Gonçalves Namora, Manuel de Brito Camacho, António Egas Moniz, Bernardo de Santareno (Medicina  .psiquiátrica, pseudónimo literário de António Martinho do Rosário), o transmontano Miguel Torga, António Lobo Antunes e tantos outros, é enriquecido pela sua veia estética que ressalta em Contos para Aldeia e Vila tb incluídos nesta obra..
Aqui sobressai a maestria do escritor capaz de criar uma emoção delicada e intensa, com leveza e simplicidade invulgares.
Oferece-nos assim uma filigrana tecida de palavras, no conto Mestre Finezas, prendendo o leitor. Levando-o a repetir a leitura com um prazer renovado. Sempre novo!
Matematicamente a economia do verbo exacto e lindo, estende-se ainda ao longo do conto.
Em Mestre Finezas a elegância do verbo e os sentimentos de ternura. Saudade. Paixão. Entrega. Acolhimento, atingem um nível tão elevado que não me lembro de me sentir assim tocada por nenhuma das minhas leituras no género conto.
Duas figuras apenas, numa economia perfeita de personagens neste género, Mestre Finezas – Violinista. Actor de teatro local. Barbeiro e Carlinhos que vai à sua barbearia.
Os sentimentos de compaixão e carinho, perante a decadência senil do Senhor Finezas, a quem o tempo não perdoa, são tratados com pinça pelo escritor,
Mestre Finezas conversando com Carlinhos, fala do abandono a que foi votado (como acontece aos idosos dos nosso dias). Fala de Teatro. Música e poesia. A certa altura Mestre Finezas dirigindo-se ao Carlinhos diz:
“Tu queres ouvir a música que eu tocava muito, Carlinhos?».....«Lentamente o fio de música ia engrossando. Era agora mais forte – agudo , desamparado como um choro aflito. E demorava, ondeava por longe, vinha e penetrava-me de uma sensação dolorosa» (pág 114)
Representaria sonoramente, Mestre Finezas pela leveza delicada de António Vivaldi. Pictoricamente por uma aguarela do amarantino, Amadeo de Souza Cardoso, justamente o Violinista.
No conto, O Senhor Antero, a finura da análise penetrante do retrato deste transmontano, é notável.
O Senhor Antero, personagem violenta, é desenhado intensa e com escrupulosa exactidão.
Em sinestesias, compararia este texto sob o ponto de vista sonoro, a uma obra de Wagner ou Beethoven, dada a robustez corajosa e desafiante deste personagem. Pictoricamente representaria a personagem “Senhor Antero”, por um óleo de Paula Rego…ou uma aguarela de Souza Cardoso…ou ainda  uma escultura possante e corajosa de guerreiros romanos na batalha (Grande Escultura da Areia dos Guerreiros Romanos na batalha).
Em Contos para todos os lugares
Podem ler-se declarações. Conselhos, tipo refrão, como acontece ao longo da obra:
Cito:
“Procede orientado pela luz e voz da tua consciência”
“As ideias não se digladiam, digladiam-se os homens pelas ideias”
“Com princípios não se transige”pág 122
“Queremos ser homens livres, mas não há liberdade havendo fome e temor” Pág 146
Não se alimentará esta guerra para produzir, vender e modernizar armamento para alimento do capitalismo?” Pág 122 interroga e denuncia.
Arguto faz o diagnóstico, sem dó nem piedade como convém nestes casos, acerca do problema da autoridade, da hipocrisia pós 25 de Abril :
os mais exaltados, seguramente eram-no para saldar culpas” pág 132
Primeiro de Maio – cravo vermelho na lapela – à frente….
«”…estava perdida a autoridade do estado, que não se estabeleceu e antes se degradou até hoje. É este e continua a ser o nosso problema».pág 132
Mas para além destes contos de fino recorte literário e destas considerações, há ainda os poemas que atravessam a obra.
Nascem naturais, Escorreitos. Profundos em reflexão e observação atenta da vida, dissertando sobre tudo e todos .
Pág 123 diz-nos
«Como foi a minha aprendizagem?
Aprendi: com os homens a natureza e os animais…….. iniciei na minha aldeia»

Desabafos. Relatos verdadeiros de desaforos diversos. Sugestões de correcções a fazer na política. Na religião e na postura perante o trabalho. A Emigração. A democracia. A agricultura. A Economia…abundam.
Os poemas, que atravessam a obra, surgem numa linguagem fluente. Sonante, com uma musicalidade ao ritmo da alma do autor, no momento. A mancha gráfica é constante, fruto da ordem interior!
Segredo da boa comunicação, esta linguagem transmite conceitos densos, numa linguagem acessível a todos!
Não contente, o Senhor Professor Canha prossegue com factos históricos documentados. Apresenta Meditações e Cinco Palestras temáticas para não ficarem dúvidas.
Aborda:
·      Política europeia e nacional de antes, durante e após o 25 de Abril de 1974.
·      Investigação alimentar e globalização.
·      Medicina. Mergulha fundo nos aspectos teórico e prático
·      Aponta caminhos :”
·      O que está a falhar no mundo global?”O mundo do futuro. Como programar esse mundo. Fundamentos e síntese. O mundo que querermos. Fundamentos. Valores. Patamarização das gerações
E no final: Como fora a última lição, deixa ensinamentos científicos médicos e sugestões práticas valiosas aos clínicos.
Deixa conselhos de práticas inovadoras.
Não esquece os que sofrem, a quem deixa mensagens de esperança e de incitamento!
“Eu prevejo que os paraplégicos possam vir a movimentar-se livremente” Pág 169
“”Prevejo que a droga-dependência possa ser vencida”
..Aborda ainda o envelhecimento e doença de Alzheimer, forma de impedir o avanço de tumores malignos…cancro como sendo um problema imunológico.
Apela à conservação da Natureza…à não violência…e à paz entre os povos:
“Ninguém pode ser feliz sabendo que alguém está infeliz”
No fecho da obra, deixa uma mensagem resumo que ninguém vai poder deixar de ler !
3- Em ar despedida, renovo os meus agradecimentos ao Senhor Professor Canha por este honroso convite.
Agradeço a atenção de todos os presentes a quem convido a saborear esta obra cheia de emoção e autenticidade!
Muito ficou por dizer, mas cada um colherá no silêncio, todo o néctar de uma obra imperdível!
Felicito e agradeço ao Senhor Professor Doutor Norberto Jaime Rêgo Canha pelo amor que põe em tudo que faz e diz.
(Acho que ele diz como Sebastião da Gama:
“Tens muito que fazer?
-Não. Tenho muito que amar!)
...Pela preocupação pela felicidade dos outros
…Pelo compromisso interior com os valores que sempre o acompanharam e que deseja perpetuar e doar a “quem tiver ouvidos para ouvir que ouça”.
A voz dele nunca se calará…Mesmo quando não estiver mais entre nós.
Diria que o Senhor Professor Canha, cidadão do mundo, nos lega com gestos humildes, coragem e grandeza, a Bíblia de um cientista moderno, numa grande síntese!
Ao Cidadão íntegro, Pessoa digna, Cristão interveniente, Médico por excelência, Professor brilhante, Pedagogo convincente em cuja obra pulsa o Realismo e Utopia, em muitos livros nunca acabados…
dedico este meu simples texto final…
“Quem escreve constrói castelos. Quem lê passa a habitá-los.”

A estranha aventura de ser teu
De te sentir como alguém a meu lado
A minha fiel sombra que me segue…
Fazes-me sonhar.
Noite e dia
visitas Me
Pesada e leve...
Com histórias para contar
Nunca antes contadas
Reveladas!
Durmo e acordo
E estás em mim
Estigma aberto na alma
Desde que fui gerado…
Ninguém te vê nem te alcança
Só eu sinto
Crónica. Conto. Novela. Romance…
Dissertação científica.
Palestra.
Meditação.
Poema.
Nunca consigo dizer tudo
O que carrego escondido.
E levo comigo para onde vou
Confundido com aquilo que sou…
Invento sem cessar
Crio e n0 milagre de transformar
Renego. Acarinho. Grito. Choro. 
Mando embora a morte!
Amo até ao ódio
E de repente
Aquele novo ser aparece
Desaparece
Para diferente renascer
O texto que vou criar
Lanço no éter... No ar…
Ânsia de te alcançar
Comunicar?
(Bem diferente de dizer. Falar)
Não sei, nem me importa.
Só sei
Num jogo apertado.
Matemático. Exacto.
Que bato à tua porta
Solto para te oferecer
O que não se pode dizer
Mas apenas comunicar…
Te atingir
Como quem oferece uma flor
Só para te ver sorrir
Para te dar prazer
Depois na sombra sozinho
Me esconder
E de novo continuar
A criar
A escrever até a alma me doer!

Coimbra, 5 de Fevereiro de 2016…  Lucinda Ferreira