Estranha leveza do ser
O que falta em você sou eu. Seu sorriso precisa do meu. Sei que está
morrendo de saudade. Venha logo buscar a sua outra metade. DIMAS POLICENA
Ele era mesmo assim
Nas minhas barbas
Enganava-me
Brincava
Sorria para mim
E sorria dengoso. Manhoso
Fugidio
Não era de ninguém.
Nem conseguia ser
Era por que era assim mesmo.
Seduzia e era Seduzido
Lúdico
Deixava-se ir…Escorregar
E sorria com malandrice
Apanhado. Sabendo que eu percebia
E por amor perdoava e tornava a perdoar
Amar é aceitar
E eu amava. E ele sabia e mentia.
Depois fazia o mesmo à outra
E me compensava
E amava como podia e sabia.
De mão em mão caminhando
Não era de ninguém
Aparecia de vez em quando
Amara a Avó
Aquela velhinha
Que nunca esquecera
Efémera leveza de ser
Como a borboleta que poisa de flor em flor
Sem nunca se comprometer…
No final continuava a sorrir
E a fugir acenava
Enquanto se escondia na sombra
Era assim que ele sabia ser
Amar…
Tenho saudades
Daquele garoto atrevido
Que a fugir roçava seus lábios nos meus
E sorrindo a brincar
De longe
Perdido na bruma
Continuava a acenar
E ainda assim...Dizia adeus!
1 Dez.15