Textos e
pretextos
Só faltava esta!
Temos de
fazer o melhor que podemos. Esta é a nossa sagrada responsabilidade humana.Albert Einstein
Agora tem
que se estar sempre de janelas fechadas, sem poder deixar entrar um pouco de ar
ou sol benfazejo, durante o período mais quentinho, já que as noites arrefecem!
Também não
se pode estender a roupa, na varanda.
Não se pode
ir sequer ao jardim da casa, onde se vive…
Ou mesmo
deixar o cão passear dentro do espaço, à volta da habitação fechada.
E por que razão?
È habitual
aqui na zona do Alto da Conchada, a visita da Abelha asiática que nos assusta e
paralisa a vida.
Até aqui,
parece tudo apenas assustador e perigoso.
Acontece no
entanto, algo triste a assinalar, como aconteceu com o Mistério das Tripeças, pois quando as coisas vão menos bem, custa
ter que pedir a melhor atenção dos
responsáveis, para certas irresponsabilidades.
(Pois como diz Benjamin Disrael: “Não
me agrada aconselhar, porque, em todos os casos, trata-se de uma
responsabilidade desnecessária.”)
Quarta
feira, pelas 16h, uma tarde bem quente em Coimbra, secar a roupa na varanda do
1.º andar, seria bem agradável, assim como ler e descansar um pouco
aproveitando o sol.
Eis senão
quando, entra uma Abelha asiática, na varanda onde se está.
E como saber reconhecer esta espécie
de insecto voador tão potente e sonoro?
Com acesso à
informação, com fotos e explicação acessível, NA NET, como não teríamos
curiosidade de aprendera distinguir, tais novos voadores perigosos e agressivos,
tão diferentes dos zângãos pretos inofensivos, polinizando nossas flores,
rondando com seu zumbido anunciador da Primavera?
Nesta luta e
susto pelo cão que queria defender me e morreria certamente, se fosse picado
pela Vespa, fechei me dentro de casa a pedir ajuda.
Aqui começa a tristeza do socorro que
não existe!
A única
estrutura a quem quero agradecer e testemunhar a minha gratidão, foi A POLICIA DE SEGURANÇA PÙBLICA, através do agente de serviço, Senhor ALVES, com
quem nunca tinha contactado antes!
Aí, me deram
os telefones 117, 112 e outros que atendiam e desligavam de imediato, sem
sequer falarem…
Na
atrapalhação, recorri de novo à única pessoa que tentava ajudar (PSP), que
indicou a Protecção Civil Municipal.
Aqui…caros leitores, foi desesperante.
Uma voz
feminina, não sei se a telefonista, a pseudo ajuda tão esperada foi desanimadora.
A emergência
da situação era clara. A senhora contudo, devagar ia tecendo considerações do
estilo…
-” Mas como
é que sabe que é a vespa asiática?”
-!…Mas onde
é que está o ninho? ( e eu aflita, sozinha sem saber como me defender, para me
livrar do perigo e poder ter acesso à minha casa , com uma certa urgência… )
-“Tem que
fazer uma fotografia da vespa”…etc Tudo no mesmo estilo…
Demorou
tanto tempo esta conversa desnecessária (…) que tinha um compromisso às 5 e 30h que perdi, e ainda sofrer este
stress pela surpresa do atendimento e chegada de socorro, que nunca aconteceu, depois
de recusas de outras estruturas ditas de apoio, pagas com o erário público !!!!!.
Tudo isto
deixou me sem mais palavras, embora a senhora se sentisse ofendida pela minha e
insistência, pelo que várias vezes , lhe pedia desculpa, não sei bem por que razão, mas talvez para que
descesse do pedestal e fizesse algo concretamente!
Estava aflita.
Precisava que alguém me acudisse…
Já não é a
primeira vez, que em caso de necessidade, ou não atendem, ou atendem e desligam
de seguida, sem falar...
SERÀ que os responsáveis por estes serviços de emergência, não que fazer uma selecção mais
apertada do pessoal, com formação específica e para atendimento e socorro, desta
natureza ou semelhante ou ainda mais grave?
Será que todos têm presente a
responsabilidade que lhes cabe nestas missões, desempenhando funções de ajuda
pronta, pagas por cada um de nós?!
Oxalá estas
situações não se repitam.
Que, neste
apelo, passem uma revista aqui por esta zona, tentando detectar a existência de
um qualquer ninho destas Vespas, que tanto nos perturbam a todos!
Grata pela
atenção que possam dar a este reparo aflito…
Maria
Ferreira
Coimbra, 19
Fevereiro 2020