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sábado, 10 de novembro de 2012


RECONSTRUÇÃO

 

Passei a vida a construir

Tudo o que agora vejo ruir

O tempo foge mansinho …

Devagarinho.

Roça sem avisar

Não torna a passar

Insisto .Persisto

Na reconstrução

Do que já nem existe

Esperança

Um dia a vida sorrirá diferente

Para mim e toda a gente

Talvez nos dê a mão

Por uma outra razão

Desconhecida

                      Mistérios da vida                     

Reconstrução na fé

De tudo

O que já não é

Somos outra pessoa

E se fugiu a força de viver

Por entre os dedos

Somos outro ser

Escoou-se a vida aqui

Passou.

Anoitecer.

Segredos já não são medos

Apenas pó que o vento levou…

 

                                                          Coimbra, 10.11.12

 
 
 
 
LOUCO AMOR

 

Nascem flores nos teus olhos

Que ninguém vê

Creio no teu olhar

No teu amor

Em que ninguém mais crê

Sei no fundo de mim mesma

De um saber profundo

Que amas sem porquê

Não só a mim

Mas a todo o mundo!

Vejo-te nos campos verdejantes

Extensos. Distantes

Entre pedras e areia

Tua beleza enche o meu coração.

Antes , vida triste. Feia.

Estendes me a mão macia

Segurança. Doce aliança

Na noite Vazia

Solidão.

Vejo flores os teus olhos

Que mais ninguém vê

Acredito no teu olhar

Transformador

No teu amor

Sem condição. Sem porquê…

                                                                  Coimbra 10.11.12

 

 

 

 

CHEGASTE


 Poema…….CHEGASTE

 

 

Chegaste com a chuva

Alegre. Descuidado.

Música no meu telhado

Esperava-te há muito tempo

Antes só promessas

Granizo em movimento.

Aquele vento seco

Nada me diz

Abro os braços

Voo no espaço nu

Etérea. Pura. Feliz!

A chuva é minha irmã.

Fria.

Acorda-me de mansinho

Bate na caleira vazia

Sinto-me viva

Agradeço mais esta manhã.

Música nas estelas molhadas

Gotas coloridas

Batem nas minhas janelas ainda fechadas

A gata malhada sonha serena

Sóis diferentes

Longínquas madrugadas

E que pena…

Chegaste finalmente

Trazes contigo

Flores de trigo orvalhadas

Amigo

Alegre. Descuidado.

Música nova. Sem nome

Soa no meu telhado.
Coimbra, 10.11.12

Comentario ao POEMA DESENCONTRO

Elsa Pimenta
28 Out (há 13 dias)
para mim
o Desencontro é muito mais profundo

que as palavras que o compõem!

sente-se tanto de ti!

Só almas gemeas o poderão entender.

E, se o entenderem, doi, doi ,doi!

os sentimentos nele inclusos são os de sempre....

mas agora paira uma nostalgia velada, um sorriso doce

de quem tudo deu!

Gostei mesmo muito!"