Powered By Blogger

terça-feira, 2 de junho de 2020

O mistério do Silêncio Interior



O mistério do Silêncio Interior
imge net

Penso noventa e nove vezes e nada descubro; deixo de pensar, mergulho em profundo silêncio - e eis que a verdade se me revela. Albert Einstein









Vale a pena lutar pelo silêncio interior, pois  em ele é rico de experiências “fluxo” . Riquezas que só quem o alcança , consegue usufruir.

A calma, nascida do silêncio,  é a nossa natureza essencial.


Quando alcançamos esta calma, vamos aprender a silenciar a mente. 
Recuperar a alma perdida!

Sair do turbilhão das pressas.
Das inquietações desnecessárias. 
Das preocupações exageradas, com situações que muitas vezes nem acontecem.

Há quem trabalhe para alcançar a  tal calma, adquirindo o hábito de repetir, muitas vezes:

“Dai-me, Senhor, Serenidade necessária para aceitar as coisas que não posso modificar.
Coragem para modificar aquelas que posso.
Sabedoria para distinguir umas das outras.

Antes de adormecer, acalmar a ansiedade, violência, num ambiente sereno, aplacar a agitação do dia.
Levar para dentro do sono, a quietude rentabilizando as horas de recolhimento do sono. 

Entrar em níveis profundos é fundamental. 

Muita gente apenas passa uns segundos por esse estádio, dormindo meio acordado, mergulhando nas preocupações, carregadas no íntimo e que vão mexendo lá por dentro...

Quando o cérebro adormece, vai mais fundo toca a tal calma desejada.

Atingido esse nível, desperta - se mais tranquilo. Mas (se não se proteger dessa”agressão) é invadido pelos telefonemas.

 Confusões diárias que afloram, esquecendo a tal possibilidade de tocar a calma essencial, que faz parte do seu ser.

Percebe que, quando perde a calma interior, perde o contacto com você mesmo?

Identificar-se com os dificuldades, sempre centrado nos problemas humanos, redemoinhos da vida, tudo se vai acumulando no subconsciente, para depois emergir, com prejuízos.

Aqui começa o desequilíbrio, ao perder a calma interior

A solução é aprender a bem dormir, para ter reservas, encontrando a zona do nosso ser, onde a calma existe.

Ter atenção a esta realidade, criando hábitos saudáveis contra a vida agitada, não se centrado apenas em tudo que é exterior e material das suas e da vida dos outros, mas cultivar o silêncio, é desejável.

Não se trata aqui do silêncio do isolamento, fechado num quarto, mas do silencio interior, reforço.

É bom perder o hábito de falar por falar, para se ouvir, para manter conversa.

Claro ser gentil e simpático, mas falar o necessário valoriza o seu discurso.
O silêncio está tão repleto de sabedoria e de espírito em potência, como o mármore não talhado, é rico em escultura. Aldous Huxle,

A verdadeira inteligência actua silenciosamente.

Normalmente, na vida, as pessoas com um discurso permanente, muito fluido, como uma torrente, sempre a falar, podem ser consideradas muito inteligentes, mas talvez fosse melhor refazer este conceito.

Quantas vezes se fala e ninguém quer saber do que estamos a dizer.

(Espero e desejo que não seja o caso deste texto que vos deixo com amor, para crescimento de todos nós…)

Para a Cultivar a paz interior, ao longo do dia, não podemos  permitir que as encrencas nos roubem a desejada calma interior.

Falar demais, não será sinal de desconexão?

Estamos sempre desconectados connosco?

Como autómatos, passamos a vida, sem sermos nós. Temos disso consciência?

Passar 10 a 15 minutos, durante o dia, desligar-se  de tudo , nada fazendo, cultivando o silêncio é  fundamental.

Perceber que a sabedoria ( diferente de saberes, mas aquilo que somos espontaneamente, autênticos, sem qualquer esforço) nasce também, na capacidade de cultivar o Silêncio, o que muda atitudes  e vidas.

Não se dispersar. 
Buscar dentro de si, em vez de sofregamente se virar para o que está fora, afastando se do essencial, é regra de felicidade e de bem viver.

Penso noventa e nove vezes e nada descubro; deixo de pensar, mergulho em profundo silêncio - e eis que a verdade se me revela. Albert Einstein 


Coimbra, 2 de Junho de 2020
Lucinda Ferreira