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segunda-feira, 10 de agosto de 2015

Para além das aparências…


 Textos e Pretextos
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Para além das aparências…


Nada beneficiará mais a saúde da humanidade e aumentará as chances de sobrevivência da vida na Terra como a dieta vegetariana... Albert Einstein





Tive a sorte de cruzar alguém na minha vida, que é profissional  a  “tempo inteiro”, levando a sério aquilo que faz com responsabilidade e paixão.

Faço-lhe perguntas na minha ignorância, acerca das suas funções variadas, da orgânica do seu trabalho no terreno e da sua missão...

Fico com respeito.Admiração e reconhecimento pelo alcance que tem o empenhamento e os saberes destes funcionários que dependem da Direcção Geral de Alimentação e Veterinária, cuja missão é assim dita na Internet!

“Missão
A DGAV tem por missão a definição, execução e avaliação das políticas de segurança alimentar, de proteção animal e de sanidade animal, de protecção vegetal e fitossanidade, sendo investida nas funções de Autoridade Sanitária Veterinária e Fitossanitária Nacional e de Autoridade responsável pela gestão do Sistema de Segurança Alimentar.”


Reparei que há delegações nas diferentes regiões do País: Norte. Centro. Vale do Tejo. Alentejo e Algarve.
Por sua vez estas estão organizadas em Unidades de Intervenção no Terreno que são compostas por Veterinários e auxiliares técnicos.

E quais são as tarefas destes nossos amigos?
·       Vigiam o bem-estar animal.
·       Vigiam a saúde e a protecção animal.
·       Estudam. Analisam.Testam e aplicam nos animais a qualidade dos alimentos que ingerem já que a nutrição animal é muito importante.
·       Cuidam da higiene pública no que concerne ao abate de animais que entram na cadeia alimentar humana.
“TUDO DO PRADO AO PRATO”, como me foi referido.

Também a aplicação de fertilizantes necessita de uma atenção especial no que diz respeito à sua qualidade. Natureza. Origem, já que estes são lançados ao solo e depois de modo indirecto entram sub repticiamente na alimentação do Homem.

São esses adubos que vão robustecer, vindas da terra, as plantas que comemos e ainda os pastos, alimentação dos animais que ingerimos.

Os ovos. O leite. As carnes provêm então destes gestos simples ou maldosos quando o produtor quer grandes lucros e usa todos os processos agressivos para conseguir um maior rendimento. Infelizmente são caras as consequências e os efeitos dessa ganância na saúde pública, como se vê no alastrar da intolerância ao glúten e a doença celíaca em pessoas mais frágeis. A qualidade dos cereais antigamente até 1950, era praticamente inofensiva, tanto quanto sei.

A polémica sobre transgénicos, presente em plantas, animais e micro-organismos, vem de longe. Há já uns anitos que assisti a uma discussão sobre este tema.

Os produtos geneticamente transformados deixaram-nos assustados por não se saber até onde podiam ir as consequências na vida humana. Os cientistas hoje apontam as alergias. A resistência a antibióticos. Aumento das substâncias tóxicas. Maior quantidade de resíduos de agrotóxicos, entre muitos outros riscos e malefícios desconhecidos.
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Alimentos frescos ou transformados fazem a saúde ou a doença da população em geral, segundo os cuidados deste Organismo e seus Técnicos e as escolhas básicas do consumidor final.

Nesta simples reflexão parece-me haver que valorizar e agradecer este serviço precioso de enorme alcance.
Cabe ao povo prestar atenção a estes aspectos se quer gozar do bem-estar que provém sem dúvida da alimentação saudável, uma das valências mais importantes, já que para além da nossa atitude mental e espiritual, acabamos por ser o que comemos.
Hipócrates, o pai da Medicina nascido em Cós na Grécia, em 460 a. C, bem o recomendou há muito tempo:
Que o teu alimento seja o teu remédio”.
Afinal,  um VETERINÁRIO não serve apenas para cuidar dos nossos  gatinhos e cães de estimação...
(Isto quando não os abate sem piedade nem dó, baseados na crueldade da lei levada ao seu extremo, sem considerar outras alternativas possíveis…)

E já agora cumpre-me prestar homenagem a um Senhor Dr Albuquerque, cujo nome nunca esqueci e já lá vão muitos anos, veterinário da Câmara Municipal de Coimbra”!

Encontrava-se no Pátio da Inquisição e atendia com todo o cuidado, os munícipes que não podiam pagar a consulta e tratamento dos seus animais de estimação, quando disso careciam.
Gentilmente e com toda a cautela, prestava esse serviço gratuitamente. É certo que quem lhe pagava era o erário público, mas não sei se exercia essa função como voluntário ou se era uma directiva camarária e que hoje também seria muito benvinda …

Já agora deixo aqui uma dúvida:
E hoje a nossa Câmara continua a pagar aos seus Veterinários?Será que este serviço de assistência aos animais de munícipes carenciados ainda se mantém?
 Se sim, a nossa gratidão.

(“Os Gatos Urbanos” são uma organização particular sob ao iniciativa e esforço do nosso Amigo Gouveia Monteiro, que muito tem feito pela protecção a colónia de animais abandonados, tanto quanto sei.)

Se não, qual será a razão, porque este serviço tão necessário e importante não continua, numa época que até a Lei fala na protecção animal e estes pobres seres abandonados. Indefesos tanto sofrem e têm sofrido entregues à crueldade sem limite das criaturas humanas?

 Também não faz mal por fim, reflectir com Leonardo da Vinci:
Haverá um tempo em que os seres humanos se contentarão com uma alimentação vegetariana e julgarão a matança de um animal inocente da mesma forma como hoje se julga o assassino de um homem...
Eu já a pratico tanto quanto isso me é possível.

Lucinda Ferreira