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sexta-feira, 5 de agosto de 2016
Relance - Gente da minha vida...O beijo
Textos e Pretextos
Relance – Gente da minha vida…
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Relance – O beijo!
Ele era elegante.
Simpático. Charmoso.
Era um dos participantes
de um concurso de Golf, integrado num grupo Escocês, soube-se depois…
Anualmente, aqui se
reuniam figuras marcantes, dos mais variados países.
Realizava-se num local
distinto, o encontro final, rematado por um elegante baile.
Ela era uma mulher
considerada interessante. Simples. Sensível. Culta e inteligente.
Quis o acaso, que naquele
momento estivesse naquele ambiente. Fora a convite de alguém amigo, que
habitualmente se enquadrava naquele mundo.
Entrou. Sentaram-se a uma
mesa. Discretamente, estava contudo atenta ao que se passava.
Entraram muitas pessoas,
ligadas ao concorrido evento com honras nacionais.
A certa altura, entrou
alguém diferente. Especial. Trazendo em si, segredos de estrelas. Roteiros de
caminhos não andados…
Mal se olharam, entre o
homem elegante e a personagem sentada à mesa, houve qualquer coisa inexplicável
que ficou no ar… Despoletou-se uma energia estranha. Nova. Agradável para
ambos. Uma faísca que atraía aqueles dois seres, sem se perceber a razão.
A tal coisa: o coração
tem razões que a razão desconhece.
Os olhares, cruzados
naquele primeiro flash, iluminaram todo o salão. Encandearam-se. Ligados sem
apelo, furavam todos os presentes, como um raio invisível, só ele conhecendo o
seu destino último, mas nunca mais parou!
A orquestra lançou no ar
os primeiros acordes. O cavalheiro, deixou os amigos. Atravessou a sala. Veio
convidar a senhora para dançar.
Embora sendo um
desconhecido, como podia ela declinar tal convite, se dentro do seu coração
ardia a mesma chama que o fizera chegar até ela?
Ambos tremiam. Aperceberam-se
disso os dois Não precisavam falar. Sentiam-se mutuamente. O corpo por vezes,
trai o que não se quer deixar transparecer...
O festejo no seu grupo, a
comemoração da vitória e do encontro, passava pela partilha de bebidas e
aperitivos. O cavalheiro convidou a senhora a para sua mesa, a fim de
participar da sua alegria e dos amigos. Comungar da sua vitória. Não falaram
muito, pois não era necessário. Havia delicadeza. Uma magia estranha e
particular naquele encontro inesperado. Sentiam um contentamento desconhecido em
estar juntos.
Dançaram de novo. Um
enlevo prazeroso, como se fora o remate de uma longa relação, feita de coisas
simples e verdadeiras, estava presente.
Por fim, veio o anúncio
do comandante do clube, lembrando que o avião de partida era muito cedo,
naquela madrugada. Tinham que descansar um pouco da jornada, pois fora um dia
pleno de surpresas. Urgia partir.
O cavalheiro gentil tinha
de ir embora!
De repente, meio tímido,
meio ousado, na emergência que se viera desenhando interiormente, naquele curto
espaço de tempo, pregou um beijo de fogo (…), na boca da senhora!
Fugiu de imediato para o
elevador, como quem se defende, para não ficar preso em terra…
O perigo iminente era enorme
(…).
Mas…se no seu país, a sua
família e os companheiros, o aguardavam no aeroporto, cheios de alegria pela
sua chegada, para comemorarem o triunfo e ele não podia faltar, o que poderia
fazer?
A vida é feita de chegadas
e partidas…
Recordei neste momento, a despedida dos amantes, no final do filme. Um parte no comboio, outro fica em terra... Tem a sua família à espera...Obra de Boris Pasternac, O Doutor Jivago..Lembram-se?
Recordei neste momento, a despedida dos amantes, no final do filme. Um parte no comboio, outro fica em terra... Tem a sua família à espera...Obra de Boris Pasternac, O Doutor Jivago..Lembram-se?
Lucinda Ferreira
5 de Agosto 16
Relance...Gente da minha vida!
Textos e pretextos
RELANCE…
“ O sucesso não vem quando tentamos
ser perfeitos. Ele acontece quando tentamos ser melhores”
Relance é uma pincelada rápida, como o espaço exige.
Pessoas que cruzei na minha vida. Impressionaram-me. Umas, por que sim. Outras,
por que não…
Recordo hoje, alguém cuja mãe, única responsável pelo seu menino para quem
trabalhava honesta e incansável, (…), não entendia. Não conseguia sequer acompanhar
as capacidades do filho.
Mas a professora do ensino primário, como aliás eram quase todas na época,
estava atenta. Reparou, que estava perante alguém que poderia ir muito longe.
Falou com a mãe, que coitada, nada adiantou. Que fazer sozinha, em tempos tão
difíceis? Ganhar para que o essencial não lhe faltasse. A comidinha era o que
conseguia, pois muitas crianças nem isso tinham.
Mas Aquele que dá a inteligência. Guia os nossos passos, tomou conta daquele
ser que viria a ser um grande Professor!
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Começou por se evidenciar, no modo como apreendia de imediato, as noções ministradas.
Então a professora de matemática, chamou o para o seu lado.
Ele era o seu ajudante de eleição. O seu assistente. Poupava-lhe muito
trabalho. Os colegas mais lentos e com algumas dificuldades, beneficiavam com
essa ajuda, naturalmente. A ele, o jovem mestre, dava-lhe segurança e gosto
pelo trabalho, o que era uma grande riqueza, que alguns meninos bem nascidos,
nunca conheceram o sabor do entusiasmo e da alegria de ser vencedor com o seu
esforço.
E assim continuou sem nunca parar.
Era bom em tudo! Licenciou-se num curso de Letras, na Universidade de
Coimbra.
Teve cargos e participações diversas, em funções variadas, cuja missão era
partilhar o saber.
Hoje, já avô e cordato marido, teve um outro privilégio…
Iniciou-se na Pintura, como autodidacta. Descobriu, na sua simplicidade e
discrição, que é capaz de fazer maravilhas. O retrato é a sua especialidade.
E como a arte fala da abundância do mundo interior do artista, deu vida a
um trabalho ousado: o retrato de JESUS CRISTO!
Tenho a sorte de possuir uma cópia desse quadro. Toca-me de tal maneira,
que todas as noites, antes de adormecer, o olho com o amor que me inspira o Retratado,
intenso e profundo. E...Deixo sempre um pensamento de admiração e gratidão para
o artista.
Obrigada ao casal que muito estimo…
Feliz aquele que atravessou a vida ajudando o seu
semelhante, que não conheceu o medo e se manteve alheio à agressividade e ao
ressentimento! É dessa madeira que são esculpidas as figuras ideais, que
consolam a Humanidade nas situações de sofrimento que ela própria criou.
Einstein , Albert
Lucinda Ferreira
5 de Agosto de 2016...(Fotos da minha autoria)
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