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sábado, 26 de fevereiro de 2011

Ventos de mudança...


Os ventos da mudança

“Somos o que fazemos, mas somos principalmente o que fazemos para mudar o que somos”Eduardo Galeano
“Só a tomada de consciência permite encarar a realidade para mudá-la” Anthony de Melo
“A dor é a origem do conhecimento” Simone Weil

Somos um espírito que nunca morre, a fazer uma experiência num corpo corruptível e mutável.
Não viemos a este Planeta Terra para sermos importantes, ter muitos bens, muito dinheiro, sermos famosos, ou para qualquer outro propósito passageiro e ilusório.
Estamos aqui para termos cada vez mais alargada a consciência da nossa missão e para a cumprir.
Uma missão que conduz sempre à paz interior, ao bem-estar do próprio e dos que o rodeiam, com uma sensação de realização e de felicidade, mesmo nos momentos menos fáceis.
Naturalmente que para cada um de nós, pobre ou rico por nascimento, nem tudo serão rosas e facilidades, mas sabe-se que tudo contribui para um bem maior.
Cada indivíduo, mais tarde ou mais cedo, tem sempre que se confrontar com a dor, o sofrimento, a alegria, o bem e o mal. Não podemos ignorar que tudo é dual. Tudo tem as duas faces.

È nessa dualidade que o ser se confronta no mais profundo de si mesmo, nas suas opções, em cada segundo da sua existência.

È certo que cada um verá, interpretará e vivenciará a realidade, conforme as suas camadas de sobrevivência para evitar a dor e o sofrimento, ao longo da sua existência .
E todos diferimos uns dos outros.
Uns terão uma visão do mundo filtrada pelos seus medos. Outros também e outros talvez não.
Cada um vê a realidade à sua maneira, o que não está certo nem errado. Só é mau, é quando se pensa que somos os únicos a possuir a razão toda.
Se acreditássemos em reencarnações, diríamos que íamos acumulando ou descartando densidade, conforme o nível de consciência e a coerência com a mesma.

Naturalmente que a evolução em liberdade, é o objectivo final da criação.
Alguns evoluirão. Outros regredirão para aprenderem lições que precisam experienciar.
Se dermos uma vista de olhos pelo passado da Humanidade, reparamos como o ser humano tem feito descobertas que os seus antepassados nem sequer poderiam imaginar.

Albert Einstein ao constatar que somos essencialmente energia , revolucionou as nossas percepções. Tudo!
A visão do mundo já não pode ser a mesma, depois desta constatação.
Assim uma realidade fantástica, subtil e mutável fica dependente do nosso alargamento de consciência.
Percebemos desde logo, que o nosso corpo, a matéria mais densa do nosso ser, está interligado e absolutamente sujeito aos pensamentos que o habitam.
Deste modo, o que pensamos e atravessa o nosso espírito em cada segundo da nossa existência, cria a nossa saúde ou doença. O equilíbrio ou desequilíbrio. A nossa realidade.
Indo mais longe, ao aperceber-se do modo como a energia circula em cada ser, o Homem pode mudar a realidade.
Onde há doença, pode restabelecer-se a saúde, pela mudança do padrão de pensamento, após ter identificado a causa primeira daquela somatização.
Potencialmente, o homem é curador. È criador.
Para isso basta aperceber-se:
1.Do funcionamento do seu ser no mais profundo de si mesmo e como as emoções bloqueadas, os pensamentos, a negatividade e outras situações(…) provocam o desequilíbrio lentamente. A doença.
2.Querer e tentar ir o mais longe possível, na sua busca .
3.Implicar-se inteiramente na mudança, através de comportamentos adequados .
4.Crer que a cura é possível.
Que os “milagres”acontecem…e se possível, acreditar inclusivamente que a Deus nada é impossível.

Aperceber-se que de cada vez que sente uma dor, desconforto, doença que surge no corpo, terá que parar e interrogar-se sobre o seu significado.
O que será que está a funcionar mal no momento ou que vem funcionando mal, na minha vida, no meu pensamento, na minha consciência ?
(Aliás o principio da acupunctura é mesmo baseado nesta realidade: o bloqueamento da energia é o responsável pelo aparecimento da doença.).
O que será que tenho que mudar com urgência?
O que será que tem que ser reorganizado?
E já agora deixo lhe uma pista, provada cientificamente: rezar, cura!
E mais , não tenha ilusões que o ressentimento, a raiva, a ganância, o orgulho, a inveja, o ciúme e tudo o que é negativo e habita o espírito humano, causa dor , sofrimento, doença , em primeiro lugar a quem alberga estes sentimentos.

Se acha que estou enganada, ainda não acordou!
Amanhã já pode ser muito tarde.
Quanto mais lixo acumular na sua vida, dentro de si, mais terá de sofrer…
A sabedoria antiga já dizia: quando a cabeça não tem juízo, o corpo é que o paga.
..e o cantor António Variações também recordou esta verdade, não foi?
Então de que é que está è espera?

E mais lhe digo, conforme também afirmou Roger Von Oech:
Quando novas informações surgem e as circunstâncias mudam, já não é possível resolver problemas com as soluções de ontem…


quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

A minha ida ao médico...para chorar...


A minha ida ao médico

Muitos dos leitores ainda devem estar recordados, daquela brincadeira que o saudoso Raul Solnado dizia com tanta graça, a partir da sua ida ao médico.
È bem mais agradável falar de situações de humor do que de …desamor… ou de negro humor.
Também não vale a pena falar por falar, se não for para dar sugestões ou para mudar para melhor, o que não está de todo bem, à partida.
Desta vez é mesmo o triste o que tenho para testemunhar.

Não quero reforçar mais a loucura de todo o sistema.de saúde e não só….
Será que alguém ouve o que se diz e que nos dói?
Antes de mais, é preciso ter muita saúde para se ir aos HUC.
Se for ao Hospital dos Covões, é um pouco diferente.
Más instalações, mas atendimento humanizado, pelo menos tem acontecido assim comigo.
No antigo H.U.C., onde trabalhei enquanto estudava na Universidade, éramos uma grande família e todos nos conhecíamos e amparávamos!

Nos HUC, actualmente, começa pelo stress terrível de não se poder estacionar, sem se ficar a pensar que entretanto a polícia já multou ou levou o carro.
Se ao menos os transportes funcionassem de um modo diferente…talvez se resolvesse um pouco esta situação.
Quando não se pode andar e não há condições para ir de autocarro que fica muito longe, só se tiver muito dinheiro para andar sempre der táxi, é que se resolve a situação.
Finalmente chega-se aos HUC às 8h e 30m da manhã, para se ser atendido, com alguma sorte, perto das 13h ou mais.
As filas são enormes em todo o lado. A sala de doentes está a abarrotar de tal modo, que só respirar aquele ambiente, ouvir gente que fala...fala e não diz nada, os telemóveis todos a tocarem, sentir-se comprimida sem espaço entre tanta gente, dá quase para desmaiar, ficar com os nervos em franja.
Não se aguenta mesmo, durante tanto tempo!
Entretanto, os médicos super stressados, dizendo que entraram às 8horas da manhã, comentam em voz alta, uns para os outros frente aos doentes, que estão “pelos cabelos”, etc...etc…
Desabafava também uma outra clínica que se enervara sem porque não encontraram lugar para o carro. Que só as senhoras secretárias … têm lugar assegurado para estacionar…etc….
Outra senhora conta que foi à urgência, porque não estava bem e depois de ter sofrido todos estas limitações, diz que o médico a mandou embora , porque ela não tinha nada.
Pouco tempo depois teve que ser operada de urgência…
Outra pessoa comenta que antes tinha vergonha de ser Português, mas agora sente NOJO!
Que o que alguns médicos querem, é que se morra e ou que se vá ao seu consultório pagar a consulta.
A mim, há tempos uma clínica dizia-me “o hospital é para os pobres”.
Paula Brito e Costa saberia responder muito bem.
Nem tive palavras para responder de estupefacta que fiquei.
Bom, mas a última consulta foi demais.
Ainda não tinha entrado no gabinete, depois de ter ouvido chamar o meu nome, quando o médico com voz de poucos amigos, agressivo, me dizia que me ia dar alta já!
Que não me via.
Pedi brandamente e meio assustada, depois de uma longa e difícil espera, que por favor me deixasse falar.
A questão é que me enganara no dia da consulta que estava marcada para 17 de Fevereiro e eu fora, dia 17 de Janeiro.
Nesse dia, um médico que já cuidara da minha mãe e me conhecia, perguntou me o que estava ali a fazer.
Diferente desta atitude que hoje enfrentara, esse médico por gentileza, atendeu-me um pouco à pressa, referindo que deveria vir então à consulta no dia em que estava marcada.

Assim fiz, mas parece que era melhor não ter vindo…para não dar trabalho ao clínico que contrariado, inclusivamente ao ver me até o meu nome trocou na receita que me passou, referindo sempre que eu estava boa e que me ia já dar alta…mas dizendo isto como se me estivesse a ralhar…
Quando cheguei à farmácia para comprar os medicamentos, a receita fora passada noutro nome!!!!
Aquele clínico não viu uma pessoa que buscava ajuda, algo de humano para os seus males.
E…. Coitados dos outros que se me seguiram….

Ele viu mais um número que o enfadou, conforme manifestou ainda no corredor e durante o atendimento… e sei lá que mais.
Para completar o cenário, ouvi que um idoso estrangulou sua esposa, doente com Alzheimer, e depois se suicidou em seguida, por falta de assistência e apoio…

Mais…no Hospital de S.João no Porto, não se administram medicamentos aos doentes que correm perigo de vida, porque … não há ordem para se gastar tanto.
A Presidente da Federação das Doenças Raras, Paula Brito e Costa refere que estes doentes correm sério risco de vida e... conta muitas outras coisas dolorosas e cruéis!

Ao que Antonio Arnaut, advogado, pai do Serviço Nacional de Saúde e antigo Ministro, fala sobre “a gravidade da decisão de certos administradores que tratam a saúde como uma mercadoria” e que a sua falta de sensibilidade os levaria a “administrar era uma fábrica de sabonetes”.Acrescenta ainda que “estes actos de desumanidade, atentado à vida, podem configurar um crime, com relevância penal”.
O Bastonário dos Médicos, Professor Doutor Jose Manuel Silva reage também, referindo que as pessoas responsáveis não podem vedar ao doente a possibilidade de receber o medicamento de que necessitam.
Não será o custo da doença que pode ser posto em primeiro lugar, mas a resolução do problema do doente.
Também em Lisboa, no Hospital dos Capuchos, é necessário apresentar o seu documento de IRS para saber se podem pagar o respectivo produto…trezentos euros mês…
Estamos numa situação de ruptura a todos os níveis.

Que será que cada um de nós poderá fazer nestes e noutros casos? Engolir? Refilar? Falar com quem, para melhorar este estado de coisas?…
Francamente não sei onde está a solução…
Se alguém souber, diga-me por favor, porque eu agradeço.
Acho que há pessoas que deviam ter escolhido outra profissão, mas nunca serem médicos…
È mesmo uma vergonha ao que chegámos...

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

Poema da SAUDADE - O Galito da minha rua


O GALO DA MINHA RUA

Cantava
Alegre
O galito
Na minha rua
E eu
Tremia
Temia
Ao ouvi-lo cantar…
Um dia
Ele ia calar-se…
O galito
Da minha rua
Respirar
Cantar
Viver sem pensar
No que lhe ia acontecer…
Mas eu sabia.
O destino cruel
Não queria
Saber.
Ele já não pode
Cantar…
Só na minh’ alma
Ficou
Aquele som
Alegre
Sem porquê
Porque sim
O galito
Da minha rua
Só sabia cantar
Nasceu para morrer
E quanto mais cantava
Mais seu fim
Se aproximava
E eu tremia
Por ele
Até que um dia
Não cantou
A minha canção
Meu coração chorou.
O galo da minha rua
Já não estava cá…
Partiu.
Calou-se
Aquele som amigo
Ficou comigo
A pena
A saudade
O vazio
Já sem penas …
Agora
Ladra o cão
Barriga vazia
Agonia
O som do carro
Ronca
Na manhã fria
E se um passarito
Me vier visitar
Cantar
Vou agradecer
Este amanhecer
Mas a alma a chorar
Por já não escutar
O galito da minha rua
…a cantar…

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Grata pelos comentários...


Querida

O texto ficou maravilhoso. É realmente tudo isso que descreveu.
Na verdade boicotamos o nosso "sótão". E só quando compreendemos
que as mudanças devem ocorrer dentro de nós é que evoluímos e somos
mais felizes.

Tentei encontrá-la no Skype mas você não estava online.

Beijinhos

Estela

domingo, 6 de fevereiro de 2011

AFINAL QUEM SOU EU?






Afinal quem somos nós?






Vida - Os homens perdem a saúde para juntar dinheiro, e depois perdem o dinheiro para a recuperar. Por pensarem ansiosamente no futuro, esquecem o presente, de tal forma que acabam por nem viver no presente nem no futuro. Vivem como se nunca fossem morrer e morrem como se não tivessem vivido... (Confúcio)

Há um filme e um livro, super interessantes, que reúnem o testemunho de alguns dos cientistas mais proeminentes do mundo e que nos abrem horizontes para novas realidades.
A nossa mente não ficará como antes, quando nos dispusermos a analisar “WHAT THE BLEEP DO WE KNOW”.
O tempo em que vivemos não dá mais para faltas de autenticidade, sejam elas quais forem e em que campo elas ocorram.
Tudo é posto em questão e o pior de tudo, é o confronto com o mais íntimo de cada um de nós, em que o pior carrasco, o juiz rigoroso, é mesmo a própria pessoa para consigo mesma.
Há quem não aguente e até desista mesmo de viver.
Felizmente também, há quem desvie a rota da sua vida e se torne uma nova pessoa.
Também sucede, que se viva anestesiado e só se acorde quando a desgraça bate à porta.
A perda tem vários graus.
As perdas começam de mansinho, conforme se aprende a lição logo ou se finge que se é muito forte e se resiste.
Aí as dificuldades vão aumentando de tom até se acordar!
Atinge todos os campos: trabalho, família …saúde…
Até que a pessoa se pergunta, por que razão está acontecendo isto ou aquilo.
Aqui está o nó da questão: mudança ou resistência.
Mas a perda vai sempre crescendo até que se acorde para uma nova realidade de paz interior. De mudança!
É esta nova consciência de sabermos que o nosso pensamento mais simples desagua nas nossas palavras.
Que as nossas palavras condicionam os nosso actos.
Estes mesmos actos criam os nossos hábitos.
Justamente os nossos hábitos dão origem ao nosso carácter que por sua vez traça o nosso destino!
E depois é a tal coisa, são os nossos pensamentos justamente que criam a nossa saúde ou o contrário.
E dizemos nós hoje: quem me dera saber isto há mais tempo…
Pois, mas mais vale tarde do que nunca.
Saber que tudo que nos acontece é da nossa exclusiva responsabilidade, é o mais importante.
Ninguém tem o poder de criar o meu mal ou o meu bem, se eu não permitir a entrada do que quer que seja no nosso interior, pela segurança de se sentir que se está no caminho do meio.
E o nosso pensamento é o rei da festa.
Ao termos consciência desta realidade, somos disciplinados. Sabemos o se quer e o que preferimos.
Optamos mais pelo que nos une, do que pelo que nos separa.
A questão, por exemplo, ao nível dos relacionamentos, é que todos carregamos traumas, mágoas, dores, frustrações, abandono, humilhação e tantos outros motivos de sofrimento.
Mas…vamos sempre acumulando no “sótão”.
Lá bem escondidinho no mais fundo de nós mesmos.
Quando sentimos, pensamos, agimos, reagimos, fazemo-lo pressionados, condicionados, por esse peso que nunca enfrentámos.
Não enfrentámos, porque isso era doloroso. Mas ele é real. Está lá vivo!
Não sabemos como resolver ou não sabemos quem nos pode ajudar.
Viramo-nos para a acção.
Fazemos muitas coisas. Nem sequer sabemos muito bem quem somos, nem a razão por que se actuou assim.
Adoptamos modelos, mas esse não era o nosso caminho e por isso nunca somos nós mesmos. Temos a sensação de frustração.
Enganamo-nos a nós próprios a toda a hora.
Como não nos sentimos bem, tomamos drogas para dormir.
Tomamos drogas para a dor daqui e dali, mas nunca vamos ao fundo das questão.
A dor da alma não se pode curar com drogas.
Muitas vezes os desencontros nos relacionamentos, vêm daqui.
As duas pessoas têm os mesmos problemas que nunca resolveram e quando o outro o choca, toca na ferida que também era a ferida do outro ou algo ainda pior.
Então as pessoas zangam-se.
Separam-se. No fundo ambos têm razão e ninguém tem razão.
Certamente nem é a separação que vai resolver a situação para nenhum deles.
Ambos conhecendo-se melhor a si próprios, cultivando o perdão, sofreriam muito menos.
Saber por que se agiu a assim. Ver também o outro, com olhos de bondade e compaixão (= sintonia na dor).
As pessoas magoadas não gostam de si próprias, antes de tudo. Por isso, estão sempre culpando os outros da sua infelicidade.
Aqui começa a maior dor. O drama.
Então têm a ilusão que amam o outro, mas não são capazes.
O que as move são interesssezinhos, mas não é amor.
As dificuldades surgem e não há força para as vencer, porque não há amor.
Se a pessoa estiver ligada à FONTE, as coisas mudam…
………………………………………………………………………………………………
Bom estou a reunir as minhas reflexões e a sentir na pele o que lhes digo, para publicar logo que me seja possível, um livro intitulado:
COMO VENCER A ANSIEDADE.
Afinal quem somos nós?
Devemos nos perguntar muito honestamente.
Não há outro caminho.
Até sempre.
Aquele abraço
linmare@edicomail.net ou lucindaferreira777@gmail.com ou http://lucinda.umaponteparaoinfinito.blogspot.com

quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

Noite




Perante o espectáculo lindo e luminoso na noite anilada que cobria a minha casa, a minha vida ...olhei o céu... e






Poema ….NOITE


de Lucinda Ferreira




Olho o céu anil



A lua imensa




Disco de luz




Brilha




Noite serena




Reluz!




Noite linda




Calma




Sobre a Terra




Adormecida




Olho o céu




Manto prateado




Sinto




Agradecida




A vida que passa




Graça




Beleza




Até ser dia




Até ser luz…