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segunda-feira, 21 de dezembro de 2015

Para além do silêncio...

·       PARA ALÉM DO SILÊNCIO…


·       Ser profundamente amado por alguém nos dá força; 
Amar alguém profundamente nos dá coragem. Lao-Tsé
      

·     Vejo pelo feed-back que a tecnologia me permite, que quase 25.000 amigos/irmãos me visitaram no meu blog. Me leram, o que me enche de alegria!

·     Espalham-se os meus leitores pela Rússia. USA (incluindo o frio Alaska). Brasil. Alemanha. Indonésia. Japão. Cabo Verde. Noruega e Portugal, naturalmente.

·     Penso em todos vós com um infinito respeito. Consideração. Amor!

·     Hoje, para além do silêncio de que sinto necessidade como do ar que respiro, numa data que nos faz interiorizar o sentido da vida, dirijo-me a qualquer parte do mundo onde estais.

Em primeiro lugar:
·     Aos “Sem Abrigo”. Aos famintos. Aos doentes mais desenganados e sofridos. Aos idosos. Aos isolados, quer em prisões reais, quer em prisões construídos pelo próprio ou que alguém lhes criou. Aos mais humilhados e desprezados. Aos/às trabalhadores do sexo. Àqueles de quem ninguém gosta. De quem ninguém se lembra. Aos mais humilhados.Aos desesperançados e até aos que acreditam (...) em Deus... Enfim dirijo-me aos que estão sós. Os que mais sofrem, seja por que razão for!

·     Na realidade, numa só palavra se centra a causa ancestral da origem do sofrimento humano – O AMOR”!

·     Nem a fome. Nem o frio. Nem a solidão. Nem doença. Nem outra razão de dor existiria, se o Amor fosse real. Se este se traduzisse em gestos. Se nascesse no coração humano com uma urgência imparável, como a causa maior da nossa alegria!

·     O Amor muitas vezes não existe em quem está ao nosso lado, mas também não existe em nós próprios para connosco mesmos. Para com os outros. Para com Deus!

·     E continuamos desesperados à espera. De mãos e alma vazias. A olhar para fora sem percebermos, que não podemos mudar os outros, mas podemos mudar-nos a nós!
·     E mais: ”Todo o amor semeado, cedo ou tarde florescerá”(…) (Ás vezes ele volta a nós... )
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·     Não há oportunidade. Nem o ego permite que se “perca”tempo na auto-análise da máscara que consciente ou inconsciente usamos.

·      Temos contudo a maior necessidade de visitar esse lugar secreto, no silêncio do âmago do que pensamos. Falamos ou fazemos, sem que alguém se aperceba. (Está-se tão atento a julgar o outro, que não resta tempo para mais nada. Afinal somos responsáveis é por nós mesmos).

·     Quem não tem não pode dar. É uma evidência clara.
Daí que se estando carente, seja por que motivo for, para resolver o problema, enquanto há tempo, há que descobrir a ponta da meada. Ver onde começa a dificuldade. Isso só no silêncio é possível.

·     Se uma porta se fecha e constitui uma grande perda, só nos apercebemos disso, se estamos obstinadamente especados à frente daquela única porta…

·     Se observamos com distanciamento, conhecendo o segredo ,de que tudo o que dói é uma chamada de atenção, exigindo rápida mudança de rumo, então tudo tem sentido.

·     Aí, nem se nota que a porta se fechou. Ou não será a altura da porta se abrir. Ou não será mesmo aquela porta que interessa…
·     Às vezes mesmo ao lado, abre-se um grande portão, mas nem se repara…

·     Ganhar distância, para termos a noção das oportunidades e das impossibilidades, é o mais importante.

·     Lembre-se sempre da chave: O AMOR!
·      Para consigo mesmo, pois ninguém pode amar outrem, sem se amar a si mesmo com respeito. Equilíbrio. Carinho. E se tiver Fé, tudo fica mais facilitado.

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·     Se para si existe Natal, isso se deve à comemoração do nascimento de Jesus!
·     E quem é Jesus?
·     Jesus é o Cristo, isto é, O UNGIDO. O MESSIAS! O DEUS VIVO que se humilhou por AMOR, assumindo a nossa natureza, para dar um sentido à Vida.
·     É de notar que Ele inverteu os valores terráqueos!

·      Disse as verdades mais duras, que o poder não suportou. Valeu-Lhe a morte mais infame, por AMOR!

·     O Papa Francisco, que O segue de perto, é ousado. Põe o dedo nas feridas.
·     Deus continue a iluminá-lo para que o Natal deixe de ser motivo de hipocrisias gritantes. Comezainas. Ostentação…

·      E tenha a marca da humildade. O recolhimento em família, por AMOR!
E a maior gratidão a um DEUS MAIOR que nos ama até à loucura de nascer numa manjedoura e se entregar por AMOR!

Ele foi. É. E será a solução para todos os que sofrem, pelo sentido que deu à dor. Sendo o CAMINHO.A VERDADE e A VIDA, deixou-nos todas as pistas para o tal AMOR!

É por isso que o Natal está para além do silêncio…
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   Se algum dia se sentir rejeitado, lembre-se que na luta de milhares de espermatozóides, o escolhido foi você. 
Além de que Deus o ama desde toda a eternidade. Ainda não era nascido, já Deus o amava. Conhecia.
       E nunca mais deixará de o amar mesmo que mude de estado, passando pela irmã morte. O espírito não morre!

Alegre-se: DEUS o ama! Não duvide. O Sol o ilumina todos os dias. As flores abrem para o ver feliz e tanta maravilha na sua vida que deve enumerar e agradecer. Verá como tudo vai mudando lentamente. Também eu lhe desejo as maiores alegrias hoje. Sempre!   
E depois tenha sempre presente que Deus o ama...E por que não há-de amá-Lo também?
Afinal...      

Ser profundamente amado por alguém nos dá força; Amar alguém profundamente nos dá coragem. Lao-Tsé

  Lucinda Ferreira 
Coimbra 21.12.15

terça-feira, 1 de dezembro de 2015

Estranha leveza do ser...


Estranha leveza do ser
 
O que falta em você sou eu. Seu sorriso precisa do meu. Sei que está morrendo de saudade. Venha logo buscar a sua outra metade. DIMAS POLICENA

Ele era mesmo assim
Nas minhas barbas
Enganava-me
Brincava
Sorria para mim

E sorria dengoso. Manhoso
Fugidio
Não era de ninguém.
Nem conseguia ser
Era por que era assim mesmo.
Seduzia e era Seduzido
Lúdico
Deixava-se ir…Escorregar
E sorria com malandrice
Apanhado. Sabendo que eu percebia
E por amor perdoava e tornava a perdoar
Amar é aceitar
E eu amava. E ele sabia e mentia.
Depois fazia o mesmo à outra
E me compensava
E amava como podia e sabia.
De mão em mão caminhando
Não era de ninguém
Aparecia de vez em quando
Amara a Avó
Aquela velhinha
Que nunca esquecera
Efémera leveza de ser
Como a borboleta que poisa de flor em flor
Sem nunca se comprometer…
No final continuava a sorrir
E a fugir acenava
Enquanto se escondia na sombra
Era assim que ele sabia ser
Amar…
Tenho saudades
Daquele garoto atrevido
Que a fugir roçava seus lábios nos meus
E sorrindo a brincar
De longe
Perdido na bruma
Continuava a acenar
E ainda assim...Dizia adeus!
1 Dez.15

Lucinda Ferreira

Como nasce um texto...

Textos e pretextos 

Como nasce um texto

“Quem escreve constrói castelos. Quem lê passa a habitá-los.”


A estranha aventura de ser tua
De te sentir como alguém a meu lado
A minha fiel sombra que me segue…
Fazes-me sonhar.
Noite e dia
Me visitas
Pesado e leve...
Com histórias para contar
Nunca antes contadas
Reveladas!
Durmo e acordo
E estás em mim
Estigma aberto na alma
Desde que fui gerada
Ninguém te vê nem alcança
Só eu sinto
 Crónica. Conto. Novela. Romance…
Nunca consigo dizer tudo
O que carrego escondido.
E levo comigo para onde vou
Confundido com aquilo que sou…
Invento sem cessar
Crio e n0 milagre de transformar
Renego. Acarinho. Grito .Choro.
Mando embora a morte
Amo até ao ódio
E de repente
Aquele novo ser aparece
Desaparece
Para diferente renascer
O texto que  vou criar
Lanço no éter... No ar…
Ânsia de te alcançar
Comunicar?
(Bem diferente de dizer. Falar)
Não sei, nem me importa.
Só sei
Num jogo apertado.
Matemático. Exacto.
Que bato à tua porta
Solto para te oferecer
O que não se pode dizer
Mas apenas comunicar…
Te atingir
Como quem oferece uma flor
Só para te ver sorrir
Para te dar prazer
 Depois na sombra sozinha
Me esconder
 E de novo continuar
A criar
 A escrever até a alma me doer!

Coimbra, 1 de Novembro de 29

Lucinda Ferreira

sábado, 28 de novembro de 2015

COIMBRA - PORTUGAL


Textos e pretextos  

FOTOS NET



Coimbra

Largo e flutuante
Manto
Salpicado de pintas Negras...Brancas
Gaivotas volteiam
Alto!
Amplo e claro céu azul
Em tarde morna
Cobre o movimento
A cor
Choupos
Dourados. Vermelhos
Aprumados
Espelho brilhante
Aberto ao sol...
Dique ruidoso. Bravo
Encurralado rio
Que Camões cantou
Mondego doutor
Sem idade
Por quem alguém se apaixonou
Ex-libris da cidade
Ventre de aventuras
Amores
Tapete de folhas tecido
Plantar em Ti
Rosas e narcisos
Dálias e miosótis
Perdidos no mar
Mágico local esta Coimbra
O melhor de Portugal ainda
Para quem nasceu
Para sentir e sonhar!
IMGES NET
 
Coimbra, 28 de Nov.2015
Lucinda Ferreira


sexta-feira, 27 de novembro de 2015

Comunicação, esse “ser” sagrado!

Textos e pretextos

Comunicação, esse “ser” sagrado!
 "Ninguém falaria tanto na presença dos outros se soubesse quantas vezes se é mal interpretado.” GOETH






Para mim, COMUNICAÇÃO é um “acto”sagrado. Uma obra de arte. Um dos gestos mais significativos e importantes da minha vida!
Não refiro a comunicação dos que falam a metro para aparecer.
Para ganhar dinheiro.
Para preencher um espaço.
Para cumprir uma tarefa.
Para responder a uma encomenda.
Para defender um ponto de vista, quer ele seja económico. Político ou Religioso.

Comunicação nasce como um ser de luz de uma necessidade funda de transmitir algo importante fruto da nossa experiência. De uma descoberta solitária e pessoal.
Algo que se viveu com sofrimento e ou alegria e se quer partilhar para que o outro experimente e se enriqueça. Seja!

Foi assim que sempre fui professora.

Raramente “ensinei” algo… Antes dei todas as ferramentas e incentivos para que cada um fosse capaz de desabrochar a riqueza imensa que carregava escondida em si e que desconhecia possuir!
Era isso que fazia brilhar os seu olhos extasiados com a auto-descoberta.
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Assim como o acto criativo, foge às coisas contáveis. Vendáveis, a arte e o amor não têm preço!

Há textos que nascem por amor e para o amor!
Diógenes de Sinope (c. 404-323 A.C.) foi um filósofo grego cínico conhecido por segurar uma lanterna (ou vela) virada para os rostos dos cidadãos de Atenas, alegando que estava procurando um homem honesto!

Hoje, certamente nem que usasse um holofote, teria mais sorte ou facilidade em o descobrir…
img net
Corro o mundo. Ando um ano ou mais e não encontro ninguém com quem comunicar com alegria…

Pode-se até estar sempre entre gentes e ou na multidão e não se descobre NINGUÉM!
Infelizmente mesmo no meio restrito religioso em que nos integramos, esse milagre também não acontece.

Comunicar pode nem ser falar muito. Escutar muito.
Embora as mensagens tomem forma de palavras, gestos, olhares, movimentos do corpo, por vezes um sorriso basta.
O corpo também comunica e muito nos diz quando se está atento e se lêem os sinais.

  Fiódor Mikhailovich Dostoiévski dizia que conhecia uma pessoa pelo sorriso que esboçava no primeiro
 segundo do encontro e nunca isso o enganava.

Estamos todos unidos por uma teia invisível de uma subtileza que nem todos captam.

A comunicação exige verdade interior. Autenticidade. É feita de uma sintonia inexplicável. Sagrada! Nasce para além do espaço e do tempo. É tão natural e espontânea que chega a doer pelas saudades de quem perdeu o seu interlocutor/a ou nunca o/a achou por tão distante ou tão perto (!) se esconder.

O saudoso Amigo. Poeta . Escritor. Estadista, Doutor David Mourão-Ferreira dizia-me que nem que fosse do outro lado do mundo, alguém andava à nossa procura pelo desejo de comunicar nesta onda profunda e consoladora que nem todos têm o privilégio de experimentar.

É por isso que uma gralha. Um corte num pequeno artigo de jornal me custa muito. Infelizmente isso acontece, pelo que peço perdão aos meus leitores mais fiéis.

Isso chega a bloquear-me de tal modo que sinto tal como  Sigmund Freud: 
“Existem momentos na vida da gente, em que as palavras perdem o sentido ou parecem inúteis e, por mais que a gente pense numa forma de empregá-las, elas parecem não servir. Então a gente não diz, apenas sente.”

E como estudos revelam que os meios de comunicação exercem influências positivas e negativas na vida das pessoas, sinto-me responsável por tudo o que escrevo.

Estou a trabalhar nos meus livros que foram tomando forma ao longo da minha vida.
Se escrevo romance ou novela, sei que fazem “companhia” às pessoas, propiciando catarse emocional. Aliviam carências e fracassos, aí a Comunicação pode tomar outro rosto, mas escreve-se sempre o que se é...
Também me poderá ler no meu blog, com aproximadamente 24 mil visitas, clicando em :

lucinda-umaponteparaoinfinito.blogspot.com

Comunicação para mim, é algo sagrado que muito respeito e a que me entrego só por amor!
img net
Lucinda Ferreira...27.11.2015 




Ele está em tudo…

fotos net
 Ele está em tudo…
 A transparência da minha cidade
Escreve nos céus
Em ondas de luz
O teu nome!
No verde
No dourado
No vermelho de sangue
Emerge brilhando
Gravado…
Uma flor
Rompe escondida
A vida acontece sem parar
E quando anoitece
E tudo adormece
Ainda assim
A claridade a cintilar
Inunda o coração
A transparência da minha cidade
Planta nos céus
O luar
Em forma de oração!


Coimbra, 27 de Novembro de 2015-Lucinda Ferreira