O tanque de Betesda
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Amor, compaixão e preocupação
pelos outros são verdadeiras fontes de felicidade.Dalai Lama
· Será que o sentido
de Justiça é algo inerente
ao ser ao humano?
· Será que ela
funciona melhor ou até só se pretende que funcione bem, quando somos os visados
dos resultados da mesma?
· Será que a Justiça
carrega em si uma força que nos leva a agir, ou o egoísmo e a alucinação a apagam
completamente das nossas vidas?
· Compaixão ( = sofrer juntamente COM o outro), um
grau acima da Justiça, será real para toda a gente, hoje, no mundo inteiro?
· Nesta minha reflexão,
ressaltam estes dois conceitos que obrigatoriamente
nos põem em questão a todos nós,
hoje e sempre e em toda a parte do
Planeta!
· Acredito e sinto
que há muita gente desinteressada, aquando da prestação de socorro. Atenta. Condoída com o sofrimento do outro:
· Ao processo de abandono dos mais velhos.
· Os isolados e ignorado
pela sociedade.
· Aos indefesos –
crianças, velhos, sem abrigo, doentes por adição e as mais diversas formas de dor,
isolamento profundo inimaginável, por quem ainda
está bem.
· …E os filhos e familiares que “metem” os velhos descartáveis, abandonados, isolados,
doentes, carecidos de carinho e amor, num estaleiro de morte em lares e que
nunca mais visitam (!!!!). Igualzinho à velha prática, abandonar o pai na montanha
para aí morrer, sem incomodar ninguém.
· Humanos indiferentes
passam de longe, para não verem sequer mágoa ou aflição do outro, será têm que
se questionar?
· Homem algum é
uma ilha. Dependemos, de todos os modos, do esforço do outro: na comida, no vestir,
na saúde, na limpeza, informação e na prestação dos serviços mais diversos, está
de acordo?
· Será que o dinheiro paga o esforço e até sacrifício,
por vezes, do prestador de serviço?
· Ora a grandeza
do Humano justo. Lúcido. Grato, tocado
pelo sofrimento do outro, espelho do que obrigatoriamente lhe acontecerá ( quem
semeia, colhe), é um sinal de inteligência e de integridade!
· Se todo o excesso
denota carência, questionamo-nos:
· Será então que cultivar
a compaixão…
· O amor…
· A atenção, para o silencio sofredor dos que sabemos isolados e
necessitando de um palavra…
· Um sorriso…
· Um pequeno gesto
solidário…
· Uma pequena ajuda…
· Um pouco de companhia…
· Algo tão simples
a romper, com urgência, a cadeia do egoísmo feroz e leviano, enquanto temos tempo
(…), valerá então a pena?
· Amigos, será que
nos deixará uma sensação de leveza, alegria, bem-estar, por termos sido úteis?
· Uma atitude
diferente de não individualismo. Não fechamento, diferente de cruamente só “olhar
para o seu umbigo”, será que traria uma sensação de felicidade para todos?
· Experimentar a
alegria da partilha, vale a pena. Aos poucos, verá que muitos dos seus males se
desvanecem…
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· Deixo um
episódio de há 2019 anos, passado em Jerusalém, numa ocasião de festa dos
Judeus, perto da Porta das Ovelhas, junto do tanque de BETESDA, que nos abre
caminhos…
· Exemplifica 2
posturas, perante a desgraça do outro, que pode até vir a ser a nossa no futuro…
· Junto do tanque
de Betesda, estendia-se uma multidão de aflitos doentes. Cegos. Coxos.
Paralíticos, aguardando a movimentação da água, pelo Anjo do Senhor, trazendo a
cura, para qualquer doença, ao primeiro que nela entrasse.
· Ora, estava lá
um paralítico que sofria há 38 anos! Aguardava alguém compassivo que o ajudasse,
pois nunca chegaria a tempo, dado que não podia andar!
· Tal, como hoje, todos
passam apressados, pensando nos seus problemas, sem sequer olharem para os mais
sofredores, pois há sempre seres muito piores do que nós…
· Eis que Alguém
que penetra o invisível e conheceu o valor do sofrimento, pois o vivenciou,
como nós, até à morte mais cruel e injusta, se compadeceu deste infeliz
abandonado por todos.
Perguntou-lhe:
“Queres ficar são?”
· O paralítico, que
nunca sequer fora notado, respondeu:
· - Mas sozinho
não consigo…
· Então, ouviu de
novo:
“Levanta-te. Toma o teu catre e anda”.
· Acreditando, o
enfermo de imediato, confiou. Obedeceu. Levantou-se e andou!
· Complicações aconteceram
de seguida, devido a esta cura cura (…).
· Mas interessa
sim, perceber que não sabendo ele quem o curou, mais tarde se cruzaram e esse
Alguém que o curara lhe recomendara:
“Foste
curado.
Não voltes a pecar, para que não te aconteça algo pior.”
· Ora de todo este
episódio e das diferentes atitudes que constamos. Do significado profundo do acontecimento,
muitas lições podemos tirar.
· ……………………………………………………………………
· Era isso que
hoje tenho a alegria de partilhar com quem me lê, na certeza de que alguns corações e almas captarão o alcance do digo, sobre indiferença.
A compaixão.
A
mudança necessária para se poder evoluir.
· O Amor e o Poder de Alguém que tudo conhece, hoje
e sempre, quando acreditamos e confiamos num poder Superior, sempre disponível
para socorrer todos.
Em qualquer parte.
Em cada momento que passa…
· Oxalá, saibamos aproveitá- lo…
· Tenha
compaixão, ajude os seus companheiros em qualquer oportunidade. Se a oportunidade não surge, saia do seu caminho para encontrá-la. Código
Samurai
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Coimbra, 4 de Julho de 20\19
Lucinda Ferreira
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