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sexta-feira, 1 de maio de 2015

O mundo a teus pés...







O mundo a teus pés...
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O mundo a teus pés…



O Homem é o retrato da Humanidade. Cada homem que melhora o seu interior eleva o nível do todo.
Todo o pensamento. Palavra ou gesto se expande até aos confins do universo, como a ondulação de um lago que só morre no limite do mesmo, quando se atira uma pedra.

Daí a nossa força.O nosso valor único.A nossa responsabilidade por cada opção pessoal.

Falemos hoje de insatisfação e plenitude.

A insatisfação é uma boca permanentemente escancarada. Um abismo sem fundo. Uma amplidão distante, feita à medida da nossa  ilusão que nunca pode ser preenchida.Um martírio que é estigma.

Quem é que nunca se sentiu insatisfeito?Incompleto?Com tanta coisa para fazer que nunca mais terá fim?

Nunca está tudo acabado. No lugar que devia estar.

Gera-se ansiedade. Culpa.Dúvida.Medo. Cansaço. Uma roda-viva imparável que empurra para a acção. Realização. Para fazer sempre mais qualquer coisa em busca da plenitude.

Esta foge.Cada vez fica mais distante! Inalcançável!

Isto obriga a correr sem descanso.´
Em estado de alerta permanente. Disponível, as pessoas sabem que alguém está sempre aberta e pronta para fazer o que se lhes solicita.

A vida corre apressada. Sem sabor. Sem tempo para o essencial.

A causa e o remédio onde estão?

A causa é que se pensa que o centro da nossa vida se situa apenas no FAZER. No exterior.
Advém da tentativa de estar bem.De ter de se cumprir tudo o que pensamos que tem que ser feito.

 O que sucede é que essa agitação gera mais actividade e sempre uma insatisfação crescente.
Além dos outros que abusam dessa disponibilidade. Exigem e esperam acção, o que cria mais culpa e insatisfação.

Quase nos tornamos máquinas…

Os instrumentos produzem sem parar.É só carregar no botão, quando programadas por quem parou.Pensou.Estudou.Teve que ser atento e sabedor para “fazer”.
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Qual o remédio para quebrar este “enguiço”? Este fadário?Este erro?

Questionar-se em primeiro lugar.Querer mudar!

-Por que razão terei que ser sempre eu a ter de fazer tudo?

-Não ganharia mais se parasse?

- Interrogar-me interiormente, sem temer a necessidade de ter de ser coerente e procurar descobrir as causas da minha insatisfação?

A solução está a um palmo de cada um de nós.É só

querer.Fazer a agulha na direcção certa.Escutar o silêncio é imprescindível.


É certamente a plenitude que se deseja alcançar…

Essa sensação tranquila de estar bem. 

Completa. Inteira.

Que se está onde deve estar.Sentir uma paz tal em seu íntimo 

que realiza tudo o que necessita , debaixo de uma alegria e de

 uma calma doce e reconfortante.

A plenitude não corre. Não foge de si própria nem do momento

 presente.

Quem está pleno é sereno. Só tem que ser quem é.Concentra-se em ser…


Ao escrever este texto lembro-me quando Jesus Cristo foi a casa de Lázaro.Marta corria afadigada. Maria ficou tranquila 

sentindo o perfume infinito da presença do Mestre.

Maria fez a melhor opção.A irmã afadigada, criticava a calma

 de Maria, no entanto o Mestre valorizou e deu-nos como

 exemplo a escolha de Maria.



Repara-se quando se opta por SER em vez de fazer, 

inconscientemente os outros sentem que cada um tem que fazer a sua parte.

 Param de exigir seja o que for, libertando de culpa e imposição o outro.

Como conclusão para simplificar, pois muito mais haveria  dizer:

·       Constatamos que o peso da culpa e as pressas são devastadoras.
·       Saber que para SER não é preciso fazer. Escutar o silêncio é imprescindível
·       Concentrar-se em ser no mais recôndito de cada um de nós , é a maior urgência das nossas vidas!
·         Treinar o desprendimento e as ordens do ego orgulhoso.Manhoso e tudo o que na matéria nos afasta da verdadeira identidade de todo o ser humano –um ser espiritual a fazer uma experiência na matéria- é o caminho para ter o MUNDO A SEUS PÉS NO QUE ISSO TEM DE GERADOR DA VERDADEIRA ALEGRIA!
·       O amor é a perfeição da consciência, eis o segredo…


1 de Maio de 2015  Lucinda Ferreira