Ara, a prometida – O encontro
AMOR TAMBÉM É ALMA QUE
SE EXPANDE PELO CORPO NUM INSTANTE DE INFINITO. AMOR MORRE DE AMOR QUANDO TEM
FORÇA DE TELETRANSPORTAR ALMAS ENTRELAÇADAS E FUNDIDAS PARA UMA DIMENSÃO A
NÍVEL CELESTIAL.
AMOR COMPLETO OCORRE QUANDO ALMAS E CORPOS
SABEM COISAS QUE SÓ O AMOR PODE INVENTAR
RENATO SEAVON)
Depois de sentirmos a energia de paz. Alegria. Pureza.
Bondade que reina no espaço onde Lara nasceu e se movimenta, percebemos que a menina
crescera…
As suas
formas de mulher arredondaram-se.
A
graciosidade. A beleza, a bondade natural são riquezas que nunca a abandonam.
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No segundo
texto, Lau , o jovem másculo. Honrado. Cheio de sonhos de amor. Promessas…Viera
do seu acampamento distante, à procura da sua metade. Da companheira com quem
irá repartir todos os dias da sua vida. Aquela em quem germinará a vida semeada
com respeito e carinho, em momentos inesquecíveis de ternura e cumplicidade
gostosa. Na sociedade em que se integra, o casamento vai até à morte de um dos
cônjuges. È para sempre!
Nunca há
desgosto na relação.
A tribo encontra se regularmente. Em família,
cada um expõe os seus pontos de vista livremente, para os acertos necessários,
na busca da alegria. Do amor. Da entrega mútua. Da harmonia de cada casal.
O maior
prazer do homem ou da mulher, é aperceber- se intuitivamente que o outro se
sente bem. Um íman imperfectível os une, desde o primeiro momento que se deram
em amor e intimidade, um ao outro…
Ambos são
monogâmicos. A honra. O bem do outro. A palavra dada… São coisas sagradas.
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Bom, mas espreitemos
aquele tempo em que Ara se preparou para o grande encontro.
O mesmo teve que acontecer.
A espera também não pode ser tão longa assim.
Os hábitos. A educação. A maneira de estar e
de ser, vai se plasmando todos os dias, com simplicidade ao longo da existência
desde que se nasce, por aqui. Então os toques finais tornam se menos difíceis. O
aprendizado com os mais velhos facilita o progresso interior. A criação de
hábitos saudáveis . Harmoniosos. Os relacionamentos são fonte de enriquecimento
mútuo.
A preparação leva os últimos retoques com os
conselhos dos mais experientes.
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Grandes
fogueiras. Tambores. Danças. A preparação e o finalizar de presentes de todos
os elementos da tribo, marcam a ponta final do grande acontecimento. O encontro
com Lau e a partida de Ara .
Antes, haverá
os festejos de entrega a Lau da prometida.
Até a
Natureza – Mãe parece enfeitar se de flores para comemorar o acontecimento e participar
da alegria de todos: os que ficam e os que partem.
Eles sabem
que Ara virá de vez em quando, visitar a grande família que muito lhe quer, mas
ficarão privados da sua graciosidade e gentileza para com todos.
Sabem bem
que o seu papel é partilhar a juventude e tudo o que sabe e é, com os que a
aguardam.
Ela terá que
seguir agora, a longa estrada da vida ao lado de Lau!
Alerta está também
com seus preparativos amorosos, a tribo que irá acolher Ara.
Chegado o
momento da partida, trocam-se as lembranças.
A grande embaixada de Lau, contemplará os Pais
de Ara e os amigos, com algumas cabeças de gado. Objetos manufaturados com
cuidado. Panos e outras preciosidades.
Lau e a sua
comitiva são recebidos com um lauto banquete de iguarias exóticas feitas a
primor. Danças. Cantares. Todo o acampamento está engalado. Vestido de festa.
Ara olha no
mais fundo dos olhos de Lau que brilham como dois diamantes.
Este pega na
mão da Ara, num ritual delicado e gentil que faria as delícias de muitas
princesas ditas civilizadas. Beija-as ternamente, com um fogo tal, que Ara
sente um choque inexplicável que permanecerá guardado, no mais fundo do seu
ser.
Pela
clareira da floresta que se estende sem fim, Ara e Lau passeiam agora sós. Apenas
um raiozinho de sol testemunha os beijos, as carícias inocentes trocadas em
segredo. Os passaritos espreitam Riem-se. Cantam para eles.
As folhas
das árvores roçam ao de leve os lábios dos
jovens que passeiam deslumbrados. Felizes. Cheios de encantamento mútuo.
Afinal são
os primeiros contactos de alguém que apenas morou nos sonhos de ambos.
A manhã das
descobertas esgota-se.
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O Grande Espírito é evocado por todos, desde o
início do encontro.
A gratidão
ressalta de todos os gestos. Nos corações de cada um, ela está viva. Está
sempre naturalmente presente.
A Ele são
dirigidos cânticos de gratidão. Alegria. Pedido de proteção.
Todos os atos
cheios de solenidade despretensiosa são precedidos de evocação e agradecimento
ao Grande Espírito que todos reverenciam com a naturalidade habitual.
Os três dias
preenchidos em alegre convívio entre os embaixadores e anfitriões esgotam- se.
Ara vai
partir!
Sentada ao
lado de Lau, num carrinho ancestral. Fofo. Enfeitado de folhas e flores. Uma
espécie de andor que os amigos e familiares do noivo fazem questão de
transportar, como sinal do acolhimento amoroso da nova tribo, vai esconder-se
por entre a folhagem, num caminho que só os nativos sabem..
Os noivos
vão agora partir.
O casal e a
comitiva despedem-se. Afastam-se. Perdem se na floresta que se torna densa.
Profunda. Verde. Muito verde.
O caminho é
longo.
Entretanto
no novo lar tribal e efetivo de Ara , acabam se os últimos preparativos para os
grandes festejo que terão lugar, logo à chegada dos noivos!
Muitas
danças. Banquetes partilhados por todos, sem diferenças. Todos são um. Um são
todos. Reina a paz. O amor. A partilha. A alegria.
Há uma tenda
especial dedicado aos noivos!
Repleta de perfumes.
Coberta de flores brancas, o local do desfloramento, com seus rituais secretos é
um verdadeiro esconderijo do amor. Ali reina o deslumbramento. A surpresa
preparada pelas mulheres mais velhas.
As alegrias
do encontro primeiro serão o selo da memória secreta de cada um dos jovens!
Nas restantes
tendas, nessa noite, os casais renovam as suas promessas amorosas. Fazem jus ao
amor partilhado.
Talvez dentro
de nove meses, a tribo tenha sido enriquecida
por novos elementos…
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Lau após o seu enlace, receberá plenos poderes de grande chefe da tribo. Seu
pai terá agora também todas as honras de ancião.
Será o Juiz
Mor da tribo, a quem se deve todo o respeito. O sábio mais experiente,
conselheiro nas doenças. Não nas desavenças que não existem.
Será contudo
a autoridade máxima que passa os valores aos mais jovens.
A sabedoria
do mais idoso será honrada. Acatada. Respeitada, como sempre o foi desde o
início. E continuará…
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Nota:
Gostavam de
saber mais ?
Prometo que
voltarei.
- “NÃO SÓ DE PÃO VIVE O HOMEM...” CORPO E ALMA
SE ALIMENTAM. CORPO SE ALIMENTA DE COMIDA E ALMA SE ALIMENTA DE AMOR. (RENATO
SEAVON)
Até lá , aquele abraço para todos os leitores
Linmare@e