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quarta-feira, 10 de maio de 2017

Páre! Escute! Olhe!

Textos e pretextos 


Páre! Escute! Olhe! 

 O momento certo para relaxar é precisamente quando não tem tempo. Sydney J. Harris 
 (imgens net)



Por pouco, não fiquei esmagada por ele. Já sofri, por causa dele, estragos de vária ordem.
Ataca sorrateiramente, sem pedir licença, mas a culpa é nossa…
Não escolhe idades. Já no ventre materno, faz as suas investidas, que se perpetuam e saem muito caras.


Provoca adições intermináveis. Fumo Bebida. Sexo. Trabalho. Compras. Fala. Fala sem sentido, empurrado pelo nada. Obriga a comer desalmadamente ou então deixa-se mesmo de comer.

Corremos todos, sem saber para onde, nem porquê, mas tudo continua a correr!

Veja se consegue descobrir a quem em refiro…

Será que ele o deixa dormir? Ou tem que recorrer à sua amiga droguinha?

Sabe a razão por que ele nos controla, sem conseguirmos fugir das suas terríveis garras?
Simplesmente, porque nos esquecemos quem somos.
Falta-nos uma consciência ligada a um campo quântico de inteligência!

Aqui reside a nossa maior beleza e encanto, que muitos desconhecem. Se possuir este conhecimento, acede a tudo que deseja ou necessita, com o simples clic de um pensamento, sem se cansar um pingo!

 Muitos já conseguiram esses “milagres”.

Quem se esquece de quem realmente é, ignorando a sua força interior, vive precariamente, em modo de sobrevivência.

No início, a humanidade para escapar ao ataque das feras, activava a fuga ou a defesa, reagindo ao ambiente exterior, através do nosso sistema de alarme. 

Hoje, as feras são diferentes, (dentro de nós na atitude), mas a ilusão continua a activar o nosso sistema de alarme…

Vive-se  desadaptado, estando sempre a fugir do perigo.
Não é a fera real, mas a agressividade imparável que criamos à nossa volta e sobretudo a dentro do peito, pela maneira como encaramos a vida, pois não sabemos quem somos!

Accionados por um simples pensamento, “privilégio” ou desgraça do homem, em comparação com os animais, lá chega o tal senhor...
.
Antecipamos ou revemos memórias, que nos causam o mesmo susto que uma grande fera!
  
Registos prejudiciais traduzidos em ansiedade (viver no futuro) ou em depressão (vivendo no passado), são o flagelo do nosso tempo. 

Puxamos sem parar, o gatilho do STRESS! Não contra um leão, mas contra uma ameaça imparável, real ou imaginária.

A tradução dessa impaciência dá-se no trânsito.
Na fúria contra o chefe. Contra o marido ou contra a esposa.
Contra a falta de dinheiro. Contra os amigos que se afastam com egoísmo.
Descobre-se. Inventa-se algo de negativo do passado ou do presente, verdadeiro ou ilusório, desencadeando raiva. Ódio. Ressentimento. Desespero. Tristeza. Frustração e sei lá que rosário complicado e...
Lá está o rei stress no comando!
(Mas..."Quando se está sob stress crônico, a vida se torna mais curta". Dean Ornish)
O pior é que se o animal desactiva este estado destruidor, logo que o perigo passa, o ser humano reforça-o a cada momento.

Ora como o STRESS altera a química do nosso corpo, desencadeando uma série de acções nocivas levando ao esgotamento, a doença surge irremediavelmente, por nossa culpa.

O sistema nervoso alerta para o perigo: o coração acelera (arritmia, tensão alta, etc), bombeando grandes quantidades de sangue para os membros, em detrimento do corpo que se desequilibra.

Surge dor de estômago e de cabeça. Insónia. Nervosismo incontrolável. As reacções ao STRESS variam. Nenhum corpo o aguenta, durante muito tempo sem mandar os seus sinais.

Por que razão é que surge o stress?
·      Mobilizamos constantemente a nossa energia apenas para o mundo exterior!
·      Vivemos apenas dos cinco sentidos, num estado materialista, esquecendo quem somos: um ser espiritual a fazer uma experiência na matéria!

O sistema digestivo. Endócrino e imunitário que comandam o nosso interior não conseguem compensar, por falta de energia, a renovação e a regeneração do corpo. E lá se cai no cancro. Sempre constipados ou naquele rol de doenças auto-imunes (artrite reumatóide, esclerose múltipla e cada doença pior que a outra…) e outras maleitas terríveis, agora ditas raras.´~

Revivemos situações traumáticas. Alimentamos ressentimentos. Julgamentos. Negatividade. Auto-agressões e maus pensamentos. É-se incapaz de perdoar, ignorando e bebendo o veneno do ódio, a contar que o outro morra…

Perde-se o equilíbrio químico, pois sabe-se que tudo o que se colhe e fabrica no pensamento, no neo córtex, passa ao límbico, sede das emoções e química que passarão ao cerebelo (na parte inferior o arquivo, subconsciente) onde se gera o nosso estado de ser, personalidade, cuja inconsciência deste funcionamento e anteconhecimento levam ao acumulo de mais stress…
“O stress deve ser uma força motivadora e poderosa, não um obstáculo.”  Se este pode ser necessário, em momentos e doses benéficas, exagerando, além de mexer com os botões genéticos, transforma-se numa praga maldita. Num comportamento circular, inadequado e prejudicial.

O auto conhecimento é fundamental. Se não perceber quem é, e obsessivo insistir em viver no passado, no futuro, e NÃO NO AQUI e AGORA, se não aprender a apagar da mente o que o incomoda, matutando na sua promoção. Sempre focado em algo que tem que fazer. Preocupado com isto ou com aquilo, as substâncias químicas não perdoam.

E muito mais, mas para já, previna-se, pela sua rica saúde:
PÁRE! ESCUTE! OlHE! 
…Senão o stress vai trucidá-lo!




“O objectivo do stress não é magoá-lo, mas sim alertar que está na hora de voltar ao coração e começar a amar”. Sara Paddison
Lucinda Ferreira,  Coimbra, 10 maio 2017