Alegra-me
Ouvir
a cigarra a cantar
Sentir
a brisa fresca
Na
minha cara roçar
Sorrir
Ao escutar
o passarinho
No ninho
Nas
flores do meu jardim
À espera
da mãe
A chilrear.
As
gatas
Afadigadas
Na janela
a espreitar
A
ver se o podem caçar.
Aflita
Vou a
correr
Defender
Inocente
fragilidade.
Luta
desigual Predador animal
Cruel,
mas sem maldade.
Aguardo
ansiosa que da ave
Cresçam
as asas…
A
rosa cheirosa…Indiferente
Alheia
ao perigoso ambiente,
Perfuma
sem cessar.
Neste
embaraço, o tempo passa devagar…
Aperto
o laço para a gata não saltar!
Pia
o passarinho a chamar a mãe para comer
Para
poder voar.
Sobreviver.
O
vento balança o ramo do roseiral
Caem
das rosas pálidas
Pétalas
no quintal.
Rezo
baixinho
Pela
vida do passarinho.
Desfaz-se
o encanto
Foge
a ave ligeira
Para
outras paragens, entretanto.
Sossegam
os gatos na tarde cálida.
Abre
e fecha o olho, relaxada
Descontraída
…A gata amarela.
Ela
sabe e sente, como gosto dela.
Do sonhado banquete
Acabou o frenesim
Imaginado
Apetecível
…Perdido
Esquecido.
Gostoso
festim.
Cª. 20.7.12
Lucinda Ferreira