Textos
e pretextos
Analisar ou julgar?
Aquele que tem a atitude
de julgar o próximo não tem a capacidade para julgar a si mesmo.(?)
Há uma grande diferença entre estas duas
atitudes de analisar e julgar.
Analisar, sob o ponto de vista da nossa
energia, é algo desejável.
- “Em tal e tal situação, eu faria assim
ou assado.”
Ela ou ele fizeram muito diferente.
Posso não concordar e até ter que me afastar,
para minha maior paz, mas…
Embora não concorde, lutarei para que
tenha a liberdade de se expressar como quiser.
Julgar é um acto de
superioridade. Dominador e até desagradável.
“Eu sei tudo. O outro não sabe nada. Enfim,
coisas do EGO…Sou eu que tenho a receita para todas as coisas. As tentativas
dos outros pouco ou nada valem”.
E bem provável que o outro se souber do meu julgamento, se
zangue. Separação vai acontecer certamente…
Analisar é um acto
desejável.
Ver se esse acto ou situação estão
correctos, sob o ponto de vista da energia do próprio.
È preciso ter muito claro o que é bom
ou mau para si mesmo.
Esta diferença entre analisar e julgar é imprescindível
nas nossas vidas.
Não podemos perder a noção do que nos
acontece, pensando que isso é julgar!
Fica então assente, que querer que outro
fizesse assim ou devia fazer assim, de forma diferente
do que fez, isso é julgamento.
Se considerar que o outro agiu ou a situação
está de acordo, com o que eu faria, estou a
analisar.
Contudo, lutarei para que o outro faça,
como entende, defendendo o direito de agir como quiser, embora possa vir as
sofrer as consequências da sua liberdade.
Quem julga o próximo, será
o próximo a ser julgado… O único risco que se corre ao julgar, é o de ser
injusto.(?)
Coimbra, 24.7.19
Lucinda ferreira