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sábado, 31 de julho de 2010

De passagem pela cidade do Porto







A cidade invicta , q sempre recusou o jugo estrangeiro, é uma cidade com uma alma e uma energia bem especial.



Mal cruzamos a Ponte da Arrábida, a Afurada à esquerda ( idos de sul para Norte), promete um passeio cheio de frescura ao longo do rio, nestes dias quentes , mt quentes.
Lá ao fundo a entrada da barra e o mar de mansinho inundando a cidade generosamente.



À direita, o casario ao longo do rio que se estende a perder de vista , é também um convite à descoberta.



Várias são as Pontes que atravessam o Douro que vindo de Espanha, nos brinda com suas águas fartas e profundas.



De vez em enquando , subo a corrente até à Régua,mas aquelas descidas das comportas com um desnível de 34 metros , nunca me agradam mesmo nada...



O carácter das pessoas do Porto, é franco e amigável completamente diferente das sofisticadas gentes do sul, de Lisboa concretamente. Até se diz que estas comem na gaveta...Imagine-se. Mas lá que há muita afectatação e menos abertura do que no Porto, é certo.



Reparo ainda no Porto, que o pequeno comércio continua vivo e com algum movimento, apesar das grandes superfícies , onde mesmo nós aqui de Coimbra, vamos mts vezes para adquirir produtos que nos faltam por estes lados .



De qualquer maneira , gosto da paisagem aberta e ampla de águas, penetrando por um lado e por outro...



Com este calor insuportável que tem estado aqui por Portugal, no Porto parecia um inferno. Lume subia do chão da calçada e o ar abafado até fazia temer momentos piores, porque no ar o fumo dos incêndios, deixava um friso largo para os lados do mar. Um escuro assustador e um cheiro que se confundia com torradas , andava no ar nas ruas, mesmo durante a noite.



De qualquer modo , o mágico passeio junto ao mar, próximo do Castelo do Queijo á noitinha ou pela noite fora, fazia esquecer a caloreira dos dias abafados e insuportávies.



No Passeio Alegre, junto à Foz, passeva a Polícia regalada, onde nem era necessária (...), entre gente civilizada empurrando o carrinho dos bébés ou passeando os seus lindos cães de estimação felizes com seus donos.



Passeavam os velhos de mão dada, as teenagers desengonçadas quase nuas, as crianças, os ricos e os menos ricos.Todos.



É verdade que carros de alta cilindarada se alinhavam ao longo do passeio, mas o Porto só em zonas mt especiais parece pobre, pq dá sp a noção de um sítio sem prolemas.



Quando se deu um volta, à noite, pelos lado de Vila Nova de Gaia, as esplanadas estavam plenas de gente , comendo e bebendo animadas. De vez em quando alguém tocava nas esplanadas, enquanto os turistas aproveitavam para dançar a Lambada!



E assim entre cervejas e marisco, a vida sorria e a noite avançava calma e animada. Relaxada.



Também só se podia estar perto da água . Dentro de casa, era um forno ,mal de desligava o ar condicionado.



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Uma nota especial marca sempre este Porto escuro,mas belo no seu conjunto.



São as gaivotas cruzando o céu da cidade, dando pios tais que na primeira noite, já nem me lembrava, me fizeram temer pela sorte de algum cachorrinho em sofrimento. Qd acordei e reparei pela manhã, eram as gaivotas com seus silvos agudos, típicos , à procura de comida nos caixotes do lixo.



Recordei como em Den Haag, os patos que cruzam no ar , sobre as nossas cabeças , laçam sons típicos, tal como aqui no Porto as nossas amigas gaivotas espalham estes silvos agudos, gritos na noite que até assustam quando vamos de Coimbra , cidade silenciosa e calma .
Mas o Porto é muito mais .
Isto é só um convite, pq cada um de nós , descobre sempre o espaço com aquilo que se é .
Cada um busca o que mais lhe interessa e ali no Porto, há para todos os gostos.
Boa viagem!

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