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sábado, 22 de agosto de 2009

Viagem ao coração da zona centro


Hoje fiz uma viagem à zona centro interior.

Aquelas montanhas agrestes , montes e vales, montes com arvoredo, outros rapaditos, mas todos encadeados até perder de vista, dão uma impressão que se paira sobre os montes!


Quando regressei , havia um grande incêndio, na serra, que enchia o céu de um fumo negro.

A minha alma chorou e pensei nas plantas , nos animais sacrificados, no susto das pessoas que moram por aqueles montes ao redor daquele local assustador.

Quando era pequenita, morava numa pequena aldeia e então o fogo na montanha , assustava-me muito e tinha medo de dormir...

Perguntava sem cessar:

- Mãe, o fogo chega aqui!

Ela tranquilizava-me carinhosamente, mas eu não conseguia dormir.

Agora penso nos outros que estão por perto destes locais sinistros e assustadores...

Ontem vi na televisão , outro incêndio em Sintra, e via a aflição das pessoas com o fogo junto das suas casas...

Meu Deus, mas a Terra sofre tanto!

Como não há mais amor e mais cuidado com estes fogos?

Será que antigamente havia assim tantos fogos?

Se não havia , qual a razão por que agora há assim estas desgraças?


Havia outra coisa, na aldeia que me fazia sofrer muito.

Era o chiar dos porcos , quando lhe espetavam aquela faca horrrível , de que fugi sempre e não quis ver,mas sabia bem o que faziam ao animal, claro. Horrível !

Ainda hoje , as famílais juntam-se para a festa da matança do porco.
Eu fugiria e nunca estaria numa coisa tão dolorosa. Qual festa!

Que bárbaros somos...



Nota:

Quero pedir a Nenita, que me diga quem é.

Deixou-me um comentário da Néné , nascida em 29 de Julho de 1965.


A 1.ªcoisa, sem querer , apaguei a msg linda que adorei e agradeço e me tinha deixado no blog.

Peço muito que me escreva de novo e me diga quem é pf , pq não sei quem

é.
Meu endereço linmare@edicomail.net

sexta-feira, 21 de agosto de 2009

Mais um momento de comunhão que partilho com meus amigos!


É ELE



É Ele que me beija

na brisa do amanhecer.

É Ele que faz o sol brilhar,

que pinta o céu ao anoitecer...


É Ele que acende as estrelas

e as faz luzir.

Que faz as crianças cantar e saltar.

É Ele dentro de mim a sorrir.


Ele enche de cor outonal

- amarelo, castanho, bordeaux -

as vinhas de Portugal.


É Ele afinal, que dentro de mim

floresce no meu jardim

e faz tudo aquilo que eu sou!

quinta-feira, 20 de agosto de 2009

Hoje ocorreu me um pensamento que quero partilhar


Quando vou no meu carro, ou faço oração pelas automobilistas que cruzo no caminho, ou fico muito atenta à vida à minha volta, ou aproveito para fazer uma reflexão. Também ligo o rádio ,mas raramente.

Gosto muito de deixar passar as pessoas, sem prioridade, que estão numa fila ao lado para os deixarem entrar, porque raramente me deixam passar quando espero essa oportunidade.

Acho que as pessoas ficam tão felizes que até sorriem por vezes.

Uma vez conheci um amigo, um admirador na estrada.

Tivemos um encontro posterior e até foi interessante conhecer o senhor a quem pude passar uma mensagenzinha...

Mas enfim , hoje ia na estrada e pensava:

- Não há mesmo razão para se desprezar um idoso. Quem for inteligente, tem mesmo um atitude diferente.

Um idoso transporta consigo , muitas vezes, uma 'biblioteca', em saber vivido e experimentado , que livro algum pode ensinar.

Um idoso tem menos energia física ,mas pode ter uma força espiritual notável , dada pela sua vivência e opções feitas pelo amor, que jovem algum ainda teve tempo de ser provado e ter vivenciado.

De resto a convivência dos netos com os Avós , dão-lhe aos mias pequeninos noções preciosoas, uma certeza das suas raizes.

Dão -lhe uma dignidade, uma segurança e uma força que alguém outrém não tem possibilidade de passar à criança ou ao jovem.

É a falta de identidade que muitas vezes leva aos desacatos e até ao crime, por falta de vergonha e de valores pessoais passados pelos ancestrais.

Portanto aqueles que respeitam e prezam os mais velhos, os maiores ( como dizem os espanhóis), só têm a ganhar. Eles e os seus filhos, que amanhã os respeitarão muito mais facilmente.

Quando eu trabalhava no Ministério da Edução, onde estive destacada durante 10 anos, lembro-me de termos falado no desejo de implementação no nosso País de um projecto bem interessante.

As famílias , por vezes até carenciadas ou no desemprego, ( e agora isso não falta...), inscreviam-se e recebiam em suas casas, idosos que vivendo sozinhos , davam toda ou parte da sua reforma e sendo tratados com carinho e integrados na familia, sob vigilância da segurança social que por vezes até pagava também no caso mais pobres, tornavam a sociedade mais humana, sem horror à velhice por que se fugia deste modo, no final da sua vida tantas vezes de trabalho e sacrifício, fugia-se assim dessa praga horrível, que são os estaleiros para velhos, que por vezes até são incendiados.

Lembram- se na Rússia e noutros locais quantas vezes isso já aconteceu? Eu não sei a razão ,mas sei que a sociedade sente que velho dá trabalho e já não interessa. ..

É como dizia a pequenita cigana da Avó, que gritava e que não se queria dar à faca...por ser idosa e ser costume eliminarem os velhos...

Bom ,então as próprias famílias , podiam organizar-se e integrar os seus idosos no seu seio e certamente os seus rendimentos também aumentariam.

Tem que haver contudo o sentido de família, bondade e generosidade,mas garanto-vos que é compensador.
Eu sou filha única e meus Pais sempre tiveram um lugar na minha casa, na minha vida!

Nem a terra me comia, se metia meus Pais numa prisão - sabe -se lá como seriam tratados, - depois de uma vida de trabalho e quando precisavam mais de amor e atenção!

Meus filhos assistiram , participaram e beneficiaram desta presença tão valorosa.

Resta agora saber , se nas suas uniões, deram com alguém que tenha tido as mesmas experiências...não sei. Mas tenho muita , muita pena....

quarta-feira, 19 de agosto de 2009

Gostava mudar a minha foto do blog e não sei...


Gostava colocar esta foto no meu perfil ,mas não sei como fazer...
Há por ai alguém que me possa dar uma sugestão?


Mt obrigada


Lindamar


Nota: Esta era a foto que queria no meu blog.

Este é o sítio onde mais gosto de estar na minha cidade...de Coimbra em Portugal

Será que o silêncio em demasia asfixia a alma?

GRITO!


Quando se passa uma vida inteira a pensar no conforto, no bem dos outros, a cuidar velhos e novos da família, e depois se fica num canto, como um estorvo, sem ninguém por perto, porque já não prestamos para nada e só podemos precisar de um pouco de atenção...


E pergunta-se - que ainda tem a possibilidade de pensar...- que mal se fez à vida , para a vida nos fazer tão mal...


Como um balão de oxigénio, recorre-se a filosofias de desapego, de karmas, de sei lá o quê mais .
O desespero , a impotência, a depressão, o vazio...são o que resta.


..e até temos medo de incomodar os outros com a nossa dor.
O silêncio é tudo o que resta...

segunda-feira, 17 de agosto de 2009

Momento que vivi há muito e que apenas hoje transcrevo


MOMENTO



Iniciei uma caminhada
Na longa estrada
Que é a vida.
Estava só. Nua…Perdida.
Desgrenhada.
Na encruzilhada
Não sabia para onde seguir.
De repente,
Na curva apertada,
Mão amiga. Lisa. Aveludada
Estendeu-se para mim.
Desconfiada, quis continuar
Sem abrandar a caminhada.
Mas reparei que aquela mão
Era um abraço . Um coração
Com muito espaço!
Olhei para trás
Sem parar.
Tive medo
Quis continuar.
Mas aquela força era mais forte
Fez-me parar
Atraiu minha’alma,
Bússola- frémita
Buscando o norte sem nunca parar!
Quando cheguei
Reparei
Vi aquele ser
Era só luz - era Jesus
No corpo amigo do irmão sol
Feito farol para me guiar.

Que bem que fiz
Ter recuado.
Hoje somos um só
Feitos pão abençoado!
Matamos fome e sede ao desprezado
Acendemos estrelas na noite escura
No Verão ardente somos s frescura
Na desgraça
Presente
Luz e amor para toda a gente.

Em nosso peito sempre mais forte
Abrigo
Fonte
Suporte
Para o mendigo que como nós,
Não tinha abrigo
Não tinha norte,
Somos imagem do esplendor
Firme coragem
Terno amor
Para quem passa
Fruto e flor dum germe novo
Novo plano
E uma nova raça…

domingo, 16 de agosto de 2009

Coimbra está acolhedora á noite...


AS chamadas "Docas" ,em Coimbra, sáo umspaçosimpático junto ao Rio.

À noite, quando do chão ainda sobe um calor bem difícil de suportar, aquele espaço ali junto ao rio, é um lugar afgradável para retemperar forças e preparar uma noite de descanso mais agradável.


Não lhes aconteça é como há dias nos aconteceu.

Acabávamos de chegar do nosso trabalho de campo de fotografia . Tínhamos deixado os nossos carras ali no parque verde.

De repente, chega-se um rapazinho dos seus 20 anos, muito bem arranjado que chorando, nos pedia ajuda, porque tinha vindo de Viana do Castelo para responder a um anúncio e a máquina tinha-lhe engolido o cartão de multibanco.

Queria voltar para casa e não tinha meios. Se podíamos ajudar.

Imediatamente, cada um de nós , deu 5 euros e o rapazinho ficou com 40 euros, feliz e contente.

Ficámos desconfiados , no final , porque queríamos ajudar até ao fim e levá-lo à Estaçao Velha, mas ele não quis.

Pediu o númrtp de fp one a um de nós.para devolver o dinheiro ,mas escapou -lhe fingiu apenas que tomava nota. Uma das pessoas notou também isso.

Bom, mais uma vez a boa vontade de algumas pessoas foi lograda.

Talvez para a próxima, alguém que realmente precise e já não vai ter ajuda.

A mim av conteceu-me uma vez , ia eu com meu filho junto do picadeiro à beira mar em Espinho e porque havia muito trânsito e fila ia muitoi lentamente, meui filho disse-me:

-Mãmã gostas de andar . Sai e depois apanho-te à frente.


Saí à pressa para não incomodar os outros automobilistas. Naquela saída rápida, deixei a carteira e nem me lembrei que o telefone também estava lá dentro. De resto estava certa que à frente, apanharia de novo, o carro o meu filho.

Acontece que tudo se complicou.

Perdemo-nos um do outro.

Fui-me pôr no final da ponte do lado do Castelo do Queijo, pensando que isso facilitaria o nosso encontro. Que aí ele passaria e me veria.

Na verdade, fiquei ali imenso tempo , mas ele não passava.

Enquanto ali estava, aproveitei para observar a reacção das pessoas que me olhavam.

Eu estava vestida com um fato de cabedal. Não estava mal de todo.

As senhoras de barço dado com os manridos que pasavam, viravam -me um olhar de crítica e maus pensamentos...Os homens olhavam de solaio, talvez com alguma curiosidade.

Que estaria ali a fazer aquela criatura, a olhar para a estrada?

A certa altura, passaram uns senhores de idade com uma pastinha sob o braço, que me pareceram talvez de algum grupo religioso e talvez mais dosponíveis para me ajudar.

Então dirigi-me a eles e pedi para me deixarem telefonar a meu filho de quem me perdera.

Os senhores mal me olharam e foram sempre andando, também talvez desconfiando do que lhes dizia, um deles puxou de uma moeda de 50 cêntimos e deu-me.

Fiquei assim sem jeito e...agradeci.

Mas fiquei a pensar como é que havia de fazer para sair dali e da situação.

Entretanto reflectia sobre o facto de não ter um tostão no bolso, não ter um telefone, não ter um documento, não ter nada e ainda por cima ser mal julgada sem se pode defender.

Penso que foi isso que a mim me levou a intervir pelo tal menino do Parque Verde que nos vigarizou...

É uma sensação pouco agradável, confesso.

Mais à frente, ao tentar usar uma cabine telefónica, os tais 50 cêntimos não davam para a chamada.

Passava um casal e expliquei. A Senhora olhou-me de lado. Deu um puxão ao braço do marido e nem me respondeu...

Fui então até um cafezinho que havia no final da Avenida da Boavista e pedi o favor de me deixar telefonar .

Ficaria aí esperando o meu Filho que viria e pagaria!

Quando acabei de falar, o rapaz disse-me:

- A chamada já está paga.

Surpreendida, perguntei:

-Como?

-Estava aqui um senhor e pagou.

- Mas onde está o senhor , porque quero pagar-lhe?

-Não sei . Talvez já tivesse saído.

- ...

Entretando, felizmente, chegava o meu Filho!

Tudo se esclareceu. Ele agradeceu .

..mas na realidade foi uma grande lição, sob vários aspectos.