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Pretextos
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( este texto tem a ver com o poder local, mas tb pode acontecer por esse mundo fora, qd os os senhores q mandam , nao escutam os seus concidadãos..)
O mistério das Tripeças
Será que ….Na administração pública o que conta, é o mínimo de irritação do
cidadão, pois de nada adiantam obras faraónicas, se não há tranquilidade e
alegria. Addson
Há uma coisa
que me custa especialmente: ser porta- voz do que a maioria das pessoas
considera menos bem!
Neste caso é
surpresa. Tristeza e desgosto da maioria dos conimbricenses que ama o Jardim Botânico…
E qual razão?
Numa tarde
cálida, os mais velhos amavam dar um pulinho ao Jardim.
Tantos ainda
recordando as horas que aí passaram, preparando-se para os seus exames.
Conquista.
Sucesso, ligada à sombra fresca das árvores amigas. Saudável escolha, oferecida
por condições de um ambiente acolhedor e propício à concentração.
Outros,
revivendo momentos felizes da juventude, ligados ao seu primeiro amor. Momentos
mágicos. Fugidios. Irrepetíveis e únicos.
Visitantes
atraídos pelo prazer de um local aprazível, acolhidos pela Natureza colorida, passarada,
frescura e silêncio saudável, longe dos Centros Comerciais, barulhentos e
insuportáveis.
Mas a surpresa
e a impossibilidade de aí permanecer, provoca em todos – idosos
e crianças.
Conimbricenses e visitantes.
Ricos e pobres.
Saudáveis e doentes,
uma tristeza imensa.
Revolta. Incompreensão pela arbitrariedade dos
responsáveis deste Jardim, a quem temos solicitado esta mudança, através de
contacto, via e mail, sem qualquer resposta, obrigando-nos a vir aqui publicamente,
expor a urgência da reposição de banco, capazes de serem usados no Jardim
Botânico, da cidade de Coimbra.
Como será
que justificam.
Explicam, o desaparecimento de bancos condignos.
Capazes de
acolherem minimamente as pessoas, com esse com direito, na sua Terra?
Será que a um
velho que lutou.
Trabalhou.
Sofreu a vida inteira, também será negado o direito
de sentar um pouco, à sombra fresca de uma árvore, respirando, calmamente o
oxigénio, num dia escaldante de Verão, ou num pequeno passeio saudável, ou
entregando se a uma leitura agradável, num jardim da sua cidade?
Depois de
tantas árvores desaparecidas, não substituídas, outro desgosto ofensivo para a
população!
Agora, são
as Tripeças extremamente incómodas e inadaptadas
nas quais alguém jamais se poderá sentar.
O
desconforto e despropósito daqueles objectos apenas usados para macacos de
circo, exibidos apenas por tempo mínimo, colocados num local convidativo à paz
e à vista, torna se uma decisão e escolha ridícula.
Será que
quem teve aquela inicitativa, já terá experimentado, como é “agradável” (…)
estar sentado naquela Tripeça?
E já lá terá
conduzido um idoso, seu familiar próximo, para ver como ele se sente?
Ou mesmo
uma criança do seu sangue?
Pois é.
O
que não queremos para nós, não podemos querer para os outros.
E se tiveram poder para tomar esta decisão tão ridícula.
Incómoda e
fora do contexto, por favor vejam se têm vergonha e arrancam as Tripeças e
repõem os antigos bancos, ainda que velhinhos.
Ou também já venderam o ferro,
para fazer mais dinheiro?
Na administração pública aonde se espera o resultado
político, obra sem alma é obra não feita. É promessa não cumprida. É nada mesmo
que tudo. Jean Carlos Sestrem
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