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terça-feira, 28 de julho de 2015

Tese de doutoramento analisou crimes violentos

Tese de doutoramento analisou crimes violentos



Maria João Ferreira Guia distinguida com louvor pela Universidade de Coimbra

Z. M. 
 
Meus Filhos e eu, Lucinda .


Maria João Guia defendeu, na semana passada, a tese de doutoramento na Universidade de Coimbra (UC) em Direito, Justiça e Cidadania no Século XXI, tendo sido aprovada, por unanimidade, com distinção e louvor.

A nova doutora da UC apresentou a tese “Imigração, ‘Crimigração’ e Crime Violento – Os Reclusos Condenados e as Representações sobre Imigração e Crime”, que resultou de um estudo extenso sobre reclusos portugueses e não nacionais (por grupos de migrantes) condenados por quatro crimes que considerou violentos – homicídio, roubo, violação e ofensa à integridade física.

“Este estudo foi feito a partir da leitura de 116 sentenças de reclusos não nacionais e nacionais e da análise estatística de 8436 entradas de reclusos não nacionais de 2002, 2005, 2008 e 2011”, explica a autora, dando conta de que “o mesmo número de sentenças foi analisado para os portugueses e para cidadãos não nacionais”, para comparativamente procurar encontrar, por um lado, “fundamento em algumas percepções que passam na sociedade portuguesa sobre o facto de os imigrantes terem responsabilidade no suposto aumento do crime violento” e, por outro, “verificar se existiriam discrepâncias na análise dos factos que se traduzissem numa maior condenação de estrangeiros em Portugal”.

Depois deste importante passo, a nível pessoal e académico, Maria João Guia prepara-se agora para se dedicar a novos projectos.

 “Normalmente quando chegamos ao fim da tese de doutoramento é que sentimos que é tempo de começar. Acho que isso acontece com toda a gente. Para mim foi uma angústia encarar isto mas, ao mesmo tempo, é um estímulo para continuar”, sublinha.

E as conclusões que retirou da tese, nomeadamente a questão do impacto dos roubos e a forma como esta questão está – ou não – a ser estudada, deverá ser uma das próximas áreas a abordar.

“Essa é, sem dúvida, uma das áreas que me interessa e possivelmente poderá vir a ser essa que eu vou desenhar para um projecto futuro. Obviamente vou continuar o meu esforço pessoal e académico e vou fazer o melhor possível em prol do conhecimento”, realça.

Filha de Lucinda Ferreira (colaboradora d' O Despertar há vários anos), Maria João Guia tem 43 anos e conta com um vasto currículo.

Com vários livros publicados, é inspectora adjunta do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF), investigadora associada do Centro de Direitos Humanos da Faculdade de Direito da UC e professora convidada do Mestrado em Criminologia e da Licenciatura em Direito do ISBB em Coimbra.

 Tem orientando e co-orientando teses de mestrado, doutorandos e pós-doutorandos nas linhas temáticas em que trabalha; dinamiza a rede internacional CINETS – Crimmigration Control International Net of Studies; 

Foi perita externa independente da Comissão Europeia no campo da Segurança, Liberdade e Justiça e membro do grupo de Peritos em Tráfico de Pessoas; e é membro de várias sociedades e projectos de investigação nacionais e internacionais.

Legenda:
Maria João Guia foi aprovada, por unanimidade, com distinção e louvor
 Z.M.
Entrada da Sala dos Capelos

 
M Joao em traje académico de prestaçao de provas

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