Conforme prometemos, cá estamos com mais um avanço na nossa pesquisa sobre este tema, que nos diz respeito a todos sem excepção...
A Dama dos Véus e da Foice
(ART.º 5/6)
“Todo o homem que aceitou a morte é dono dos acontecimentos”Monier
“Na vida, as coisas passam, nós ficamos. Na morte, elas ficam nós passamos.”Grantland Rice
Vimos como a Bíblia, nos apresenta a continuação desta vida na Terra.
Veremos agora, como depois de um filósofo do séc.V a.C, já nos falara desse mesmo facto, o Livro Tibetanos dos Mortos também aborda o mesmo assunto.
Ainda para Platão, o nascimento, sono e esquecimento, é a entrada do espírito vindo de esferas elevadas, divinas, de uma grande consciência para uma menor consciência. Desperta e acorda no momento da morte, em que as coisas são reconhecidas prontamente e com uma grande lucidez!
Platão diz ainda outra coisa que me fascina.
A linguagem humana é inadequada para exprimir as realidades da “outra margem”…As palavras ocultam em vez de revelarem a natureza interior das coisas.
Recordo também Saint Exupéry quando diz : “O essencial é invisível. Apenas podemos ver o essencial com os olhos do coração”.
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O Livro Tibetano dos Mortos remonta aos confins dos séculos e no Tibete pré-histórico, é compilado por sábios, baseados na oralidade.
No séc.VIII d.C. surge então aparentemente escrito, para imediatamente ser escondido e tido como um dos maiores segredos!
Lido nos momentos finais da vida, este Livro servia para ajudar a pessoa a bem morrer e instruir os familiares a deixarem partir em paz sem pesar nem amor egoísta, o morto que assim livre de preocupações, podia seguir o seu novo destino maravilhoso…
O Livro Tibetanos dos Mortos apresenta vários estágios percorridos pela alma, após a morte.
Após o abandono do corpo, a consciência ouve sons e barulhos envoltos numa iluminação cinzenta e nebulosa.
Surpreendida, não percebe e fica confuso. Ouve e vê os familiares preparando o funeral. Quer comunicar, mas ninguém o consegue ver ou ouvir!
Quando percebe que está morto, pensa para onde deve ir e…deprime. Durante algum tempo, fica perto dos familiares. Observa que ainda está num corpo brilhante, mas agora com possibilidades incríveis!
Viaja instantaneamente. Atravessa rochas, paredes e montanhas. Percepção e pensamento são menos limitados. A mente é muito lúcida. Os sentidos apurados. Perfeitos e próximos da natureza divina. Todas as suas limitações sentidas na vida física desapareceram. Agora é ágil. Seu corpo adquiriu poderes alargados. Cruza seres em situação semelhante e encontra a Luz clara e pura.
Ora é justamente aqui que o Livro ajuda e aconselha a pessoa que parte, a sentir apenas compaixão e amor pelos outros…
Como num espelho, todas as suas acções sem possibilidade de fraude, aí são reflectidas para que ele próprio e os seres que vão julgá-lo possam ver nitidamente…
Mais perto de nós, entre 1688 e 1772, nascido em Estocolmo, Emanuel Swedenborg, notável nos campos da Anatomia, Fisiologia e Psicologia, fala-nos da sua comunicação com entidades espirituais do Além.
Fala-nos da vida depois da morte e das experiências que viveu fora do corpo.
Relata como os sentidos físicos cessam, mas como o pensamento, a memória, as sensações, as percepções ficam mais aguçados, não havendo ainda as dificuldades do tempo e do espaço.
Refere ainda a sua comunicação com os anjos, como uma espécie de transferência directa de pensamento de grande nitidez, mas que ninguém senão esse espírito, pode ouvir.
Diz que a sua vida passada, desde a infância até à velhice - o que pensou, disse ou fez - é-lhe mostrada em pormenor, sem possibilidade de ocultar seja o que for.
A memória interior é viva e é visto tudo numa luz tão clara como o dia!
“Não há nada que esteja escondido no mundo que não seja manifestado depois da morte”
Como todos os que viveram experiências de quase morte, refere que após a passagem para “a outra margem”, se encontram os espíritos de amigos e familiares que conhecemos e nos reconhecem, prestando serviço de encaminhamento e esclarecimento para o Além.
A Luz de verdade e compreensão é referida, a Luz do Senhor que permeia o Além.
“Uma luz de brilho inefável que ele próprio viu!”
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Bom e mais coisas que ficarão para a próxima, como conclusão do nosso trabalho.
Até lá, boa leitura para todos os nossos amigos
E...vale a pena reflectir, porque a morte, todos a temos certa.
Aquele abraço de sempre
linmare@edicomail.net
Blog: http://lucinda-umaponteparaoinfinito.blogspot.com
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