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segunda-feira, 29 de janeiro de 2018

A Ponte dos Amores

Textos e pretextos
A Ponte dos Amores
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A terra é insultada e oferece suas flores como resposta.”Rabindranath Tagore




Após ter terminado as minhas funções de Assistente Convidada da Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra, ia muitas vezes para o Canadá, onde me divertia imenso, entre outras coisas, fazendo Rádio e Televisão, por vezes.

Para além disso, quando a minha homónima, Lucinda Ferreira, em casa de quem morava, podia, íamos até à beira do Lago, com a família ou sós.

Junto dos Lagos, é o lazer. A distracção. O passeio agradável, para além da leitura relaxada. Toda a gente deitada na esteira, na relva, ouvindo música. Namora-se. Conversa-se.

Junto ao Lago, é um local cheio de água naturalmente, limpando emoções negativas. Enfeitado de flores variadas. Encontro nos bares animados, com música e agradável convívio.

Quando regressava, aquele espaço vinha dentro do meu coração. Faltava-me. Sentia-me asfixiada.

Tudo ali era harmonia. Sol e bem-estar. Aqui em Coimbra, na minha cidade, havia alguns jardins. Parques, mas só, não seria fiável ir até lá. Poderiam acontecer surpresas.

Descia a cortina da saudade. Da tristeza. Até novo encontro, sonhava com lagos. Extensos Parques abertos. Cobertos de florinhas rasteiras. Selvagens, enfeitando longas extensões. Sem árvores. Apenas um banco ao cimo do monte, onde se podia estar perfeitamente à vontade, fazendo o que apetecesse. Olhares sem fim eram fantasia. Silêncio. Conversa com alguém amigo. Podia-se voar sem limites.

Quando chegava a Coimbra, ansiava por voltar para “aquele Alentejo” canadiano. Acolhedor. Puro.

Brampton ainda lá está à minha espera, nas
Primaveras, cheias de pétalas de macieiras bravas, deixando cair sobre quem passa, delicadas odorosas flores, como se fôssemos eternas noivas, desfilando sob a música da passarada, que abunda por ali, sem perigo de morte. (Os animais, no Canadá, são respeitados e protegidos!)

Quando o Parque Verde da minha cidade se tornou realidade, agradeci em silêncio e publicamente, essa sétima maravilha de Coimbra, à beirinha do Mondego.

Hoje, quando me sinto encurralada, dentro de mim, vou até lá. Contemplo, não “as claras águas do Mondego”, mas profunda. Escura. Pachorrenta corrente, que parece nem se mexer…
Num destes domingos, na tarde quente, o Parque estava povoado pela gente daqui e arredores, já farta de frio e alguma chuva.

Ambicionado sol cálido, convite ao passeio, num recanto lindo da cidade, atraía ricos. Pobres. Idosos. Crianças. Casais jovens. Casais maduros. Namorados, lá num recanto mais escondido, manifestando a sua ternura em abraços e beijos. Estrangeiros. Visitantes. Desportistas. Negociantes. Pessoas friorentas. Outras acaloradas. Banhistas. Gente lendo, na relva. Outros conversando e às vezes até, gente praticando Ioga.

Como não há bancos, pois há muito tempo que a enxurrada os levou e nunca foram repostos, os muros à volta do bendito Parque, estavam todos ocupados!

Um friso humano, gostoso de ver, enquanto os cães animados se cheiravam ao cruzar novos amigos. Outros aproveitavam para estender os músculos e fazer umas corridinhas.

Entretanto, fui dar a minha voltinha, dando um allo às escuras águas do Rio, na Ponte pedonal.
Aí, saudei a grande deusa Natureza, que tanto amo. Depois, fui espreitando o mundo que me acolhia.

Na Ponte, quase à pinha, era giro descobrir, flashes de grande ternura. Encantamento. Enlevo. Doçura. Coisas que só a alma observa, de uma sedução sublime, que a Palavra não alcança.
·     “Selves” apaixonadas, de dois em um, trocando carícias, sem qualquer inibição perante os passantes, ainda que voyeurs alguns deles, eram comuns naquele sítio convidativo.
  • Donas encantadas, com o cãozinho Lulu enfeitado, passeando ligeiro, pela trela, ou mesmo ao colo, aconchegado no calor íntimo de um peito jovem, havia outros quadros de uma ternura comovente.
  • Um casal muito jovem, a mãe, uma menininha que podia ainda andar a saltar à corda, segurava contra o peito (não no frio carrinho, distante o filho do calor da mãe…), o seu bebé. O pai, um jovem não muito mais velho, que a sua esposa, companheira ou lá o que fosse, olhando os dois enlevados para aquela criança que dormia serena e confiante. Não pude deixar de lhes sorrir, juntando me à sua cumplicidade enternecedora e carinhosa, toda feita de surpresa. Admiração e encantamento.
  • Mais à frente, cruzava com um par enamorado. Alheio ao mundo dos passantes.

Deixá-los sonhar, enquanto podem.

  • Passava agora, um grupo de estudantes de leste, conversando animadamente.

  • Um fotógrafo curioso, retinha com sua máquina de lentes de grande alcance, a magia deste recanto ímpar. 

  • Lá pelo meio, andava no ar uma “cantata”, com sotaque brasileiro, dos muitos cidadãos que passavam descontraídos. Animados, como sempre. 

  • Uma senhora já com alguma idade. Produzida. Com sapatos de salto fino e bem altos, era quase levada ao colo por um rapaz bem mais novo, todo feliz com a sua conquista. Sabe-se lá com que intenções ou não… 

  • Os patos e as gaivotas gozavam a liberdade de existirem, esperando umas migalhitas dos humanos.

Os bares, à beira rio, que as cheias silenciaram, foram substituídos por um carro ambulante, fornecendo bebidas, comida, sem ter mãos a medir, aproveitando a não concorrência.

E eu, na Ponte dos Amores, parada, olhava o imenso do céu muito azul, como um manto protector, enfeitado com farrapinhos de tule brancos…

Lá no alto, a velha torre da Universidade, vigilante e atenta, guardando a cidade brilhante, do perigo da ignorância, que é uma das coisas mais tristes que existe.

O sol escondia-se lentamente. Povoado de sombras o verde que já desponta, recolhia-se na noite. Silhuetas da Natureza desenhavam-se no espelho Mondego!

Eu despedia me com gratidão, daqueles momentos calmos, que vivi e não voltam mais…

“Se soubesse que o mundo se acabaria amanhã, eu ainda hoje plantaria uma árvore.”
Martín Luther
“Um pássaro voando é um pássaro livre. Não serve para nada. Impossível manipulá-lo, usá-lo, controlá-lo. E esse é, precisamente, o seu segredo: a inutilidade. Ele está além das maquinações do homem.”Rubem Alves, escritor - no livro Um mundo num grão de areia
















Coimbra, 29 de Janeiro de 2018



sábado, 27 de janeiro de 2018

ALQUIMISTA E CURADOR!

Textos e pretextos


Alquimista e curador


Esta é minha Gata Catitinha (tinha mais 3 , mas a Lila e o Tito já  me deixaram, com mágoa..ainda tenho a Catita, irmã desta)

“A alma de Deus, pode aparecer dentro dos olhos de um gato”.(Provérbio Celta)
“Impossível medir em palavras o bem que os gatos nos fazem”.



Desde criança que lido com eles e aprendi a respeitá-los. Estimá-los e a amá-los.
São eles que nos escolhem. Elegem-nos, para nos dedicar todo o seu amor leal e verdadeiro, embora na sua elegância e devoção, conheçam a descrição e se afastem quando sentem que não são necessários ou estão a mais…

Ter a sua companhia e amor é um privilégio. Uma honra, pois são autênticos. Vêem. Conhecem a nossa essência. Penetram no oculto. Nas sombras. No mistério. Daí que se afastem por vezes de locais e pessoas, por que não suportam a mentira.

O homem não os conhece, mas eles conhecem bem o homem e o seu íntimo, que não lhes escapa, nem os engana. A menor desarmonia real ou latente, ele sente-a de imediato.

O seu afecto é um gesto de confiança. Um julgamento e uma honra!

Se há solidão, ele sente-a e tenta colmatá-la, embora a enfrente a sua, de um modo mais valente e corajoso do que nós. Não reclama. Não reage agressivamente. Não se manifesta.

Quando se afasta, pensam que ele está alheio, no entanto perto ou longe, está sempre comunicando. Presente ou ausente, ele nos ensina algo. Vêem a realidade por dentro e no seu código, querem comunicar-nos algo, que nem sempre entendemos.

Catitinha é que me escolheu. Vive comigo há mais de quinze anos. Fala comigo com os olhos. Intriga-me e comove-me. Sabe bem que muito a amo. Vem acompanhar-me e despedir-se, quando saio e é quem me recebe, mal pressentem a minha chegada, juntamente com sua irmã e Didinho. É ela que lidera, quando não estou.

… ESPERO QUE JÁ TENHAM ADIVINHADO A QUEM ME REFIRO…

Relaciona-se com o oculto. Vê o avesso da existência e nenhuma aparência o convence e engana.

A sua dedicação é algo profundo e verdadeiro, pois conhecendo a autenticidade do mundo que o rodeia e das criaturas, não pactua com fingimento ao qual reage, afastando-se de imediato. Capta o menor impulso secreto de agressão, por parte dos humanos, para com ele…

Esconde-se de imediato, ficando atento e a espreitar, quando alguém indesejável aparece na nossa casa. Se a pessoa é confiável, roça seu corpo no amigo. Pode até saltar para o colo num doce gesto de confiança.Não abandona mais a visita. Se prestam honra de doce anfitrião, indicam que aquela pessoa merece ser recebida. Não nos prejudicará.

São um pára-raios num lar!

São bruxos. Alquimistas. Parapsicólogo. Médiuns.

Quem for autoritário. Intransigente com o seu semelhante. Materialista. Não se relacionar com o seu subconsciente. Com o mistério, não suporta este monge silencioso que tanta lição tem para nos dar.

Penso que já todos perceberam que me refiro ao querido GATO!

O Gato, além de nos ver por dentro, vê muito mais do que nós. Seu limiar de percepção é altíssimo. Possui muito quartzo na sua glândula pineal, permitindo-lhe alcançar uma realidade muito para além dos humanos. Permitindo transmutar a energia ruim do ambiente, que pode nos rodear e da qual não temos consciência.

Este mago animal carrega consigo algumas capacidades de cura dos seus amigos. Além disso, pressente quando algum órgão nosso está mais frágil, prestes a adoecer ou se está mesmo doente, avisa sobre esse facto, ao deitar-se mais do que uma vez (…), sobre o nosso corpo, nesse local. O Gato deita-se para limpar. Curar a energia negativa de doença presente no corpo do humano. Também se acredita que além de curar doenças, encaminha a alma dos mortos…

Vai passar a reparar que o Gato está muito bem sentadinho, num determinado lugar e de repente, dá um salto. Levanta e vai embora. Quando isso acontece, o Gato sente que já está tudo limpo. o seu trabalho está feito!

Estava a gostar… Volte, no próximo artigo. Intitular-se-á:
O Gato, professor!

(Sei que já sabe muito bem, que tudo que existe é energia. Tudo vibra em determinada frequência e que há uma energia de doença e uma energia de cura…E que, no CAMPO =Matriz Divina, estão todas as possibilidades de cura.)

Então, o GATO tem acesso ao Campo e cura mesmo.

Por milhentas razões que ainda vamos descobrir, este irmão menor, como diria Francisco de Assis, merece que o acolhamos com amor. Respeito e muita gratidão!

Sabe que espiritualmente o Egípcio antigo, avançado nas práticas espirituais, rico em mistérios, representava a adorada deusa Bastet (Bast, Ubasti. Ba-en-Aset ou Ailuros – palavra grega para gato), com corpo de mulher e cabeça de Gato, pois estes eram considerados, como potentes guardiões…
(E já agora só uma curiosidade: “ Nos seus templos foram criados gatos que eram considerados como encarnação da deusa e que eram por essa razão tratados da melhor maneira possível. Quando estes animais morriam eram mumificados, sendo enterrados em locais reservados para eles, que eram nas pirâmides.)



]E teremos muito para observar. Aprender com os Gatos. Sobretudo passar a ver o Gato, lidar com ele, com olhos de gratidão. Admiração. Respeito e Amor.
“Qual presente é melhor que o amor de um gato?” 
– Charles Dickens



Coimbra, 27 Janeiro de 2018…Lucinda Ferreira

sábado, 30 de dezembro de 2017

Liberdade para ser

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Liberdade para ser

O sentido da vida consiste em que não tem sentido nenhum dizer que a vida não tem sentido. Niels Bohr






Com esperança. Liberdade. Fraternidade a vida tem realmente sentido!
Essa amplitude torna a pessoa ancorada à Humanidade, residindo o segredo, no ser e não ter!

Sem isso, a ilusão pode ser fatal!
Será uma via sem apelo, em direcção ao abismo. Caminhada para um um beco sem sentido.
(No dia em que perceberes que não há mais espaço para sonhos e que a esperança foi algo longínquo, a vida não mais terá sentido"Edivanio Leite)

O prazer, o dinheiro, a vaidade, a ganância, as aparências acabam por saturar o coração. São balões de oxigénio materialistas efémeros.
Neste contexto, surgem os vazios, que de repente carregam  desespero. Desânimo. Até crueldade e crime, expressão niilista da vida.
Perdido o rumo, surge a doença. Alguns partem, sem sequer serem capazes de viver.

Este “nó no juízo”, por vezes alimentado por outras adições ainda mais pegajosas, fazem perder o sentido da vida.

·      E agora o que fazer das situações conflituosas? Nebulosas que inevitavelmente surgem?

·      Enquanto a pessoa estiver apenas virada para fora, será um cata-vento preso à base, sem qualquer autonomia para decidir quem é. O que quer da vida. Para se expandir e ser feliz.

·      Só no fundo de cada um de nós, existe a resposta para a nossa angústia e alegria.

·      Precisa-se para isso, abrir o coração. Entregar-se. Escutar. 
Porque somos livres, querer evoluir com a certeza, que esta é a saída.

·      Compreender que só no interior de cada um de nós, moram as soluções de tudo o que aflige. O clic mágico que é preciso accionar, chama-se auto conhecimento.

·      E não fica, como por milagre tudo resolvido. Haverá sempre momentos de subida e descida. Vitórias e fracassos. Conquistas e perdas, mas agora o significado de cada situação traz uma lição. Um enriquecimento que incentiva a prosseguir.

·      E todo esse desafio dá significação ao trilho que se vai fazendo…
·      Liberdade. Esperança. Fraternidade lideram o processo da vida, com pleno significado!
·      ……………………………………………………………………..

·      Poderia pensar: valerá a pena escrever este artigo?
·      Quem “está na sua” por teimosia e grande empenho macabro, lerá este artigo?
·      Quem não está, para que lhe serve esta reflexão?

·      Talvez haja uma franja, com uma réstia de luz no seu caminho…
Que ainda tenha coração e acorde para a mudança. 
Se for só uma pessoa, já terá valido a pena.
·      (Se penetrássemos o sentido da vida seríamos menos miseráveis. Florbela Espanca)



·      OXALÁ, 2018 traga o encontro, para todos nós, com o desejo de ser feliz!
Coimbra, 30.12.17 
Lucinda Ferreira 


quinta-feira, 28 de dezembro de 2017

Christmas Blues e não só…

Christmas Blues e não só...






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Estamos sempre indo atrás das coisas "melhores", mas às vezes esse melhor nunca será alcançado. Dar valor para o agora e para as pequenas coisas boas, nos faz ser gratos pelo que já temos.






Muitos carregam no mais íntimo do ser, consciente ou inconsciente, sentimentos de desânimo. Abandono. Desamparo. Angústia Não pertença. Solidão. Tristeza, sem motivo aparente.

Os dias que antecedem as festas natalícias e nesses mesmos dias, a dor aflora. Uma certa nostalgia pesa na alma de algumas pessoas. Desenha-se um quadro depressivo, por vezes.

Pessoas sensíveis que sentem que o Natal não são comezainas. Troca hipócrita de presentes. Encontros forçados e pouco verdadeiros, páram e fazem o balanço, penetrando no sentido desta época..
O Natal, de um profundo significado, traz uma carga de Amor. Dádiva. Trocas afectivas, preciosidades que nem sempre acontecem…
Ora, nesses momentos, para alguns indivíduos pode ressaltar a dor de não se sentir amado. Acompanhado.

O vazio provocado por falta dessas trocas afectivas, emerge!

Hipócrates, 2600 anos A.C., já referiu esta melancolia e outros sintomas, que se aproximam da depressão que hoje apoquenta tanta gente.

“A depressão, estado patológico de sofrimento psíquico, com gravidade de ânimo, tristeza, sentimento de menos valia e sensação de impotência para trabalhar e pensar.
Pode ser causada por traumas emocionais, envelhecimento ou ser consequência de predisposição genética (…) Verifica-se “uma alteração na comunicação entre as células cerebrais, neurónios, realizada, principalmente, por dois neurotransmissores: a serotonina e a noradrenalina. (...)
Os especialistas chamam depressão a algo muito mais grave do que sentir-se triste, eventualmente, pois o indivíduo não consegue ter controle sobre o seu estado emocional”.


QUAIS AS CAUSAS DESTA REALIDADE?
·      Além do referido já, a vida moderna, agitada, a competição feroz, as pressas, a ambição, a comparação com os vizinhos e conhecidos, vai cortando laços. Apagando vínculos. Afogando afectos.
·      O inevitável olhar para dentro de si próprio no Natal, traz lembranças. Saudades de entes queridos ausentes, que já partiram ou não (…). A falta de crença em Deus cria o desespero. O vazio, num distanciamento do real objectivo e significado deste tempo: comemoração do nascimento do Deus Menino, há 2017 anos!
·      Sem sentido algum que não seja o consumismo desenfreado, a figura do Pai Natal tenta substituir o simbolismo dos presentes que Jesus recebera.
·      Consolador, o crente sabe, no fundo do coração, que nunca está só. Abandonado. Muito menos condenado a um eterno sofrimento. Está sim, num caminho de crescimento espiritual, aceitando as provas, aprende lições. Evolui na alegria, na esperança que o amor carrega em si.
·      O crente sabe quão perigoso é a mente em desequilíbrio.
Por isso, busca sem cessar, a harmonia do pensamento e da acção. Sabe que o ego imaturo se frustra facilmente. Assim busca a evolução. Sabe que a vida não corresponde às expectativas infantis. Tenta entender os processos nem sempre fáceis, que vêm ao seu encontro,respondendo com acção produtiva.
“A fé transformadora é luz que clareia os nossos territórios íntimos”.


Se a postura desviante comete irregularidades, colhem os seus frutos, que no mesmo espírito de imaturidade, tenta corrigir com pílulas, no intervalo do al-cool e das comezainas. E como pode depois alguém queixar ou suicidar-se?

Com certeza neste contexto, a depressão instala-se.Chega, como imaturidade emocional.
Falta o tempo para escuta do interior. Conectar-se consigo mesmo. No burburinho das correrias, nada se ouve. O equilíbrio rompe-se, incompatível com a vida leviana, sem concentração no essencial, que é conhecer-se. Cuidar-se, em equilíbrio.

·      Tudo se embrulha. Sobrecarrega. Fracassa.
·      Impotentes. Sem rumo, as pessoas são engolidas pelo stress e descontentamento. Insatisfeitas. Acabrunhadas. Frustradas, torcidas sob a culpa, acusam ainda os outros, pelos seus fracassos. Surgem as cobranças. A doença. As guerras.
·      Por fim, deprimem!
·      Muito mais a haveria a acrescentar, mas o que queremos hoje, é deixar algumas sugestões para evitar ou vencer este tão grande incómodo. Sofrimento.
(Queremos  mandar embora a dificuldade de fazer as tarefas quotidianas mais simples, sob grande esforço. A ansiedade. A tristeza. O choro. A irritabilidade. A pressão no peito. A insónia. A perda ou ganho de peso. Dores de cabeça. Dores de estômago, costas ou pelo corpo todo. Falta de poder de decisão. Falta aparente de amor pela família. Etc. Etc .Etc…Quem passa por estas situações sabe bem o que sofre…)


Ora como lidar então com a Christmas Blues e ou depressão habitual?
·      O autoconhecimento (algo em que vimos insistindo sempre) tem aqui, um papel muito importante, para debelar estes males de que todos querem livrar-se.
·      Auto conhecimento trará uma nova atitude. Posicionamento perante a vida e de si próprio.

·      A primeira condição, para se sentir confortável, é munir-se de uma grande CORAGEM, para enfrentar todas as mudanças que se impõem.
·      Ao querer assumir o comando da sua própria vida, tem que reconhecer as suas fraquezas. Necessidades. Carências. Tem que entender o que está a acontecer, distanciando-se da sua dor. Buscar uma nova maneira de ser. Pensar e agir.
·      Realizar escolhas. Vencer medos. Aceitar perdas e lidar naturalmente com elas. Fazer opções diferentes das feitas até ali.

·      Em caso extremo e de grande exaustão, pode ser necessário tomar alguma medicação ou ter ajuda de alguém, para reequacionar. Potencializar. Fortalecer todo o processo, desse seu mundo anterior, atribulado. Sofrido, que nunca deve ser menosprezado (…), abandonando todos os tabus sobre este tema sério.

·      Ao traçar novas metas, projectos de vida, tem que se reorganizar. Corrigir atitudes. Descobrir estratégias que reforcem a sua nova maneira de estar e de ser. Adequar-se a novos factos.
·      Quem sabe, terá que trazer para o HOJE, a emoção e o entendimento do que aconteceu no passado distante ou próximo, e o magoou ou perturbou.
·      (”Nem tudo na vida é como a gente espera. Altos e baixos são coisas do dia a dia e se formos nos abalar com tudo de ruim que acontece, não saímos do lugar. Por isso, apreciar as pequenas coisas nos faz ter alegria para continuar seguindo em frente.”)
·      Ter consciência de que “a neurose é uma mentira esquecida, na qual ainda acreditamos”.
·       Lutar para se libertar deste engano pernicioso, é preciso.
·      Se este Natal foi tempo de trevas, que tenha sido o último. A porta da alegria. Do equilíbrio. Da harmonia abre-se para todos.
·      A chave é : HUMILDADE e PACIÊNCIA, numa reprogramação de auto ajuda e autocura conscientes.
·      ………………………………………………………………………………..
·      Está disposto a amar-se? Ser feliz, com coragem?
·        Viver é maravilhoso, mas exige que nos enamoremos da vida! (A paciência torna mais leve o que a tristeza não cura! Horácio)


Coimbra, 28 Dezembro 2017
Lucinda Ferreira

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terça-feira, 26 de dezembro de 2017

O dia do elogio....1 de Janeiro de 2018 


O dia do elogio 


“O ato de enaltecer os outros resulta no enaltecimento de si próprio.” 
MASAHARU TANIGUCH
Podes conhecer o espírito de qualquer pessoa, se observares como ela se comporta ao elogiar e receber elogios. Séneca
 
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O dia UM DE JANEIRO DE 2018 é o dia do elogio.
Pode ganhar gosto, por esta maneira simples de ser feliz ao fazer os outros felizes e não querer outra coisa.
Nunca se arrependa destes gestos.
Ser feliz é nunca desistir daqueles que o traíram.
De repente tudo muda. O gelo, com o calor dos seus gestos, derrete e transforma-se em lindos flocos (…).
Espreite o lado bom das criaturas. Descubra atentamente os gestos simples que passam despercebidos. E são tantos.
Trabalhei durante anos, com franceses. Eles diziam que o Português é maldizente. Tem vergonha de elogiar.
Vamos mostrar que se fomos, não mais o seremos.
Elogie os seus filhos. Esse gesto tem um alcance miraculoso, para a vida inteira.
Além de agradecer, elogie seu marido. Sua esposa. Seus colaboradores. Todos os que lhe prestam serviços.
Derrame flores à sua passagem, cujo perfume seja inesquecível.
Manifeste o seu amor por aqueles que ama. Beije mais, este ano de 2018. Abrace sem limite. Elogie.
Espalhe amor ao seu redor. Todos disputarão a sua companhia. A sua presença. A sua amizade.
A importância do afecto, no toque faz milagres.
A canadiana Kathleen Keeting abordou a terapia do abraço. Um dia destes, lhe contarei este segredo tão simples e eficaz.
Surpreenda quem está na sua vida.
Diga-lhes sinceramente:
“Obrigada/o por estares em minha vida”.
Conhece a saudação, NAMASTÉ?
Significa: O Deus que habita em mim, saúda o Deus que habita em Ti!
Sabendo o poder da PALAVRA e dos gestos simples, não hesite nunca.
“Veja as qualidades e elogie. Os defeitos logo desaparecerão”
Inicie em UM de Janeiro, o Dia do Elogio
Esta atitude tão simples poderá alterar todo o seu ano. Toda a sua vida.
Sabe bem que não podemos mudar os outros. Apenas podemos modificar a nós mesmos!
Força. Seja feliz em 2018. Sempre.
Você merece e nasceu para ser feliz!
Lucinda Ferreira 
Coimbra, 26.12..17 
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