A gratidão é um dos sentimentos mais belos que nasce num coração bem formado’.
Esta era um das muitas frases que norteavam a minha vida, nos meus tempos de colégio. Escrita na minha mesa de estudo, esta frase durante uma semana, fazia-me reflectir sobre esta verdade, sempre que olhava para ela.
Hoje, percebo o poder que o espírito tem sobre matéria. As possibilidades infinitas de transformar a realidade de todos os dias a favor de cada um de nós, através da nossas programações conscientes ou mesmo inconscientes. Aí reponho. Reforço, o alcance incrível da gratidão nas células de todos nós. Nos átomos. Nos ‘intervalos’ dos átomos que se acreditava vazios e hoje, pela física quântica, se sabe conterem uma energia tal, que nos deixa estupefactos! Então há que trabalhar a favor da nossa felicidade, aí mesmo.
Tudo está no nosso interior. As descobertas mais maravilhosas. Mágicas, estão dentro de todos nós.
Cada vez mais a ciência se aproxima da espiritualidade. De dois em dois anos, os modelos das descobertas evoluem.
Uma nova forma de pensar. Um novo sentido para as nossas vidas. Uma mudança quase radical em alguns casos, impõe-se.
Cultivar a GRATIDÃO em todos os momentos. Em todos os locais. Em todas as situações. Agradecer a tudo. A todos. Trabalha a nosso favor, sem dúvida, e é uma das mudanças importantes para toda a Humanidade, a que precisamos estar atentos.
Agradecer pelos problemas. Dificuldades. São uma lição. Um factor de crescimento. Agradecer aos inimigos porque nos obrigam a questionar-nos. Agradecer pelo que nos eleva. Pelo que nos realiza, porque cria em nós entusiasmo. Mais coragem para a luta, pelo que nos promove.
A GRATIDÃO cria uma energia positiva. Benéfica em todo o nosso ser. Uma energia de união com o todo. De serenidade. De alegria. De atenção ao mundo que nos rodeia.
Gratidão em cada segundo, porque estamos vivos.
Agradecidos a um Criador que pensou em todos os pormenores, para que nada nos faltasse, dando-nos a vida!
Para quem não acredita, recorde que os Povos primitivos ditos ‘SELVAGENS’ por muitos (…) já agradeciam à Grande Vida, reverenciando a marca do Criador em tudo que os rodeava.
O homem faz muito, através da inteligência que lhe foi concedida, mas não cria a vida. Pode clonar. Não pode criar!
Depois, os nossos Pais podiam ter-nos negado a vida.
Não! Sacrificaram-se por nós. A mãe arrisca a sua vida para fazer viver outro ser.
Se pensarmos no ar que respiramos. Temos que lhe agradecer. Se não respirarmos, o que acontece?
Morremos por asfixia. Horrível! Então há que agradecer mesmo ao ar.
- Obrigada ar, que respiro!
Mas se não tivermos Sol?
-Obrigada Sol, por nos aqueceres. Por dares vida a tudo que existe. E a chuva?
– Obrigada, Chuva!
E assim para as frutas. Os legumes. Os animais que ao serem sacrificados, sofrem para que possamos ser alimentados. Aqui há que reflectir: os animais apercebem-se da morte, desenvolvem toxinas. Ingerimos essas toxinas?
Diz-se que quem come muita carne, tem um temperamento mais agressivo. Opções…
Os indianos, antes das refeições, agradecem a tudo que chega à sua mesa. A quem trabalhou, até ali chegar aquele alimento. Depois, ao que foi sacrificado.
Solo. Rios. Mares. Montanhas. Cidades. Aldeias do meu País, obrigada!
A Terra é a casa de todos nós.
Poluímos. Matamos. Esfolamos e ficamos todos contentes. Inconscientes. Reclamando. Agredindo. Pensando mal. Falando mal do outro. Narcísicos. Egoístas ‘com o rei na barriga’. Competitivos. Cavamos assim a nossa própria desgraça. E a gratidão a tudo? A Todos? Onde está?
A Terra chora. Revolta-se… A Terra retorce-se. Grita! Há terramotos. Fogos. Cheias.
Então nós aqui em Portugal, muito temos que agradecer à Terra que nos acolhe... Nos protege!
Mesmo alguns governantes, de plástico tantas vezes, menos verdadeiros, demagogos, fingidos, cheios de verborreia para nos confundir, mesmo a esses, teremos que lhes agradecer ou porque assim eles se revelam no que são, porque não são capazes de serem diferentes ou ainda para nos apercebermos do que não queremos mais no nosso País que amamos e nos viu nascer. Onde nossos antepassados, honrados e honestos, lutaram dando as suas vidas ‘para que fosses nosso ò mar’, ó Terra sagrada!
Recordo-me de um texto ( e de muitos outros) no livro da minha segunda classe, que dizia assim:
‘Não lavro e não semeio e todos os dias como pão. Se estou doente, vêm remédios de todo o mundo para me curar.’
De facto assim é. Então, agradeço ao senhor que me limpa a rua, tal como ao médico que me atende com simplicidade. Se interessa por mim como pessoa. Ao carteiro que me traz as cartas. À senhora que me ajuda a limpar a casa…Todos são objecto do meu carinho. Da minha gratidão.
Quando penso nos meus Filhos, sinto como me ensinaram a ser mãe. Agradeço-lhes. A meus Pais. A meus antepassados. Com todo os que me cruzo ou cruzei na vida, mesmo com quem não tive a sorte de me entender tão bem, agradeço. Muito aprendi com eles, em sofrimento ou em alegria.
Agradecer à vida todas as manhãs, todas as noites pelo PRESENTE (= aquele momento) concedido, é um benéfico hábito.
Agradecer à pessoa que está ao nosso lado, cria harmonia. Na família. No trabalho. Na rua.
Obrigada ao marido. À esposa. Ao namorado. Ao amigo. Aos filhos. Aos pais. Aos avós. Aos empregados…Muito Obrigada!
O exercício da descoberta das coisas boas da nossa vida, por pior que ela seja, é saudável. Cria liberdade. Bem estar e sobretudo exercita a gratidão!
Muito obrigada a todos os leitores, por terem gasto um pouco do seu tempo, sintonizando comigo.
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