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sábado, 4 de julho de 2015

Ruas de Coimbra

Ruas de Coimbra


Dormita a árvore …

No interior, a seiva da vida repousa.

Descansa na cidade…

Breve, de noiva florida

Singular beleza.

 Será Primavera.

 Tília cheirosa

 Natureza

Coimbra saudade…

O chão vestido de amarelo. Lilás.

 A desabrochar…

Em seu esplendor, o jacarandá

Exótico odor

Semeia no ar.

Alheia, a rapaziada

Sob copas coloridas

Nas ruas erra animada!

Esvoaçam leves

 Na praça

Pétalas brancas.Azuis. Rosa

Quimera. Amores. Romance…

De mansinho a brisa passa .

 Sorri o luar pleno de canções

Pedras da rua,

Choro.Fado.Riso.

Testemunho,

Mundo rendilhado de ilusões…
*****

Coimbra, 7 de Fevereiro 2014

Lucinda Ferreira

Saudades de Woodbridge,Ontário, CA

Colecção: Textos e Pretextos





Saudades de 

Woodbridge

,Ontário, CA


Aos pés da moradia, o verde era um tapete sem fim…
Carrossel de carreirinhos mexiam de cor e movimento ao longo do dia.
Veios brancos bordam o negro da terra.
Fragrância aveludada. Indiscreta explosão. É Primavera!
Densa.Rapada, a verdura perde-se na imensidão da distância.
Ribeirinho discreto canta a trova de Flora e Zéfiro…
Sangue transparente.Esconderijo seguro de sonoras ranilhas.Patas com seus filhotes. Insectos vários alheios mergulham na frescura macia da tarde quente…
 Marco. Apelo e sinal.
Solitário banco perde-se na largueza dos meus olhos verdes…
Acorda a madrugada.Aves mil chilreiam em segredo, nos cabelos da macieira.
Sedutora noiva. Aragem leve. Baloiço. Sonho de ser fruto.
Semeado de estrelas, um manto azulado cobre aquele mar verde salpicado de cor adormecida.
 Desce a noite e tudo se ilumina de fadas.Gnomos.
Enchem de canções a Terra
Inteira.
É Primavera em Woodbridge!

23.7.14…Lucinda Ferreira




quarta-feira, 1 de julho de 2015

A rapariga da vara…E o "sarrafo vermelho"

Textos e pretextos

a deusa da alegria ..img. net
  A rapariga da vara…
E o "sarrafo vermelho"





Ser austero é não saber esconder que se tem pena de não ser amado. .Fernando Pessoa



Era o tempo em que a Natureza se veste de verde.
Um verde orvalhado pelas gotas de chuva que  brilham como pérolas quando o sol desponta.
De quando em vez , uma bátega de água caía sobre os jardins agradecidos e as pessoas constrangidas.
Ou não fosse Abril de águas mil.

Ela chegou ao colégio já a classe cursava o terceiro período. Naquele tempo, após a quarta classe, havia um exame de admissão ao Liceu.

Na primeira semana Maria integrou-se facilmente. A professora logo se apercebeu das facilidades que revelava na apreensão dos conhecimentos. Tudo isto com a maior simplicidade.

Cedo começou a ajudar as colegas com mais dificuldades, a pedido da mestra. Ela até gostava . Tudo era natural. Já na sua escola, estava habituada a acabar os trabalhos antes das outras alunas e a professora pedia-lhe para dar uma mãozinha à Mécia. À Helena. À Júlia…

Nos trabalhos de casa , via as contas das que tinham menos facilidade. Em troca, as colegas davam-lhe um “Santinho” ou até fruta e outras ofertas de gratidão pelo trabalho prestado.

-Ó Maria , vês-me a minha conta de dividir que eu dou-te um Santinho?

-Ó Maria, deixas-me copiar os problemas que não fui capaz de fazer o trabalho de casa?

 A Senhora dá-me uma reguada, se me chama e não fiz isto.
O medo morava naqueles corações pequeninos e aflitos.
Maria nunca dizia que não.

Como a professora tinha as quatro classes e tinha que chegar a todos os alunos numa sala cheiinha, quando passava no quadro o enunciado da conta e se copiava para a lousa, a aluna que acabava primeiro , ia mostrar-lhe.
Por vezes quem acabava primeiro, levantava-se no lugar. Aguardava que a Senhora lá fosse para não haver confusão na sala...
A menina que primeiro resolvera o trabalho, ia depois de carteira em carteira, ver as contas das colegas.Havia alunas que nunca conseguiam acertar.

-`Coisinha, perdoa-me a conta que eu dou-te uma laranja.Um Santinho. Um postal…

Na maioria das vezes, o pedido era atendido. 
Quando o prazo expirava e se fazia a correcção no quadro, quem não apresentara a conta feita antes e certa , levava umas tantas reguadas que deixavam a mão vermelha e bem dolorida.

Algumas meninas choravam sempre. Outras levavam todos os dias, até se habituavam. Quando voltavam para o lugar, sopravam nas mãozitas vermelhas.Magoadas.

Ficavam humilhadas. Envergonhadas. Tornavam-se tímidas ou revoltadas e mázinhas, algumas delas..
O "sarrafo" vermelho era grosso!

No final, esgotado o tempo, a correcção fazia-se no quadro. Todas conferiam.Viam onde é que tinham errado, algumas.
Outras ficavam para trás.Para sempre.Chamavam-lhe com crueldade, "burra"… Havia alcunhas ainda mais cruéis, tais como “a porca suja”.
Houve um tempo que de castigo tinham que se ajoelhar sobre milho. Trazer umas orelhas de burro, no recreio.

Já havia muita inveja. Raiva. Vinganças entre as crianças…

Revelavam-se ali modelos familiares.

Desenhavam-se assimetrias sociais marcantes. 

Os que tinham dinheiro. Poder e orgulho e os mais pobres que levavam sempre pancada…A clivagem começava cedo logo na escola. 

Havia da parte de algumas meninas , normalmente filhas de comerciantes com mais posses,muita arrogância.
Sendo menos dotadas , não perdoavam o desempenho rápido e fácil das mais inteligentes. 
Nos intervalos batiam-lhes.Acusavam injustamente essas colegas à professora para apanharem com o "sarrafo "vermelho.Ficavam todas contentes.Consoladas.Eram poderosas!

Na Escola, a professora escolhia uma das mais velhas para ir para a frente da classe, ver quem estava a falar...Enquanto  ocupada,  ensinava a outra classe.Era o momento da maldade tomar forma.

-Fulana , vai ver quem está a falar.-Ordenava a professora

Então uma das mais velhas.Gorda.Antipática. Munida de uma grande vara que a mestra também usava  para dar nas orelhas e na cabeça das alunas, ficava à frente da classe. 
As mais pequeninas ficavam cheias de medo. Aí era a hora da vingança cruel .Injusta e mentirosa. A raiva  e a inveja tinham oportunidade de se  vingarem.

-Maria , vai à Senhora!

E pimba.Uma reguada com o "sarrafo" vermelho. Castigo imerecido.Cruel.A pequena assustada nem se mexia na carteira.Nunca estava a falar.Era a melhor  aluna. Esse era o seu crime. Nunca apanhou por não saber, então :”Toma”!

-Vai à Senhora, outra vez!

Não havia apelo. A professora estava  muito ocupada . Não tinha tempo  a perder.A justiça ou injustiça do castigo nunca a preocupava .Não tinha tempo para essas coisas menores (...).

E a aluna gorda de casaco castanho. Comprido.Com uma gola às pintas a imitar a pele de pantera, aproveitava.Era a hora da crueldade. Da vingança. Da inveja em acção, com todos os poderes do seu lado! A lei do mais forte era o modelo social vigente.

O Soldado da Gestapo, "polícia secreta do Estado".(1) estava ali bem representado na aparência e no comportamento daquele espantalho temido e investido de autoridade.

Apontava o nome dessas meninas no quadro. No final era o acerto de contas… Mais umas reguadas com a "sarrafo" vermelho. Grosso.Impiedoso.

No início, as classes eram separadas. As meninas ficavam todas numa sala com uma professora. 
Do outro lado do edifício, ficava a sala de aulas dos rapazes, dadas pelo Senhor professor. 
Um homem baixo.Sempre de gabardina. Chapéu preto.De voz metálica.Passava sempre com ar de poucos amigos, sem olhar para ninguém...Quando falava, o “caroço de Adão” muito saliente, quase saltava do pescoço.Todos o temiam.

Havia num alpendre entre as duas salas. Era proibido as meninas irem para o lado dos rapazes e os rapazes virem para o lado das meninas.

Mais tarde houve um desdobramento de classes. E coisa única, a classe agora era mista.

Aí havia um menino, o José António, que quando a situação apertava, fazia “xixi” nas calças com medo…

A impiedade da criançada não perdoava e ele sofria muito.Quando levava com o "sarrafo" vermelho, era uma ribeira que corria sob a carteira.Toda a gente depois cá fora, lhe chamava o “Chorincas e o Mijado”.Normalmente ele fugia.Escondia-se.

Maria lembra-se de todos os pormenores como se um filme passasse à sua frente com uma exactidão impressionante. Como se tivesse sido ontem.

Ou não fossem as leis da memória fiéis aos acontecimentos  mais recuados…

Maria seguiu o seu caminho com coragem e muito trabalho!
Compreendeu cedo que “O melhor modo de nos vingarmos é não nos assemelharmos a quem nos faz  mal”

Foi esse o caminho que escolheu, ao longo de toda a sua vida.
Ao falarmos com ela, diz se uma pessoa feliz!. 
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 Nota:“ A Gestapo nasceu em 1933 para esmagar a oposição a Adolf Hitler e logo se transformou na peça central do terror nazista. Com a ajuda de cidadãos comuns, a Gestapo vigiou, sequestrou, torturou e executou milhares de pessoas”




terça-feira, 23 de junho de 2015

À BEIRA MAR

Textos e pretextos



À BEIRA-MAR



No areal deixaste teu rasto…

Pedaços espalhados pelo chão.

Fímbria cintilante.

Enches a casa de sonhos.O coração.

Sei que existes.

 Sol escondido.

Sempre foste…

Cedros crescem lentos

Erectos…

Sombras. Flor e fruto.

Tímido embrião brota

Rasga o escuro.Devagarinho.

Ainda guardas o meu néctar?

Na mina dos teus olhos?

  Bela e a Fera”, onde se morre de amor 

e por amor?

O meu pensamento é teu.

Invenção original.

Milagre vivo .

Vestido de ventura e cor.

Partilhar.Receber.Dar.

Ofereceste-me uma flor…

Cai a noite.Acontece.

Mãos de veludo deslizam

Meu corpo abre-se para Ti

Fios que a vida tece…


À beira - mar …É lá que quero morar…lucinda ferreira 
imgs da net

quarta-feira, 17 de junho de 2015

Caleidoscópio

Textos e Pretextos


Caleidoscópio

img net
Explora-te por dentro. É dentro que está a fonte do bem e ela pode  jorrar sempre, se a explorares sempre. 


O nome "caleidoscópio" deriva das palavras gregas kalos que significa "belo, bonito" e eidos que quer dizer, "imagem, figura" e  skopeō que indica, "olhar (para), observar".

Não vou deter-me a explicar como funciona, pois é demasiado conhecido.
O que me interessa é chamar a atenção para a aparência deste simples aparelho óptico que nos oferece sensações interessantíssimas e modelos simétricos de extrema beleza, quando nos detemos a observar as magníficas combinações que se arrancam do seu interior.

Permanecem contudo lá escondidas, como se fossem inexistentes se não pararmos para as descobrir!...
Na realidade, no exterior apenas se vê um tubo sem graça, mas há pessoas que insistem em perder tempo só a olhar para fora.Têm medo de ver a beleza que se forma com o nosso gesto, ao determo-nos a na observação das formas nos espelhos cruzados.

Acontece o mesmo na Humanidade alheia a vida interior.Ao que dentro de si existe  extremamente belo e repousante.

·        Mil olhos e os sentidos todos alerta para ver o que os outros fazem.
·        Para ouvirem e poderem contar o que alguém disse.E às vezes até ficam furiosos com os seus comentários, quando por sua vez os holofotes do vizinho também se viram para a criatura em causa.

·        Para adivinharem o que o outro pensa fazer.Como vai fazer. Onde e quando executa a as suas acções.

·        Continuando virados para fora de si, perdem imenso tempo a comparar-se com os outros . A opinarem sobre a sua própria superioridade, pois não se comparam com A...B ... ou C . A tecerem comentários sobre o que não lhes diz respeito.

·        Na sua cultivada e aceite bisbilhotice e necessidade de existirem como se fossem heras agarradas à cepa da árvore, inventam para parecerem boazinhas perante si mesmos e até perante os outros,  dizem que estão muito preocupados com…a filha...o filho...etc pelo muito amor que lhes têm.

Não percebem que apenas estão a ser intrometidos e a perder o tempo que deveria servir para o auto conhecimento e crescimento interior.O tempo de actuar já passou…

·        Para além desta fuga e dispersão focada fora de si com as garras de fora, viradas para os outros, vão-se esquecendo de saber quem são.Pior.Pensam que são uns lírios. Seres perfeitos, pois não fazem mal a ninguém.São umas vítimas ...A..B.. C… nem lhe dá a atenção que sentem que lhes é devida.Não escutam suas opiniões.São isto…São aquilo…

·        Acontece é que o ser abandonado que existe dentro de si próprio, aguenta.Aguenta.Aguenta , mas chega a um momento que explode pela falta de atenção que o individuo não dá a si mesmo.

·        Nessa altura, começam a surgir as doenças…

·        Como a pessoa se habitua a elas e não muda de comportamento, o ser continua a gritar! A chamar a consciência para o seu interior.Mas ninguém percebe…

·        Nesta altura começam a surgir perdas de toda a natureza.

·        Cansada de avisar e de chamar a atenção, a tal vozinha interior. A essência sente-se morrer de solidão…

·        Distraída .Comandada pelo ego, sem escutar o mundo maravilhoso que tem esperado toda a vida. Que chama através destes sinais de alarme, a pessoa vai com os outros .Não desperta.Por vezes, estica demais o “elástico” afoga-se no abismo.Cai na autodestruição.

·        Não teve ouvidos para escutar as chamadas de atenção.Não quis ver que os outros são os outros e que é dentro de si que residem todas as respostas para a sua evolução.

Não teve tempo para escutar o silêncio.As televisões. A má língua. As guerras. As discórdias. Os comentários. As fugas das mais variadas formas, consomem todo o seu tempo de antena . 
Agora as mãos estão vazias. Destruídas. Roendo na “pele do outro” que tem todas as culpas…Sempre com as lanternas acesas, os outros consomem-lhes os nervos..Estes não se sujeitaram às suas ordens,São por isso muito infelizes.

·        Mas o ser nunca se pôs em causa.

Nunca se apercebeu que era demasiado autoritária e cada um tem o seu caminho diferente do seu.E pode-o ter!
 A visão do mundo é pessoal e pode haver tantas e díspares, quantas as criaturas que o Universo contém.

·        E se depois de ler este artigo, não perceber ou não quiser entender que a vida  é um caleidoscópio e que dentro de si é que está a suprema beleza.

 A solução pacífica para aprendermos a conviver . A respeitar o outro. A sermos de tal forma que todos queiram estar junto a nós e nos amem.
 Se não parar e escutar onde se esconde o segredo da nossa verdade mais íntima que não queremos conhecer por termos medo do que vamos encontrar. 
Se escolhemos  e preferimos virar-nos para fora…

·        …A vida já passou…

·        Os que rapidamente descobriram o caleidoscópio da sua interioridade são os sábios. Os santos, Os seres de carisma. Os bem-amados. Os que respiram felicidade.Que arrancam força da Fonte que neles vive.Os que descobrem beleza nos escolhos e sabem que estes contribuem para o nosso bem maior .Constatam que é dentro de nós que tudo de bom acontece.
“Hoje saí de todas as dificuldades; ou melhor, expulsei todas as  dificuldades, pois elas não estavam no exterior, mas no interior, nas  minhas opiniões. “ (?)



 imgs net
Lucinda Ferreira

domingo, 14 de junho de 2015

DIDINHO é meu PROFESSOR!


 DIDINHO  é  meu PROFESSOR!


imgs net
Uma das características do génio é a intuição: ver sem esforço o que os outros somente descobririam com grande trabalho.Jaime Balmes



Gosta mais de mim do que dele próprio.Quando me vê pegar na carteira e nas chaves, fica tão tristinho que me faz pena.

 Antes não sabia e explicava-lhe tudo. Agora saio o mais depressa possível com naturalidade. Cada despedida para ele é dolorosa. Pensa sempre que nunca mais volto. Chora…

Percebi e dou-lhe uma peça de roupa com o meu cheiro para o acalmar.Enrosca-se nela. E olha-me com carinho.

Ao observá-lo melhor, compreendi que havia nas suas atitudes lições de um  Professor evoluído!

·         Quando se porta menos bem, zango-me um bocadinho. Ralho com ele. Compreende que não fez bem, mas passado pouco tempo vem ter comigo feliz , como se nada tivesse acontecido. Reparo então que não fica ressentido.
·         Rancor algum o condiciona na nossa relação.Esquece de imediato a minha reacção contra ele, no episódio desagradável que nos opôs.
·         Não se sente rejeitado mesmo quando não tenho tempo para ele e não lhe dou atenção.
·         Quando gostaria que lhe atirasses a bola e isso não acontece, não julga que sou má .
·         Que sou a única pessoa que posso brincar com ele.
·         Não se sente oprimido por ter sido ignorado. Apenas espera que aconteça uma nova oportunidade.Nunca desiste. Nem se zanga.
·         Não julga mal do outro nunca.
·         Como não tem medo de se expor, insiste numa outra ocasião, como se fosse a primeira vez.Não receia outra derrota.
·         Arrisca sempre. Quem sabe, desta vez vai conseguir?E volta a tentar com ar pacífico. Amistoso.Simpático.

Depois de aprender tanto com Didinho, páro. Penso nas minhas reacções. Nas dos meus irmãos, os humanos.

Constato que há  diferenças .Certamente o leitor também já se apercebeu.. .Ora veja comigo.

·         Quantas ocasiões, se parte para algo desconhecido, já com medo da derrota?
·         Será que vou mesmo conseguir?
·         Expor-me assim…Será que vale mesmo a pena?
·         Arriscar e perder…Será que tenho coragem. Vontade de tornar a tentar?

·         Controlo em excesso. Coração fechado.Pessimismo. Receio da perda.Perder tempo para quê?
·         Tal pessoas fez-me  isto ou aquilo (…)” Nunca mais lhe olho para a cara”. Já desconfiava que era uma idiota antipática.Não merece a minha confiança.

Raiva.Preconceito.Julgamento.Insegurança.Negatividade.Orgulho.Medo.Vaidade. Ressentimento. Controle…E o resto, todos sabemos como é.

 Não se anda para a frente.”Não se passa da cepa torta”.Não se evolui a nível humano.Nem profissional Nem social.Nada…

Então como avançar e sair deste impasse?

Agora aqui o meu Yorkshire já não pode ajudar. Ele só me deu as 

pistas e foi muito bom. 

Vamos a isto para me distinguir do meu cão .Não ser inferior a ele

com comportamentos que envergonham.

1.      Os animais estão correctos quando tentam novamente sem medo. 
Não têm preconceitos.
 Não julgam mal.
Lutam pelo que lhes dá alegria.
 Pelo que gostam.Nunca desistem. 
Não pensam que as pessoas são más. Mal intencionadas.
 Não cortam relações com ninguém só porque os seus objectivos não foram satisfeitos logo à primeira.

Talvez contudo devessem abrandar o entusiasmo excessivo, se na realidade nunca conseguem quem se lhes dê atenção. 

Se as pessoas por sistema não lhes correspondem, ou por falta de tempo ou não estão para isso, aí seria melhor desistir dessa brincadeira.

2.      Os homens estão correctos quando aproveitam a experiência da derrota para orientar o futuro com novas estratégias, sem nunca desistirem.”Água mole em pedra dura tanto dá até que fura.”

No fundo tudo o que acontece  é útil .Sucedeu por alguma razão importante que nem sempre descobrimos  no início.Tudo está certo.Se não deu à primeira .Nem à segunda.Nem à terceira, nem por isso se bloqueia.

3.      Depois como ser superior ( se é que honra as suas  capacidades como humano),tem que perceber quando é para ARRISCAR ou pra PREVENIR…

4.       E como chegar a esta conclusão? 

Já ouviu dizer certamente que o “coração tem razões que  razão desconhece”. 
Pois é. A INTUIÇÂO é a chave !!! 

Só é preciso silêncio e escuta interior.

O homem possui tudo o que precisa para resolver as mínimas dificuldades.

Tem contudo que reflectir.

CONHECER-SE.

 Saber que o seu Eu Superior o liga ao Universo infinitamente 
disponível.Inteligente. Amoroso. 
E que só dentro de si mesmo se encontram todas as soluções… 
De que é que está à espera?...

 A vida é como a música. Deve ser composta de ouvido, com sensibilidade e intuição, nunca por normas rígidas.Samuel Butler

Didinho é meu professor . As coisas que eu aprendo com ele.Obrigada, Didinho!