Powered By Blogger

domingo, 16 de julho de 2017

O Nó da Questão...

O nó da questão
img net






“Não nasci para competir com os outros, mas para superar a mim mesmo” (?)






Muita gente ainda guarda afirmações assassinas que lhes eram dirigidas, quando crianças:
- Nunca vais fazer nada na vida. Nunca irás longe. Mais tarde me dirás. És mesmo desajeitado. És um burro. …etc… etc…etc
Estes e outros mimos cortaram as asas de muitos homens e mulheres, marcados por registos mutilantes.

Contudo, é possível ultrapassar a situação, quando se tem consciência dessa maldição e se deseja sair dela. Mudar. Decidir o que se quer.

É fundamental que toda a mudança aconteça sempre de dentro para fora. Antes, há que auto questionar-se.

·      Por que será que quero fazer tal coisa? 
 O que me move verdadeiramente?
·      Por que razão, preciso tanto que me aceitem? Me elogiem? Me dêem valor? Me apapariquem, como sendo o melhor? O maior?
·      Por que me sinto só?  Etc.


Se não reflicto sinceramente, perante mim mesma, é provável que continue à espera de reconhecimento. Valorização. Status. Distinção. Da atenção dos outros, a fim de engordar o EGO, numa atitude ilusória. Confrangedora. Castrante, de que não se tem consciência.
 Se nunca mais curo esta dor tão funda da falta de estima, nunca mais me encontro.
- Se eu não gosto de mim, como poderão os outros gostar!..

E como se explica este quadro?

A falta de auto estima inconsciente, vinda detrás, nunca foi trabalhada. É ela que causa comportamentos distorcidos. Viciados.
Andar de rastos. Lutar até à exaustão, para ter uma ampla rede de relacionamentos. Ser muito sociável. Sentir se importante por esse reconhecimento público. Tudo fazer para alcançar a tal satisfação interior, mas isso nunca se conseguirá, de fora para dentro…

Essa dor. Inferioridade camuflada tem que ser tratada de dentro para fora.
Dentro, pode ser no início, um lugar escuro, por termos estado virados para o exterior. Tem que ser aí, o encontro reconstrutor, para alcançar a paz.
 Gostar de si mesmo. Estar bem consigo. Com os outros e com o Deus, seja qual for a ideia que d’Ele tiver.
 Assim, “Deixe o seu sorriso mudar o mundo, mas nunca deixe o mundo mudar o seu sorriso”.(?)

Nada que os outros lhe possam oferecer, pode curar a sua falta de auto estima, causando tanta dor e estragos!

Vindas de fora, serão tentativas vãs, para gostar de si, com auto estima equilibrada. Despretensiosa. Natural.

E como trabalhá-la? Aumentá-la?

De um modo simples, com ideias claras.
A auto estima só cresce, quando somos. Nunca com o fazer. Nem com o ter. Nem tão pouco, depende dos outros. De nada que possam dizer. Fazer. Fornecer!

Tudo isso só trará frustração. Dúvida. Desilusão. O tal pseudo prestígio
 insaciável, numa atitude vaidosa. Ingénua. Eivada de comparações, lá no fundo. Competição. Invejazinha. Narcisismo e outras coisas feias que de nada valem.

 Serão manobras malabaristas do EGO que distancia o ser do que é, no interior. Na essência.

Quanto à metodologia, só o próprio pode trabalhar a subida da sua auto estima, como já vimos.

E se ela não é ter. Nem fazer. Então, como é ser?
Ser é:
·      Parar!
·      Estancar aos poucos, a corrente de pensamentos.
·      Silencioso. Sereno, aceder ao mais fundo do ser.
·      Aceder ao centro do sentimento.
·      Sentir. Sentir. Sentir.
·      Interiorizar. Ter consciência do que se sente.
·      SER será então SENTIR.
·      Nesta coerência pacífica, a auto estima se afirma interiormente, sem abalos exteriores. A segurança nasce do ser mais íntimo, sem necessidade de confirmações exteriores, por vezes até, bajuladoras. Sem consistência.
·      Nestas circunstâncias, a sintonia é um valor bem-vindo, entre seres conscientes desta realidade, que se inter ajudam. Crescem lado a lado.
·      Depois desta consciência. Do hábito criado, como por magia, o amor incondicional jorrará de todos os lados.
·      A existência se tornará algo maravilhoso, fluindo pacífica. Enriquecida pelo que somos e atraímos!
·       “Se você quiser alguém em quem confiar, confie m si mesmo. Quem acredita sempre alcança.”Renato Russo
·       16.julho.17   Lucinda Ferreira 

sexta-feira, 30 de junho de 2017

Emoções, a cor da alma.

Emoções, A COR DA ALMA.
img net

“Deus ter-nos-ia posto água nas veias, em vez de sangue, se nos quisesse sempre imperturbáveis.”Júlio Verne



Cursei Medicina Tradicional Chinesa, na Escola de Pedro Choy.
Foi interessante. Trabalhoso e caro, mas não me arrependo.
Entre muitas noções que observei. Aprendi, ficaram alguns conceitos básicos, em que se fundamenta a Acupunctura. A sua existência move-se entre duas forças opostas. Complementares, ditas Yin e Yang.
Entre os diferentes componentes do corpo humano, existe o QI= Energia, circulando em canais, os meridianos. O acupunctor tenta estabelecer o equilíbrio entre o meio externo – a natureza, - e o meio interno – o organismo, – regulando harmonicamente a deficiência ou excesso do fluxo energético, por meio de agulhas. O desequilíbrio energético é a causa da doença.


Não se pode ignorar esta realidade. Nem esta, nem muito menos as nossas emoções.

A vida não é só trabalho. Dinheiro. Matéria.

 Há também o espírito. As emoções são a base do espírito! São a prioridade das prioridades da nossa vida.

Não se pode ignorar o que sentimos. Antes, temos de o respeitar. Não há desajustes. Nem inoportunidades das nossas emoções. Quem não chora, não pode rir. Nem sonhar.

Ter como coisa sagrada as emoções determinantes, torna possível o ajuste do caminho.

Alguém que sente um desgosto, mas não deixa fluir. Afoga em compras. Festas e outras alucinações.

 Não admite a sua dor, porque custa. Não faz o luto. Não chora, porque é forte (os homens machões, numa postura assassina. Errada, nunca podem chorar… Cuidado!!!…)

Alguém ingénua e imaturamente, deseja ardentemente que a vida seja um mar de rosas, desconhecendo ou não querendo admitir, que na existência tudo é dual. Há sempre o lado bom e o reverso da medalha…Quem ainda não percebeu isto, está fora do contexto existencial. Tem muitas decepções. Sofrimento. Lições para aprender. Necessita trabalhar para reinventar um novo eu, com a máxima urgência.

Quem não experimenta a dor, dificilmente se apaixona pela alegria inebriante.

Para quem não se emociona, a vida não tem significado. É o sentimento que dá cor às nossas vidas!

Só percepcionando o valor dos mínimos factos - dolorosos ou felizes – se pode dar sentido ao que somos. Realizamos.

Depois desta atitude, saber que as emoções livres. Desbloqueadas. Transparente são a saúde, como vimos ser a realidade na acupunctura, dá muita paz.

É bom saber que as emoções fluindo. Circulando livremente, através do sistema energético, produzem a alegria de viver, por vezes tão esquiva. Arredia, da vida de tanta gente queixinhas. Aborrecidinha e sobretudo infeliz para ela mesma. Para quem a cruza ou rodeia.

A mudança não cai do céu. Tem que se investir. Trabalhar. Sentir. Buscar sem cessar, processos renovados. Insistir na gratidão, pois nada merecemos. Temos tanto e sempre insatisfeitos, porque ingratos. 

É preciso construir novos mundos, em cada gesto. Pensamento. Interacção!

Tem que ser. Se nos magoam, perceber, o que é que isso nos ensinou. Perceber o significado da perda. Da doença. Não adianta chorar sobre o leite derramado. O caminho é para a frente!

Não repetir o erro. Corrigir. Compensar o mal que fizemos, se isso for possível. Aprender a amar o que se faz. O que se tem. Recomeçar sempre em cada segundo, em que se está vivo. Saber que o despertar pode acontecer de repente. “Cada minuto é mágico. Não pode ser desperdiçado”. Que ninguém é perfeito. Fazemos o melhor que podemos. Ninguém é culpado da nossa infelicidade. Cada um constrói o mundo que apresenta, pois a atitude é construtora. ( Estude as maravilhas da Física Quântica e perceberá o que hoje lhes digo.)

Deixo lhe a propósito das emoções, algo que li algures:

“Quem sente, sonha.
Quem sonha, vive.
Quem vive, aprende.
Quem aprende, evolui.”
Quem evolui, chega mais perto de Deus!
IMA NET

 Lucinda Ferrreira / Coimbra  30 Junho 2017

sexta-feira, 23 de junho de 2017

ESCOLHAS

ESCOLHAS













 Inadequação existencial, a maior parte das vezes, dependente das nossas escolhas, é das coisas mais graves capaz de nos roubar a paz. A felicidade.

 Às vezes, ainda jovens ou imaturos, ficamos esquecidos de quem somos.


A insatisfação da consciência, ao apercebermo-nos que não estamos sendo o ser humano que podíamos ser, dá-nos uma grande tristeza.

Para nos apercebermos disso, precisamos do encontro honesto connosco mesmo, o que pode exigir tempo. Distanciamento. E até dor…

Deixar que a nossa luz se apague, faz com que em vez de crescermos, estamos decrescendo. Em vez de avançarmos, retrocedemos. Vestidos de sombras, esquecemos de ser quem somos, embora assim não o desejássemos. Não por imposição, mas por um direito nosso.

Gratidão pela possibilidade de se refazer o nosso destino. Encontrar o nosso caminho, é um privilégio, considero.
Redescobrir quem somos, logo que possível. Descobrir a identidade de sermos filhos do Sol. Do Céu, é algo que não podemos esquecer! Nunca perder o brilho, da nossa luz, é uma urgência.

Quem não tem momentos de dificuldade? Fraqueza? Queda?
Contudo, todos temos o direito de nos levantarmos. De nos reerguermos. Sermos de novo o brilho do nosso Sol mais luminoso e puro. Encontrar Deus. A Sua luz. Entender-se com Ele, que nunca desiste de cada um de nós, é o retorno ao nosso interior. O que temos de mais autêntico.

 Retomar as virtudes e tudo aquilo que nos pode tornar maiores, melhores, está sempre em aberto, até vivermos.

A experiência humana é o terreno da contradição. O momento em que vemos que estivemos inadequados, percebemos que o que fizemos, nada tinha a ver com quem somos, na nossa essência.

Todavia na vida, fazem parte do humano, um permanente campo de incoerências, sobretudo fruto da inexperiência, num período de descoberta e excessiva confiança no mundo.

Aprender a minimizar o poder que têm sobre nós, os acontecimentos exteriores, num contexto de reflexão, impõe-se-nos o mais cedo possível.
Às vezes, faz falta a pessoa certa, no momento certo. com a palavra certa...

Ninguém escapa. Não se pode deixar de reflectir e reflectir se, ao longo da existência..Não pode haver distracção.
O auto-conhecimento.  Saber o que estamos fazendo. Onde estamos, é um desafio para cada um, no decorrer do tempo.

Aqui entra a tal escolha.

 Se aceitarmos o que Deus, o Universo, têm para nos oferecer, chegamos mais depressa ao que nos é devido. Convém, ao o nosso crescimento. Sem conflitos. Sem dor. Deus não controla, apenas ama!

Se teimarmos. Formos por onde o ego nos segreda, poderá parecer mais “fácil”, mas sofremos as consequências.

Pode ser oportunidade de se aprender a lição. Mudar, mas seria escusado.

Reflectir sobre a vida é diminuir as contradições.

Ficamos felizes. Encaixados no lugar, não para nos acomodarmos, mas viver confortável connosco mesmo. Dissolver o que não era o nosso eu. Sentir – se agora  confortável com tudo o que acontece.

Estar satisfeito de se ser quem se é.

 Trabalhar naquilo que nos identifica, é o melhor que se pode buscar, numa coerência satisfatória, iluminando os nossos dias, numa harmonia confortante. Aprazível. Segura.

E as mudanças. As escolhas, decorrem com facilidade. Alegria. Paz, como um rio que flui e vem até nós!

A sabedoria, do processo, traz libertação.

Saber que a vida é um exercício diário de escolhas certeiras em cada momento…É agora uma coisa natural. Agradável.Pacífica.

Acreditar no muito que Deus enxerga, no pouco que cada um de nós é, amplia o nosso prazer de viver e a GRATIDÃO, por todos e tudo, que vem até nós! Lucinda Ferreira...... 23.6.17

sexta-feira, 9 de junho de 2017

MEDITAÇÃO

Meditação 


( IMG NET)



Na meditação, não há maneira de nos afastarmos de nós próprios, estamos, simplesmente, centrados no nosso próprio ser. Osho




·        No mundo alucinado das correrias. Competição, há quem já tenha descoberto o caminho do sucesso. Da resistência. Da saúde. Do equilíbrio, mesmo no meio das maiores responsabilidades. Apresenta-se sempre bem-disposto. Afável e disponível, porque descobriu o segredo…. Por isso é líder.

·        O nome da ferramenta que traz sempre consigo, chama-se meditação!

·        Esta prática não é apenas para monges. Religiosos. Crentes ou membros de seitas esquisitas. Destina-se a todos nós. Para quem está para além do parecer. Do impressionar. Do aparecer. Do ter, que nada tem a ver com, o ser.

·        Pode ser praticada a partir de diferentes técnicas de relaxamento e experiências (respiração… visualização), em qualquer momento, no entanto pela manhã e a noite, é preferível.

·        Qual a razão?

·        O nosso cérebro vibra em diferentes frequências, mais ou menos acelerado (beta, alfa, delta, teta). A frequência alfa permite-os aceder a níveis muito profundos do nosso ser. De manhã, ao sair do sono, a agitação não está activada. À noite, o corpo está mais cansado, fica mais calmo. Então, é o tempo ideal para meditar.

·        Meditar tem, entre outros, significados diversos como reflectir. Estudar. Ponderar. Concentrar. Especular. Na realidade, só quem a pratica percebe e sente, o que é “meditar”.

·        Os benefícios da meditação são tantos, que me perderia a enumerá-los.

·        “As práticas de contemplação interior renovam a mente, o corpo e o cérebro, tornando-os presentes, libertando-os da tensão de estarem sempre a antecipar acontecimentos futuros que nos preocupam (…..) liberta também o corpo - mente da âncora do passado e das emoções que nos prendem à mesma vida de sempre”.

·        Medita-se para alcançar uma saúde melhor ou para obter a cura. O controlo da respiração pode diminuir a tensão arterial ( sem fármacos, com tanto efeito secundário…). Abrandar o ritmo cardíaco. Aliviar a ansiedade e os medos. Enfim manter a pessoa equilibrada e saudável. Traz. Alegria. Paz Satisfação. Prolonga a longevidade.

·        Medita-se para contemplar os mistérios da vida.

·        Medita-se para resolução de desafios psicológicos.

Medita-se para equilibrar as emoções. Aumentar a consciência de quem é. Do que deseja da vida. De apreciar o presente, no aqui e agora, fonte de estabilidade e harmonia.O que importa afinal, viver ou saber que se está vivendo?”Clarice Lispector

·        Medita-se para nos tornarmos mais conscientes do nosso corpo e  da nossa mente.

·        Medita-se para reduzir o stress. Aumentarmos a nossa capacidade de gerir a vida mais consciente. Vencer obstáculos. Aumentar a capacidade de recolhimento, mesmo na “tempestade”, nos prazos, nos relacionamentos com os colegas, passando a imagem de uma presença amistosa e equilibrada.
.
·        Medita-se para tornar a mente mais ágil. Todos os líderes e celebridades praticam a meditação. Conhecem bem, o que hoje aqui digo…

Auto-desenvolvimento. Realização espiritual. Transpor a capacidade mental. Ampliar as nossas capacidades. Criatividade. Disciplina para o trabalho, vida familiar. Ser mais feliz…Tudo isto e muito mais, a meditação pode trazer às vidas sem sabor. Desmotivadas. Sem sentido.Meditação traz sabedoria; a falta de meditação deixa a ignorância. Saiba bem o que lhe conduz para frente e o que lhe prende atrás, e escolha o caminho que o guia à sabedoria. Buda

·        Remato dizendo-lhe que a meditação permite-nos ultrapassar a mente analítica e chegar ao subconsciente, mudando a vida. Criando tudo aquilo qUE sempre se desejou na realização.

·        Tudo isto, claro, tem que querer. Estudar. Descobrir e…Ser feliz ao passar o seu testemunho a outros!

Foi o meu testemunho, em ar de recado…

Coimbra, 9.6.17

Lucinda Ferreira

quarta-feira, 31 de maio de 2017

PERDAO


Textos e pretextos

imgs net
  

Perdão




·      “Quando focalizamos nossa atenção em quem nos feriu, ficamos sem condições de perceber quem nos ama”.(?)


·    Perdoar é a coisa mais difícil que existe, mas não é impossível!

·    Mexe com as nossas fraquezas. Ignorância. Orgulho. Ego. Revolve tudo o que somos, no mais recôndito.

·    A pessoa diz: eu perdoo, mas não esqueço. Fica aquele ranço. Ressentimento. Aquela dor que nunca se apaga. Será isto perdão? Sente por essa criatura, que o ofendeu, o mesmo amor, que sente por um filho? Só perdoará alguém, quando conseguir amar o que essa pessoa escolheu, para si mesma.

·       Quando não perdoamos, lançamos veneno no nosso ser, esperando que quem nos ofendeu, morra. William Shakespeare


·    Nunca ninguém consegue perdoar a outrem, se não se sentir perdoado em todas as vertentes da sua pessoa.

·    E como e quando somos perdoados?

·    Se se auto-restringir e sentir que não merece ser perdoado ou que não consegue receber esse perdão. Aceitar, esse perdão, por falta de contacto com a energia infinita do amor incondicional.
·    Do “amo-te por tudo o que tu és. Amo tudo o que fizeste. Tudo o que te fizeram. Amo a tua alma”. Isto que se escuta no mais íntimo, quando se está ligado á Fonte…

Então, cuidado.

·    Só quem se liga ao Amor Maior, Supremo, Deus, se liberta da culpa. Só esse conseguirá perdoar os outros.

·     No plano terreno. Racional. Humano, tudo o resto são fantasias. As pessoas tentam enganar-se a si próprias e aos outros, verbalizando que perdoaram , mas isso não é verdade.

·    Só depois desta experiência de libertação, neste estágio de evolução, se consegue perdoar o outro. Aceitá-lo pelo que escolheu ser, pelo que é
.
·    Quem magoa. Trai. Ofende. Prejudica o nosso nome ou o que quer que nos faça de mal, antes de tudo, está a fazê-lo a si próprio. Merece compaixão. Anda perdido pelos caminhos da vaidade. Orgulho. Ignorância. Ilusão…

·    Para perdoar, o que é essencial para todos nós, há que compreender e relevar todos os lados.

·    Pacificar-se interiormente é o primeiro passo.

Sentir-se liberto da própria culpa por tudo, tudo, tudo. Sentir-se perdoado e em paz, ao perceber e sentir que tudo o que lhe fizeram, faz parte do plano inteligente. Sagrado de que se compõe a vida…

·    Tudo tem que encaixar.
·    Se não consegue perdoar, recolha-se. Veja o que precisa arrumar dentro de si. Perdoe-se antes. Limpe suas culpas e avance. Perdoe e sinta nisso uma alegria indescritível que só quem perdoa, consegue sentir!

Eu, Lucinda, ” Amo a verdade, mas perdoo o erro. Voltaire


·    Portanto, perdoar não é fácil, mas é possível. Libertador.
  
    Lucinda Ferreira, Coimbra   31.5.17


quarta-feira, 10 de maio de 2017

Páre! Escute! Olhe!

Textos e pretextos 


Páre! Escute! Olhe! 

 O momento certo para relaxar é precisamente quando não tem tempo. Sydney J. Harris 
 (imgens net)



Por pouco, não fiquei esmagada por ele. Já sofri, por causa dele, estragos de vária ordem.
Ataca sorrateiramente, sem pedir licença, mas a culpa é nossa…
Não escolhe idades. Já no ventre materno, faz as suas investidas, que se perpetuam e saem muito caras.


Provoca adições intermináveis. Fumo Bebida. Sexo. Trabalho. Compras. Fala. Fala sem sentido, empurrado pelo nada. Obriga a comer desalmadamente ou então deixa-se mesmo de comer.

Corremos todos, sem saber para onde, nem porquê, mas tudo continua a correr!

Veja se consegue descobrir a quem em refiro…

Será que ele o deixa dormir? Ou tem que recorrer à sua amiga droguinha?

Sabe a razão por que ele nos controla, sem conseguirmos fugir das suas terríveis garras?
Simplesmente, porque nos esquecemos quem somos.
Falta-nos uma consciência ligada a um campo quântico de inteligência!

Aqui reside a nossa maior beleza e encanto, que muitos desconhecem. Se possuir este conhecimento, acede a tudo que deseja ou necessita, com o simples clic de um pensamento, sem se cansar um pingo!

 Muitos já conseguiram esses “milagres”.

Quem se esquece de quem realmente é, ignorando a sua força interior, vive precariamente, em modo de sobrevivência.

No início, a humanidade para escapar ao ataque das feras, activava a fuga ou a defesa, reagindo ao ambiente exterior, através do nosso sistema de alarme. 

Hoje, as feras são diferentes, (dentro de nós na atitude), mas a ilusão continua a activar o nosso sistema de alarme…

Vive-se  desadaptado, estando sempre a fugir do perigo.
Não é a fera real, mas a agressividade imparável que criamos à nossa volta e sobretudo a dentro do peito, pela maneira como encaramos a vida, pois não sabemos quem somos!

Accionados por um simples pensamento, “privilégio” ou desgraça do homem, em comparação com os animais, lá chega o tal senhor...
.
Antecipamos ou revemos memórias, que nos causam o mesmo susto que uma grande fera!
  
Registos prejudiciais traduzidos em ansiedade (viver no futuro) ou em depressão (vivendo no passado), são o flagelo do nosso tempo. 

Puxamos sem parar, o gatilho do STRESS! Não contra um leão, mas contra uma ameaça imparável, real ou imaginária.

A tradução dessa impaciência dá-se no trânsito.
Na fúria contra o chefe. Contra o marido ou contra a esposa.
Contra a falta de dinheiro. Contra os amigos que se afastam com egoísmo.
Descobre-se. Inventa-se algo de negativo do passado ou do presente, verdadeiro ou ilusório, desencadeando raiva. Ódio. Ressentimento. Desespero. Tristeza. Frustração e sei lá que rosário complicado e...
Lá está o rei stress no comando!
(Mas..."Quando se está sob stress crônico, a vida se torna mais curta". Dean Ornish)
O pior é que se o animal desactiva este estado destruidor, logo que o perigo passa, o ser humano reforça-o a cada momento.

Ora como o STRESS altera a química do nosso corpo, desencadeando uma série de acções nocivas levando ao esgotamento, a doença surge irremediavelmente, por nossa culpa.

O sistema nervoso alerta para o perigo: o coração acelera (arritmia, tensão alta, etc), bombeando grandes quantidades de sangue para os membros, em detrimento do corpo que se desequilibra.

Surge dor de estômago e de cabeça. Insónia. Nervosismo incontrolável. As reacções ao STRESS variam. Nenhum corpo o aguenta, durante muito tempo sem mandar os seus sinais.

Por que razão é que surge o stress?
·      Mobilizamos constantemente a nossa energia apenas para o mundo exterior!
·      Vivemos apenas dos cinco sentidos, num estado materialista, esquecendo quem somos: um ser espiritual a fazer uma experiência na matéria!

O sistema digestivo. Endócrino e imunitário que comandam o nosso interior não conseguem compensar, por falta de energia, a renovação e a regeneração do corpo. E lá se cai no cancro. Sempre constipados ou naquele rol de doenças auto-imunes (artrite reumatóide, esclerose múltipla e cada doença pior que a outra…) e outras maleitas terríveis, agora ditas raras.´~

Revivemos situações traumáticas. Alimentamos ressentimentos. Julgamentos. Negatividade. Auto-agressões e maus pensamentos. É-se incapaz de perdoar, ignorando e bebendo o veneno do ódio, a contar que o outro morra…

Perde-se o equilíbrio químico, pois sabe-se que tudo o que se colhe e fabrica no pensamento, no neo córtex, passa ao límbico, sede das emoções e química que passarão ao cerebelo (na parte inferior o arquivo, subconsciente) onde se gera o nosso estado de ser, personalidade, cuja inconsciência deste funcionamento e anteconhecimento levam ao acumulo de mais stress…
“O stress deve ser uma força motivadora e poderosa, não um obstáculo.”  Se este pode ser necessário, em momentos e doses benéficas, exagerando, além de mexer com os botões genéticos, transforma-se numa praga maldita. Num comportamento circular, inadequado e prejudicial.

O auto conhecimento é fundamental. Se não perceber quem é, e obsessivo insistir em viver no passado, no futuro, e NÃO NO AQUI e AGORA, se não aprender a apagar da mente o que o incomoda, matutando na sua promoção. Sempre focado em algo que tem que fazer. Preocupado com isto ou com aquilo, as substâncias químicas não perdoam.

E muito mais, mas para já, previna-se, pela sua rica saúde:
PÁRE! ESCUTE! OlHE! 
…Senão o stress vai trucidá-lo!




“O objectivo do stress não é magoá-lo, mas sim alertar que está na hora de voltar ao coração e começar a amar”. Sara Paddison
Lucinda Ferreira,  Coimbra, 10 maio 2017