Textos e pretextos
Páre!
Escute! Olhe!
(imgens net)
Por pouco, não fiquei esmagada por ele.
Já sofri, por causa dele, estragos de vária ordem.
Ataca sorrateiramente, sem pedir
licença, mas a culpa é nossa…
Não escolhe idades. Já no ventre materno,
faz as suas investidas, que se perpetuam e saem muito caras.
Provoca adições intermináveis. Fumo
Bebida. Sexo. Trabalho. Compras. Fala. Fala sem sentido, empurrado pelo nada. Obriga
a comer desalmadamente ou então deixa-se mesmo de comer.
Corremos todos, sem saber para onde, nem
porquê, mas tudo continua a correr!
Veja se consegue descobrir a quem em
refiro…
Será que ele o deixa dormir? Ou tem que
recorrer à sua amiga droguinha?
Sabe a razão por que ele nos controla,
sem conseguirmos fugir das suas terríveis garras?
Simplesmente,
porque nos esquecemos quem somos.
Falta-nos
uma consciência ligada a um campo quântico de inteligência!
Aqui reside a nossa maior beleza e encanto,
que muitos desconhecem. Se possuir este conhecimento, acede a tudo que deseja
ou necessita, com o simples clic de um pensamento, sem se cansar um pingo!
Muitos já conseguiram esses “milagres”.
Quem
se esquece de quem realmente é, ignorando a sua força interior, vive
precariamente, em modo de sobrevivência.
No início, a humanidade para escapar ao
ataque das feras, activava a fuga ou a defesa, reagindo ao ambiente exterior,
através do nosso sistema de alarme.
Hoje, as feras são diferentes, (dentro de nós na atitude), mas a ilusão
continua a activar o nosso sistema de alarme…
Vive-se desadaptado, estando sempre a
fugir do perigo.
Não é a fera real, mas a agressividade imparável que criamos à
nossa volta e sobretudo a dentro do peito, pela maneira como encaramos a vida, pois não sabemos quem somos!
Accionados por um simples pensamento, “privilégio”
ou desgraça do homem, em comparação com os animais, lá chega o tal senhor...
.
Antecipamos ou revemos memórias, que nos
causam o mesmo susto que uma grande fera!
Registos prejudiciais traduzidos em
ansiedade (viver no futuro) ou em depressão (vivendo no passado), são o flagelo
do nosso tempo.
Puxamos sem parar, o gatilho do STRESS! Não contra um leão, mas
contra uma ameaça imparável, real ou imaginária.
A tradução dessa impaciência dá-se no
trânsito.
Na fúria contra o chefe. Contra o marido ou contra a esposa.
Contra a
falta de dinheiro. Contra os amigos que se afastam com egoísmo.
Descobre-se. Inventa-se algo de negativo
do passado ou do presente, verdadeiro ou ilusório, desencadeando raiva. Ódio. Ressentimento.
Desespero. Tristeza. Frustração e sei lá que rosário complicado e...
Lá está o
rei stress no comando!
(Mas..."Quando se está sob stress crônico, a vida se torna mais curta". Dean Ornish)
O pior é que se o animal desactiva este
estado destruidor, logo que o perigo passa, o ser humano reforça-o a cada
momento.
Ora como o STRESS altera a química do nosso corpo, desencadeando uma
série de acções nocivas levando ao esgotamento, a doença surge irremediavelmente,
por nossa culpa.
O sistema nervoso alerta para o perigo: o
coração acelera (arritmia, tensão alta, etc), bombeando grandes quantidades de
sangue para os membros, em detrimento do corpo que se desequilibra.
Surge dor
de estômago e de cabeça. Insónia. Nervosismo incontrolável. As reacções ao STRESS
variam. Nenhum corpo o aguenta, durante muito tempo sem mandar os seus sinais.
Por que razão é que surge o stress?
·
Mobilizamos
constantemente a nossa energia apenas para o mundo exterior!
·
Vivemos apenas
dos cinco sentidos, num estado materialista,
esquecendo quem somos: um ser espiritual
a fazer uma experiência na matéria!
O sistema digestivo. Endócrino e imunitário
que comandam o nosso interior não conseguem compensar, por falta de energia, a
renovação e a regeneração do corpo. E lá se cai no cancro. Sempre constipados
ou naquele rol de doenças auto-imunes (artrite reumatóide, esclerose múltipla e
cada doença pior que a outra…) e outras maleitas terríveis, agora ditas raras.´~
Revivemos situações traumáticas. Alimentamos
ressentimentos. Julgamentos. Negatividade. Auto-agressões e maus pensamentos.
É-se incapaz de perdoar, ignorando e bebendo o veneno do ódio, a contar que o
outro morra…
Perde-se o equilíbrio químico, pois
sabe-se que tudo o que se colhe e fabrica no pensamento, no neo córtex, passa ao
límbico, sede das emoções e química que passarão ao cerebelo (na parte inferior
o arquivo, subconsciente) onde se gera o nosso estado de ser, personalidade,
cuja inconsciência deste funcionamento e anteconhecimento levam ao acumulo de mais stress…
“O stress deve ser uma força motivadora e poderosa, não um obstáculo.” Se este pode ser necessário, em momentos e
doses benéficas, exagerando, além de mexer com os botões genéticos,
transforma-se numa praga maldita. Num comportamento circular, inadequado e
prejudicial.
O auto conhecimento é fundamental. Se não
perceber quem é, e obsessivo insistir em viver no passado, no futuro, e NÃO NO
AQUI e AGORA, se não aprender a apagar da mente o que o incomoda, matutando na
sua promoção. Sempre focado em algo que tem que fazer. Preocupado com isto ou
com aquilo, as substâncias químicas não perdoam.
E muito mais, mas para já, previna-se,
pela sua rica saúde:
PÁRE! ESCUTE! OlHE!
…Senão o stress vai
trucidá-lo!
“O objectivo do stress não é magoá-lo, mas sim
alertar que está na hora de voltar ao coração e começar a amar”. Sara Paddison
Lucinda Ferreira, Coimbra, 10 maio 2017
Lucinda Ferreira, Coimbra, 10 maio 2017
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