Levada pela corrente …
O meu Danúbio
Desliza
dentro de mim
Leve e
suave…
As vezes
,
Ele se
move mais depressa
Outras …
Adormece
como um menino.
Uma
folha castanha
Se
afasta de mansinho
Para não
acordar o tempo
Que
passa
ora
lento
Ora
veloz
Indiferente
À vida
que se esgota
Sem
apelo, dentro de nós...
Danúbio
Meu rio
e meu senhor.
Linha da
vida
Não
deixes morrer a saudade
Tempos
lindos
Cheiros.Cor.
Brisa.
Flores
desabrochando
Primavera
efémera
Saudade.
Não
deixes o sonho adormecer
E se
perder
Nas águas revoltas
Atrevidas
Soltas…
Elas se
avizinham
Sorrateiras.
Matreiras
Sem
ninguém saber
Ou sequer
Poder
adivinhar...
Linha da
vida
Sem parar!
… Mais
além..
Este rio
constante
Inflexível
A deslizar
Continua
a correr
Compenetrado
Determinado
Marcha
para o mar...
Meu Danúbio
Meu rio,
Minha
vida ,
Meu mar salgado
Amargo e
doce
Pomba
fugidia
Leve
como uma pena
Suave e
terno
Violento
e brutal
Danúbio
azul, amarelo e verde
Branco e
dourado
Sangue e lágrimas
Fluxo
natural…
Sorrir.Sofrer
Nas asas
da música
Fim. Portal …
Meu rio
encantado
A passar
dentro de mim
Subtil e
discreto.
Halo.
Sopro.
És corrente de vida
Tudo que
há de mais sagrado!
Meu rio
e meu amor ,
Amigo.
Companheiro
Viver?
Sorte!
Som primeiro
Ultimo
suspiro.
Meu
coração.
Ai, rio
Danúbio!
Vida e
morte,
Que num
instante
Se apaga
e foge
Se esvai
Por entre os dedos...
Da minha mão.
O tempo é pouco, para o muito que espero. Machado de Assis
Coimbra, 1.1.21
Lucinda
Ferreira
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