TEXTOS E PRETEXTOS
"Nada se perde, nada se cria, tudo se
transforma"…
(Aqui vou eu, lucinda, Itália , frente ao Vesúvio)
Contudo,
estar muito adiantado no tempo, é perigoso!
Por
estas e por outras (…), há 219 anos, alguém foi guilhotinado com 50 anos de
idade, embora por toda a transformação que
causou na ciência, tivesse sido chamado de o"pai da química moderna".
Exactamente
Antoine Laurent Lavoisier, nascido em 26
de Agosto de 1743, em Paris, filho de um próspero advogado. Ao contrário do que
se esperava, passou a vida, contrariando o pensamento vindo da Antiguidade e
fundamentando as suas experiências, que infelizmente não convenceram o seu
executor.
“Cientistas de toda a Europa enviaram uma petição para que
Lavoisier fosse poupado, mas o presidente do tribunal, Jean-Baptiste Coffinhal,
recusou e proferiu uma frase que ficou marcada nos livros de história: "A
França não precisa de cientistas."Em 8 de Maio de 1794, aos 50 anos,
Lavoisier foi condenado por traição e perdeu a cabeça na guilhotina. Seu corpo
foi jogado em uma vala comum.”
Esta
introdução serve para dizer que talvez a originalidade deste meu texto não seja
tão evidente assim, mas pela pertinência do seu alcance, arrisco e aí vai.
Só pela
reflexão, crescemos interiormente!
E
como as férias normalmente são em no mês de Agosto (… para quem tem a sorte de
trabalhar, pois há muito boa gente que não tem trabalho e está sempre de
férias), fica para irem lendo e relendo este texto, se assim entenderem...
Foi
algo que descobri e que partilho convosco.
Há muita boa gente que,
embora adultos, ainda morre de medo por tudo e por nada.
Quando eram crianças não foram poupadas aos maiores sustos e ameaças.
“Olha que se não comes tudo, o velho do saco, leva-te!”,
Os guardas e os polícias vão te levar, se não fazes isto ou aquilo”.
“Quando passarem os ciganos, eles levam te com eles para muito longe”.
“Se tornas a dizer isso, ponho-te pimenta na língua”.
E punham mesmo ou então como lhes diziam “Levas um enxerto de porrada” que as crianças até se urinavam todas, como acontecia ao Tojó, na minha escola primária, quando o sarrafo vermelho trabalhava demais, por ali à volta.
As crianças eram “amorosamente” rotulados de “burros”, “estúpidos” …
”Nunca hás-de ser nada na vida”. E não eram mesmo. Ficavam marcados até ao caixão…
Quando eram crianças não foram poupadas aos maiores sustos e ameaças.
“Olha que se não comes tudo, o velho do saco, leva-te!”,
Os guardas e os polícias vão te levar, se não fazes isto ou aquilo”.
“Quando passarem os ciganos, eles levam te com eles para muito longe”.
“Se tornas a dizer isso, ponho-te pimenta na língua”.
E punham mesmo ou então como lhes diziam “Levas um enxerto de porrada” que as crianças até se urinavam todas, como acontecia ao Tojó, na minha escola primária, quando o sarrafo vermelho trabalhava demais, por ali à volta.
As crianças eram “amorosamente” rotulados de “burros”, “estúpidos” …
”Nunca hás-de ser nada na vida”. E não eram mesmo. Ficavam marcados até ao caixão…
Daí, que ainda hoje,
inconscientemente, haja reacções de medo perante certas circunstâncias da vida, mesmo passados muitos anos.
Veja com alguém deu a
“volta ao texto” e saiu em beleza, transformando as areias em pérolas.
Talvez valha a pena reflectir. Experimentar.
Talvez valha a pena reflectir. Experimentar.
Será que algo do que vem a
seguir, tem a ver consigo?
· “Eu tinha medo de ficar só…Até que aprendi que a única pessoa
que estará comigo em todos os momentos da minha vida, sou eu mesma”.
Na realidade, nascemos sozinhos. Morremos sozinhos. Não há
cunhas. Nem arranjos. Nem fantasias. Nem vigarice alguma, a que os espertos
possam recorrer. A igualdade é total na condição humana. Ninguém escapa. Ricos.
Pobres. Lindos. Feios. Bons. Maus. Mulheres. Homens. Jovens. Idosos. Todos!
· “Temia mudanças…Até que percebi que as
mudanças pelas quais tem que passar uma bela borboleta, antes de poder voar”.
Foi aquela lagarta feia, como uma minhoca, que permitiu que surgisse
o belo insecto de asas coloridas que voa no céu imenso, espalhando beleza e
encanto. (“A borboleta
é considerada o símbolo da transformação. Entre outros, simboliza felicidade, beleza, inconstância, efemeridade da
natureza. (…) Os estágios desse insecto (lagarta, crisálida e borboleta) significam
respectivamente vida, morte).
·
“Temia a escuridão…Até que aprendi
e entendi, a importância de uma pequena estrela.”
Por vezes sonhamos. Aspiramos, Esperamos toda a vida
por algo grandioso que nunca chegou, nem vai chegar! Foi isso que impediu de
ver pequenas grandes coisas, super valiosas que desprezámos. Portanto na
escuridão da caminhada, o brilho de uma “pequena estrela” é precioso. Pode
anular o medo do “escuro” da vida. É preciso descobrir. Estar atento à sua
“estrela”…
·
“Temia ser ferido nos meus sentimentos…Até que
aprendi que ninguém me feria sem minha permissão.”
Aí está. A baixa auto estima. A dependência
emocional dos outros. O querer agradar para ser aceite, por insegurança. O
estar fora do seu eixo, descentrado. O estar virado para fora, em vez de saber
que é dentro de si, que estão todas as soluções. A falta de investimento no
auto conhecimento e outras atitudes referidas em artigos meus anteriores,
explicam receios infundados, a banir com urgência.
· “Temia ficar velho…Até que compreendi que posso ganhar sabedoria
em cada dia.”
Apesar de estarmos numa época cruel para os “maiores” (em
espanhol, designação para idosos), todos beneficiam, ainda que não o queiram
reconhecer, dessa Sabedoria feita de
experiência, Sofrimento, para além dos saberes. Sabedoria, diferente de
conhecimentos, é privilégio de quem já viveu muitos sois. É só ler a frase em
epígrafe, de Lavoisier...
· “Temia o ridículo…Até que aprendi a rir de mim mesmo.
Com uma educação rígida. Conceitos mal formulados que inculcam
medo. Culpa. Ansiedade. Preocupação. Excesso de perfeccionismo, tornam a vida
um inferno para nós sobretudo, e para os outros. Cultivar o humor. A graça. A
leveza. Fazer um pequeno esforço para não levar muito a sério todas as coisas, é preciso. Não falo em
irresponsabilidade nem inconsciência, bem entendido.
· “Temia as perdas e a morte…Até que percebi que as perdas não
representam o fim, mas o início de um novo ciclo.”
Em crianças, os mais velhos, nas aldeias, recordam certamente
como o episódio da morte era valorizado. Muito temido. Sabemos muito pouco de
tudo o que é mais importante. O mistério assusta cada um de nós. Há muitas
teorias sobre esta passagem, mas só quando a experienciarmos, poderemos saber
como é. No entanto, como todos sem excepção, a qualquer momento, podemos ser
chamados, a garantia maior é semear o bem e estar em paz com Deus. Consigo
mesmo. Com os outros, se possível e aguardar tranquilos com serenidade. O
contrário de que adianta?
· Temia ficar só…Até que aprendi a gostar de mim mesmo.
Pode-se estar só na multidão. Estar só, acompanhado é muito
vulgar. E pode-se ser muito feliz, estando sozinho, se gostarmos da nossa
companhia. Contava-se que havia alguém que olhava para o espelho e dizia:” E
olha que tu também me saíste uma boa rês”.Assim não dá. Não é egoísmo nem
narcisismo, mas procurar conhecer-se melhor. Ter consigo mesmo um caso de amor,
em que o respeito e a criança interior são tidos em conta, é necessário. Quem
não se ama, nunca pode amar outro.
· “Temia fracassar… Até que perceber que o único fracasso é desistir”.
Quando não conseguimos alcançar os objectivos, percebemos mais
tarde que isso não era o melhor. A lição, essa guarda-se. Quando se fecha uma
porta, abre-se uma janela. O que não mata, fortalece! Pode-se ter um belo
navio, mas não saber para onde ir, não leva a viagem alguma…
· “Temia o que as pessoas poderiam pensar de mim… Até que percebi que o que conta realmente, é o que eu penso de
mim mesmo com consciência. Lucidez e humildade”.
As pessoas julgam com aquilo que são. Desconhecem o essencial
que só o próprio conhece. Gostos não se discutem e ainda há as afinidades
inexplicáveis. Cada cabeça cada sentença e isenção no julgamento é rara. Há
muitos factores que influenciam esse acto, tingido de invejas. Preconceitos. Competição.
É verdade que há pessoas que se crêem santas e as maiores; e outros que são carrascos
para si próprios. Tudo isto são desvios a ter em conta.
· “Temia ser rejeitado…Até que descobri que devia ter fé em mim, pois sou o meu melhor
companheiro”.
Aquele que nunca me abandona, sou eu mesmo. Se eu não me acusar
a mim mesmo, que mais temerei. Tenho que ser fiel ao meu ideal? Isso sim!
· “Temia a dor...Até que percebi que o
sofrimento só me ajuda a crescer e afasta de mim a arrogância”.
Custa?
Sim sem dúvida. Mas quem é que não tem contrariedades? Dor? Seja ela de que
natureza for? É por isso que a eutanásia não tem qualquer cabimento.
·
“Temia
a verdade… Até que descobri que a verdade é um espelho quebrado em mil
pedacinhos. Ninguém é dono da verdade, pois não tem mais do que um caco dela.”
Houve Alguém muito especial,
Esse sim, que disse: “Eu sou a verdade e a vida”. E está tudo dito!
Esse sim, que disse: “Eu sou a verdade e a vida”. E está tudo dito!
Desejo que tenha valido a pena o tempo
que gastei e que gastou a ler me.
Desejo–lhe BOAS FÉRIAS!
Sem comentários:
Enviar um comentário