Textos e Pretextos
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Para além das aparências…
Nada beneficiará mais a saúde da
humanidade e aumentará as chances de sobrevivência da vida na Terra como a
dieta vegetariana... Albert Einstein
Tive a sorte de cruzar alguém na minha vida, que é profissional a “tempo inteiro”, levando a sério aquilo que faz com responsabilidade e paixão.
Faço-lhe perguntas na minha ignorância, acerca das suas funções variadas,
da orgânica do seu trabalho no terreno e da sua missão...
Fico com respeito.Admiração e
reconhecimento pelo alcance que tem o empenhamento e os saberes destes
funcionários que dependem da Direcção Geral de Alimentação e Veterinária, cuja
missão é assim dita na Internet!
“Missão
A DGAV tem por missão a definição, execução e avaliação das políticas de segurança alimentar, de proteção animal e de sanidade animal, de protecção vegetal e fitossanidade, sendo investida nas funções de Autoridade Sanitária Veterinária e Fitossanitária Nacional e de Autoridade responsável pela gestão do Sistema de Segurança Alimentar.”
A DGAV tem por missão a definição, execução e avaliação das políticas de segurança alimentar, de proteção animal e de sanidade animal, de protecção vegetal e fitossanidade, sendo investida nas funções de Autoridade Sanitária Veterinária e Fitossanitária Nacional e de Autoridade responsável pela gestão do Sistema de Segurança Alimentar.”
Reparei que há delegações nas
diferentes regiões do País: Norte. Centro. Vale do Tejo. Alentejo e Algarve.
Por sua vez estas estão organizadas
em Unidades de Intervenção no Terreno que são compostas por Veterinários e
auxiliares técnicos.
E quais são as tarefas destes nossos amigos?
· Vigiam o bem-estar animal.
· Vigiam a saúde e a protecção animal.
· Estudam. Analisam.Testam e aplicam nos animais a qualidade dos alimentos
que ingerem já que a nutrição animal é muito importante.
· Cuidam da higiene pública no que concerne ao abate de animais que entram
na cadeia alimentar humana.
“TUDO DO PRADO AO PRATO”, como me foi referido.
Também a aplicação de fertilizantes
necessita de uma atenção especial no que diz respeito à sua qualidade. Natureza. Origem,
já que estes são lançados ao solo e depois de modo indirecto entram sub repticiamente na alimentação do Homem.
São esses adubos que vão robustecer, vindas da
terra, as plantas que comemos e ainda os pastos, alimentação dos animais que
ingerimos.
Os ovos. O leite. As carnes provêm
então destes gestos simples ou maldosos quando o produtor quer grandes lucros e
usa todos os processos agressivos para conseguir um maior rendimento.
Infelizmente são caras as consequências e os efeitos dessa ganância na saúde
pública, como se vê no alastrar da intolerância ao glúten e a doença celíaca em
pessoas mais frágeis. A qualidade dos cereais antigamente até 1950, era
praticamente inofensiva, tanto quanto sei.
A polémica sobre transgénicos, presente
em plantas,
animais e micro-organismos, vem de longe. Há já uns anitos que assisti a uma discussão sobre este
tema.
Os produtos geneticamente transformados deixaram-nos assustados por não
se saber até onde podiam ir as consequências na vida humana. Os cientistas hoje
apontam as alergias. A resistência a antibióticos. Aumento das substâncias
tóxicas. Maior quantidade de resíduos de agrotóxicos, entre muitos outros
riscos e malefícios desconhecidos.
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Alimentos frescos ou transformados fazem
a saúde ou a doença da população em geral, segundo os cuidados deste Organismo
e seus Técnicos e as escolhas básicas do consumidor final.
Nesta simples reflexão parece-me haver
que valorizar e agradecer este serviço precioso de enorme alcance.
Cabe ao povo prestar atenção a estes
aspectos se quer gozar do bem-estar que provém sem dúvida da alimentação
saudável, uma das valências mais importantes, já que para além da nossa atitude
mental e espiritual, acabamos por ser o que comemos.
Hipócrates, o pai da Medicina nascido
em Cós na Grécia, em 460 a. C, bem o recomendou há muito tempo:
“ Que o teu alimento seja o teu remédio”.
Afinal, um VETERINÁRIO não serve apenas para cuidar
dos nossos gatinhos e cães de
estimação...
(Isto quando não os abate sem piedade
nem dó, baseados na crueldade da lei levada ao seu extremo, sem considerar
outras alternativas possíveis…)
E já agora cumpre-me prestar
homenagem a um Senhor Dr Albuquerque, cujo nome nunca esqueci e já lá vão
muitos anos, veterinário da Câmara Municipal de Coimbra”!
Encontrava-se no Pátio da Inquisição
e atendia com todo o cuidado, os munícipes que não podiam pagar a consulta e
tratamento dos seus animais de estimação, quando disso careciam.
Gentilmente e com toda a cautela,
prestava esse serviço gratuitamente. É certo que quem lhe pagava era o erário
público, mas não sei se exercia essa função como voluntário ou se era uma
directiva camarária e que hoje também seria muito benvinda …
Já agora deixo aqui uma dúvida:
E hoje a nossa Câmara continua a
pagar aos seus Veterinários?Será que este serviço de assistência aos animais de munícipes carenciados ainda se mantém?
Se sim, a nossa gratidão.
(“Os Gatos Urbanos”
são uma organização particular sob ao iniciativa e esforço do nosso Amigo
Gouveia Monteiro, que muito tem feito pela protecção a colónia de animais
abandonados, tanto quanto sei.)
Se não, qual será a razão, porque
este serviço tão necessário e importante não continua, numa época que até a Lei
fala na protecção animal e estes pobres seres abandonados. Indefesos tanto
sofrem e têm sofrido entregues à crueldade sem limite das criaturas humanas?
Também não faz mal por fim, reflectir
com Leonardo da Vinci:
Haverá um tempo em que os seres humanos se contentarão com uma alimentação
vegetariana e julgarão a matança de um animal inocente da mesma forma como hoje
se julga o assassino de um homem...
Eu já a pratico tanto quanto isso me é possível.
Lucinda Ferreira
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