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Internalidade e externalidade
A felicidade
depende mais do estado de espírito do que das circunstâncias exteriores. Orison Swett Marden
Jovens,
embora tenhamos uma educação virada para o espírito, cheios de entusiasmo para
vencermos na carreira profissional. Na construção de uma família. No aspeto social
e até artístico, lutamos com afinco para alcançar o sucesso. Cumprirmos as
exigências exteriores a que ficamos sujeitos.
Passada essa
fase, desaceleramos um pouco.
Temos uma
folgazinha para reconsiderar as nossas opções.
Fazer o balanço do que foi a nossa vida.
Impõem se novas
exigências que o crescimento constante exige de cada um
de nós, até estarmos vivos.
Assim, mais
livres para a leitura. A reflexão. A relação com o divino é mais próxima.
Passamos a saborear o verdadeiro valor da paz. A leveza
da Alegria e até do Amor mais puro e incondicional.
Abrem-se
novas janelas para as artes. A escrita.
A vida
vivida mais intensamente no nosso interior, como uma bênção.
O tempo da partida e da licença acabada, pode
surgir em qualquer momento das nossas vidas, mas agora está mais próximo.
Cada dia que
vivemos é menos um dia que nos resta para nos aperfeiçoarmos. Sorvermos a vida
com a intensidade de quem sente que este pode ser o primeiro e ultimo das nossas
vidas.
De toda a caminhada,
partilho com o leitor, descobertas que a vida me tem trazido, como um ramos e
flores odorosas e coloridas.
Falo da internalidade
que Roter tão bem explicou. *( Julian B.
Rotter em 1966 em seu artigo "Psychological Monographs". ).
Isto é: tudo o que é verdadeiro. Isento. Autêntico , necessário
à nossa felicidade , está dentro de nós.
Entrar no nosso santuário, é o momento de plenitude que nada
nem ninguém pode oferecer, nem retirar ao ser humano.
È um estado
de beleza absoluta. De serenidade. De comunhão com o Universo. De absoluta
conexão com Deus e com o infinito.
Só quem experimenta
, sabe que o que digo. È já a vivência
do Céu . Da eternidade neste plano de confusão. Desbaratado. Cruel e agressivo.
Não é um alheamento
a nossa atitude. Antes demais é uma escolha.
Logo a
seguir, é um espaço de forte intervenção a nível da energia e do espirito, que
muitos não têm como real ,por não serem percepcionadas pela maioria , nem estarem
neste nível de sensibilidade.
O pensamento
é uma força tão poderosa que movimenta todo o mundo. Veja por exemplo tudo que existe
à sua volta. Inicialmente nasceu no pensamento de alguém.
A postura
ocidental faz propostas de externalidade.
Aprende se a
pôr a felicidade na mão dos outros. Nos elogios e nas críticas. Nas riquezas.
No poder. No status. No amor do outro.
Nada mais
errado!
O amor, pex
está dentro de nós . A beleza a mesma coisa. A paz também. Ora se estes valores
não estiverem em nós, o mundo é confuso e agressivo. Quando tentam manejar-nos,
não sabemos defender- nos. Não há defesas nem hábitos de comunhão com a nossa
paz interior.
A minha
proposta para hoje é muito simples: guarde todos os dias para si mesmo um espaço
de reflexão e encontro.
Procure auto-conhecer-se. Reforce seu poder interior.
Preserve a sua paz de todas as investidas, mesmo que venham enfeitadas de
lisonja e aparente positividade.
A sua paz é
a maior riqueza que possui. Ninguém a
poder destabilizar sem sua permissão .
Vai ao seu santuário e reformula-se. Reorganiza-se.
Reforça o diálogo consigo mesmo.
Convicta e
até gentil , passa imune no meio da guerra e da confusão mental de quem
pretende contagiá-lo e contornar a questão para levar até ao fim o seu
objectivo.
Preserve a sua saúde mental. Espiritual. Artística
e consequentemente a saúde física receberá assim grande beneficio.
E como se define
no preâmbulo da Constituição da Organização Mundial da
Saúde: saúde é um estado de completo bem-estar físico, mental e social, e
não apenas a ausência de doenças.
Virando se mais para o seu interior, não se deixando embalar
pelas ilusões da externalidade, esta passará ocupar o lugar que lhe compete e nada
mais.
Afinará
a sua vida por um modelo feliz e saudável no meio da maior borrasca.!
Lucinda ferreira
30.janeiro 2014
linamre7@gmail.com
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* Julian B. Rotter em 1966 em
seu artigo "Psychological Monographs".
Locus significa lugar em
latim. Neste sentido, caso uma pessoa tenha um locus de controle
predominantemente interno se sente mais no controle de sua própria vida e
sucesso, exigindo mais de si mesmo e se concentrando no que pode fazer por
conta própria para lidar com os problemas atuais enquanto uma pessoa com locus
de controle predominantemente externo sente que fatores externos tem um
controle maior na sua vida, exige mais dos outros, tem uma maior depedência
emocional e funcional e são mais afetadas por críticas e elogios.
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