F U S Ã O
foto da net |
Eu sou o rio
Por onde deslizas
De mansinho
Lembrança que derramas sobre todas as
coisas
Rumo à eternidade
Deixas impressa a minha imagem
Como um sinal do teu amor
Vais num barquinho
Canoa
Doce labor
Brisa suave entoa
A canção do vento
Vinda até mim
P’la força do pensamento
À tardinha
O canto da negra ave
Se abre num lamento
Pendurado no ramo da saudade
O tempo indiferente
`
À gente que passa
É laço de liberdade
O rio começa a engrossar
Recebe novo afluente
Reparo agora
Continuas rio fora
Já não sou flúmen
Sou mar…Mar…Mar
Insistes. Avanças. Repetes.
“É nele que me quero afogar!”
Grita teu coração
Perco-me dentro do teu ser
Do teu primeiro olhar
Inevitável fusão.
foto da net |
Coimbra, 18 de Janeiro 2014
Lucinda Ferreira
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