Ausência
Da fímbria
da lua
Escorreu uma
lágrima
Azul...Triste.
Quando a
porta se fechou
E tua
partiste.
Réstia
de sol
Pintou o
rosto do jardim
Envergonhada
aninhou-se num cantinho
Escondida dentro de
mim.
O sol desfez-se
nos lábios da noite.
Nasceu a chuva
miudinha
Árvores que choram …Emudecidas
Vento fustigador
Sombra que foge assustada
Encerrada
alegria. Porta fechada.
Tudo ficou
por dizer. Por arrumar
Quando voltares
Será de
novo madrugada
Vens carregado
de sonhos. Vazios. Dores. Cansaço.
Cheia de
recordações está tudo que deixaste
Dos lábios em flor
Para te cobrir de beijos
Renascer . Descansar.
Da longa
viagem. Entre sangue e suor .
Jovem. Mãe
ternura que não morre
Filho. Fruto
e flor
Regaço
vazio
Volta
A casa
cheira a rosas e rosmaninho
Nunca se apaga
o caminho do meio.
Do
regresso. Homem menino
Quando se
esconder alguém
A harmonia
do primeiro dia
Acolhimento
no seio.
Mãe.
O céu rasgado
ao meio
Espreitando pela fresta da vida
Ave de mil cores gorjeio que enternece. Nunca esquece …
É sempre madrugada.
Da fímbria da lua. Escorre uma lágrima tímida.
A porta fechou-se e tu partiste.
Despedida.
Até a noite ficou triste.
Até a noite ficou triste.
4 Janeiro 14
Lucinda Ferreira
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