quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012
VEDE COMO ELES SE AMAM...
“Vede como eles se amam”
Escreve se por variadas razoes.
Escreve-se pelo prazer de comunicar e também na esperança de poder levar algo de bom aos leitores.
A sementeira é feita com amor. Quem colhe fará o que a sua consciência lhe ditar.
A semente pode cair em boa terra ou entre pedregulhos.
A palavra é lançada ao vento, com amor.
Quem a colhe, interpreta conforme aquilo que é.
Qualquer leitura nunca é objetiva.
Cada um lê a partir do que transporta em si.
Assim, para uns o mesmo texto é magnifico . Para outros é indiferente. Para outros ainda pode haver má vontade e crítica acérrima.
A estética da recepçao é isso mesmo.
O assunto de hoje é melindroso. Doloroso.
Tive a sorte de ter Deus no meu coração , desde o ventre daminha querida Mãe que muito amava o Criador.
A minha formação durante toda a adolescência foi nessa linha também com religiosas de S, Jose de Cluny.
Por isso sempre fui levada por um grande idealismo, a acreditar. A confiar. A aspirar a viver em amor. A sentir que a Amizade era possível. Que aquela passagem que identificava os cristãos era mesmo para se viver…“Vede como eles se amam”.
Essa atitude identificava os primeiros cristãos.
A indiferença. O egoísmo. O isolamento entre pessoas que comungam à mesma mesa, seria coisa impossível de se verificar.
Acredito , que onde haja caridade e amor, aí habita Deus.
Mas…será isso o que se vive entre os cristãos dos nossos dias? Nomeadamente entre católicos?
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A Bíblia diz: “Examinai tudo e retende o Bem”.
Na ansia de conhecer, procurei perceber , sentir, que poderia haver caminhos espirituais diferentes do meu, muito válidos. E num experiencia ecuménica, não será o que devem fazer todos os crentes?
Tenho amigas budistas que conheci na China. Maometanas com quem convivi em Tetouan. Evangélicos de diferentes denominações.
Participo respeitosamente nos seus actos de adoração, quando sinto que aí há sinceridade.
No entanto, a minha opção foi feita há muito, a partir do encontro em que Jesus Cristo, o Filho de Deus encarnado, falou tao forte no meu coração, que Ele se tornou a minha âncora segura , para sempre!
As Suas palavras são verdade e vida e é Ele quem nos diz:”
“ Este é o meu corpo. Este é o meu Sangue, fazei isto em memória de mim”
Haja o que houver, na nossa maior miséria espiritual, as suas Palavras permanecerão. Ele estará entre nós até ao fim!
E é por esta razão, que quando ouço irmãos da igreja católica a chorar de tristeza pela indiferença, egoísmo, incoerência, má língua , superioridade e vaidade que e verifica entre a comunidade, me dói a alma .
Reparei por exemplo, no Canada e nos USA , nas igrejas cheias que frequentei, o sacerdote estava sempre `a entrada e á saída da Igreja, cumprimentando todos. Tratava-os pelo nome,. As pessoas ficavam sempre conversando umas com as outras quando terminavam as cerimónias bem participadas. Os irmãos trocavam sorrisos quando não se conheciam , mas todos se saudavam com simpatia e delicadeza. Viviam o que professavam.
E entre nós, como é?
Escuta-se a Epistola de S Paulo, aos Coríntios, cap 13, que fala do amor. Imediatamente se esquece. Entra por um ouvido e sai por outro . Tudo é rotina. Moleza. Indiferença…sei lá que mais…
Bem disse Deus, que os mornos Ele os vomitava. Mas então , como obrigar alguém a sentir e praticar o que diz professar?
Não há uma palavra de consolo ao vizinho. Um sorriso que nada custa. Uma palavrinha de bondade. Tudo duro. Tudo ferro . Será que são corações de pedra?
Sri Chinmoy diz: ”Lutamos (somos indiferentes, egoístas, mauzinhos), porque profundamente, dentro de nós, há desarmonia, medo, ansiedade e agressão Quando em nosso íntimo houver paz, alegria, plenitude, satisfação, todas as guerras cessarão”.
E estas mudanças não caem do céu, mas quando se vai a à Igreja , presume se que se quer mudar. Isto se não houvesse tanta hipocrisia , rotina, ignorância , já se vê.
Não é por se estar sempre na Igreja, que se muda . A mudança é de dentro para fora. O resto são gestos vazios. Fugas. Ou qualquer outra coisa.
A fé faz se com gestos muito simples, nascidos na alma humilde . Cheia de amor. Solidária.
A alma sabe que não tem que ajudar outrem .É preciso sim, aceitá-lo, servindo o no que precisar, como irmão.
Quem ajuda, acha se superior. Quem serve , sente que o outro é seu igual. O que faz , faz por amor e não para se sentir bem, como fuga ou como ocupação do seu tempo.
Por testemunhos tristes, vêm as criticas , dizendo que os que vão à igreja são piores do que os outros.
Acho que não, porque se lá não fossem ainda seriam piores. Quem sabe?
“Vede como eles se amam” tem que ser o termómetro para avaliar se estamos no caminho da coerência ou se tudo não passa de gestos vazios de sentido.
Tudo hipocrisia nua e crua!
Por vezes, o convívio fraterno nas igreja Evangélicas é lição a seguir.” Vede como eles se amam…”
A experiencia de unicidade ajuda .
Convictos de que fazemos parte de um todo no universo e na Igreja. O corpo da Igreja somos todos nós!
No nosso corpo, se magoamos o dedo mais pequenino do pé , todo o corpo sofre.
È assim também na comunidade.
Quando se magoa alguém , ou trata com indiferença um irmão mais só , mais pobre, mais triste , em aflição ( que ninguém conhece ,nem quer conhecer (!!!!...) todos os outros são afetados.
Do mesmo modo , cada vez que alguém sobe o nível de amor, todos beneficiam .
A Palavra de Deus não pode ser letra morta.
Cada um sinta o outro que está ao seu lado sem preconceito. Interesse se de verdade por ele. Nem que sinta nojo ou se sinta superior ao outro, nem que não lhe ligue, ele é seu irmão.!
Isto não é uma fantasia ,amigos!
È urgente o perdão.
Perdoar a si próprio por tanta indiferença. Vaidade . Distancia. Incoerência. Descer do pedestal. Assumir ser cristão de verdade .Deixarmos de ser fingidos. Indiferentes. Hipócritas.
Leigo liderando grupos religiosos , não mostre que é dono de Deus. Isso é constrangedor. Servir com amor é coisa diferente.
“Vede como eles se amam” tem que ser o termómetros para mim.
Para si.
Para todos os que se dizem cristãos . Tirar a máscara. Esforçar se por combater a sua ignorância. Incoerência.
Escrever no coração a fogo, esta frase e questionar se a cada momento :
“ Vede como eles se amam” e eu com estou amando a Deus?
O meu irmão?
Sim. A Bíblia diz:
“Todo aquele que diz que ama a Deus e não ama seu irmão, é mentiroso”!
Não sou eu que digo…
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Bonito texto! Beijinhos
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