Ontem, uma das minhas amigas ofereceu-me um chá em sua casa.
Aquele chá parecia algo divino!
Era o famoso chá príncipe , é verdade ,mas naquele dia, o aroma, o sabor, a alegria de estarmos em paz, deu-me uma sensação de sabor e prazer que antes nunca tinha experimentado.
Mas o mais interessante, á noite, ao jantar com o meu Filho , uma simples tosta com um pedaço de melão bem doce e madurinho, teve também um sabor, o mesmo aroma que sempre tivera , mas que me tocou particularmente.
E pergunto-me se isto não tem a ver com a atenção que a vida nos traz com os anos...Penetramos com mais dados e com uma atitude de atenta gratidão, no coraçao da vida. Ou será que é o momento que dá graça a tudo que nos rodeia?
E depois recordo a cena do chá de Marcel Proust em que as sensações se encadeiam e rolam em catadupa.
De facto é que sinto que este bem estar resulta do mesmo fenómeno de estarmos vivos, que tudo é dom e que tudo à nossa roda é motivo de gratidão.
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