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quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

NAMORO


Na minha casa moram quatro gatos, todos castrados,mas o assédio é tanto nas janelas ...que chegam a estar dois machos do lado de fora , dias inteiros à espera que as meninas saiam...mas elas não saem...

É a Lila, a mais velha, a Katita e Katitinha e ainda o Tito muito mais calmo...grande . Grande. ..dorminhoco ,mas que às vezes também corre atrás das meninas, mas só para brincar ou para lhes bater...descarregando seus instintos de macho frustrado...talvez...

Então os diálogos são permanentes..até cheganm a cansar.

Reparo que é sempre o mesmo gatarrão que fica no telhado em frente , à espera de algum descuido da dona das meninas...

Há muita fidelidade entre os animais. Têm verdadeiros rituais de ternura e de encontro , sempre com o mesmo macho e vice versa.

NAMORO

O gato riscado
Enamorado
escondido
Agachado
espreita ...espreita….
a um canto do telhado.
Noite e dia
A gata preta
Azougada
Fugidia
Cá dentro fechada
Protegida
Inquieta
Manhosa
Não pára!
O guiso toca…toca…toca…
Dengosa
Solta trinados
Repenicados
Nunca antes ouvidos
Que gritos
Picos!
Mia…mia..mia…
Sem parar
Uma fresta
E...e lá vai ela
pela janela
Namorar
O gato riscado
fiel
Enamorado
Escondido
A um canto do telhado


Fica consolado.
12.Janeiro 2011

domingo, 9 de janeiro de 2011

Despedida


Ao ver o tempo passar tão rápido, sabendo que não volta mais, senti vontade de expressar esta nostalgia ,mas com a certeza de que somos eternos e apenas mudamos de estado, como o actor muda de roupa
Espero que assim seja mesmo, visto que tudo é mistério,nesta dimensão.
Despedida

Despeço-me de mais um dia
Despeço – me
Da vida que passa
Não volta mais.
Espreito a noite
Da minha janela
E… fico a olhar para ela
Parada
Tranquila…
No céu distante
Para o outro lado do mar
Grandes castelos negros
Rendilhados
De rosa brilhante
Luminosos
Espreitam lá ao fundo
No escuro
Movem-se sem parar.
Do outro lado
Um monte
Vales
Adormece o mundo
Pontilhado
Luzes mortiças
Espalhadas no horizonte.
Neste fim de dia
Anoitecia
Já contava
Esperava
Até sabia!
Construo
Jogo
Insisto
Brinco
Com as palavras
Amigas
Disponíveis
Companheiras.
Sondo a noite já em casa
Promessas
Ideias
Até que adormeça
Anjos. Nuvens
Fofas
Voam sobre a minha cabeça
Madrugadas
Sempre novas
Vivas
Renovadas
Auroras
Esperança
De um tempo que passa de mansinho
Devagarinho…

Ameaça
Partida
Saudade
Despedida de cada instante
este estar manso
dentro do tempo
sem espaço
eterno
distante
fundo
viva de verdade…

quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

Noitesem fim...







Noite

A dança do vento
Lamento
Lento
Denso
Tenso
Balouça pela noite dentro.
Noite sem fim…
O céu abre-se em som
Assim…
Forte
Ora distante
Ora sobre nós
Aqui ao lado
Riscado
o horizonte
Abre-se em frestas de luz
Engolindo
A noite sem fim…
A chuva bate forte na vidraça
Ameaça
Torna a bater
Insiste
Bate mais forte
ligeira
Vinda do Norte
É fria
Gelada
Olho os luzeiros em frente
Ãli, vive gente
Quiçá assustada
O vento resiste
Bate na minha janela
Lembra
Que está lá fora
E eu…
Deixando a vida passar
Agradeço a dança do vento
Lamento
A chuva na vidraça
Ameaça
Sei que tudo passa

Sou eterna
Inteira
Semente
Pedaço de vento
Gota de chuva
Raio de sol
Átomo de luz
Tudo e nada
No Universo imenso
Convulso
Que nunca acaba !!!

quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

Ecos ..poema de amor incondicional






Ecos


Longe do oceano
Abro a minha janela
Ouço o marulhar das ondas
Eco verde
Inunda todo o meu ser
Ramaria em festa
Alegria
Sonhos de viagens
Planeta de luz
Entra de mansinho
Na minha vida
Repartida em pedaços
Pelo coração de todos os que amo
E são muitos…
A Humanidade inteira!
Ecos…
Lucinda ferreira 5.jan.2011

quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

Para vos desejar boa Festa de fim de Ano


Sou eu mesma q venho desejar vos uma festa tao feliz quanto esta q apresentei em Setembro de 2009
Rão Kyao e o Coro dos Antigos Orfeonistas em Coimbra

POEMA por Lucinda Ferreira


POEMA por Lucinda ferreira




Dos beijos
Que eram beijos
Nasceram flores…
O sémen
Tornou-se fruto!
O amor rompeu
A escuridão
Do tempo e da dor.
A seara floriu
O trigo já é pão!
Escondeu-se.
Arca sagrada
Mora no meu coração.

quinta-feira, 23 de dezembro de 2010