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sexta-feira, 12 de julho de 2019

Chicago, Jazz...





 tds igns da net

Chicago




                                      Provocas-me demais!

                                     Arrasta- me a Chicago...
                                         Nova Orleans. 

                                              Brooklyn
                            Ritmo frenético.Desengonçado.
                                               Improvisado.

                                                Ora negligé

                                               Ora arrebatado

                                            Aplausos pelo meio

                                                  Sem regra.

                                                 Grito interior.

                                                  Consonância.

                                         Teclas de piano soam fortes

                                                    O sax ouro. Metálico.

                                                     Dá gritinhos agudos.

                                       A voz rouca de um outro Amstrong

                                          Toca as fibras mais íntimas

                                                     Ossos estremecem

                                                 Rostos negros brilham...

                                                          Na noite...

                                               Tudo vibra em uníssono

                                                   As paredes tremem.

                                                         Pulsam
       
                                       Palmas cortam a festa que avança

                                              O saxofone agora é suave

                                                     Dilui-se por dentro

                                                      A mínima distracção

                                                             Nuvens de requebro

.                                                                    .. ao máximo

                                                           A música avança

                                                       Adolphe Sax no ápice

                                                               Da Construção.

                                                                        Recordação.

                                                      Êxtase inominável

                                       Quando voltam embriagados

                                  O Sax morre nos últimos acordes
                                            Medida do sentir exacto
                                                     De cada um de nós.
                               ..Tão alto e tão longe

Jazz, eu te amo!
9.Julho 14
Lucinda Ferreira

quinta-feira, 4 de julho de 2019

O tanque de Betesda

O tanque de Betesda
imagens da net

Amor, compaixão e preocupação pelos outros são verdadeiras fontes de felicidade.Dalai Lama






·      Será que o sentido de Justiça é algo inerente ao ser ao humano?

·      Será que ela funciona melhor ou até só se pretende que funcione bem, quando somos os visados dos resultados da mesma?

·      Será que a Justiça carrega em si uma força que nos leva a agir, ou o egoísmo e a alucinação a apagam completamente das nossas vidas?

·      Compaixão ( = sofrer juntamente COM o outro), um grau acima da Justiça, será real para toda a gente, hoje, no mundo inteiro?

·      Nesta minha reflexão, ressaltam estes dois conceitos que obrigatoriamente nos põem em questão a todos nós, hoje e sempre e em toda a parte do Planeta!

·      Acredito e sinto que há muita gente desinteressada, aquando da prestação de socorro. Atenta. Condoída com o sofrimento do outro:

·       Ao processo de abandono dos mais velhos.
·      Os isolados e ignorado pela sociedade.
·      Aos indefesos – crianças, velhos, sem abrigo, doentes por adição e as mais diversas formas de dor, isolamento profundo inimaginável, por quem ainda está bem.

·      …E os filhos e familiares que “metem” os velhos descartáveis, abandonados, isolados, doentes, carecidos de carinho e amor, num estaleiro de morte em lares e que nunca mais visitam (!!!!). Igualzinho à velha prática, abandonar o pai na montanha para aí morrer, sem incomodar ninguém.

·      Humanos indiferentes passam de longe, para não verem sequer mágoa ou aflição do outro, será têm que se questionar?

·      Homem algum é uma ilha. Dependemos, de todos os modos, do esforço do outro: na comida, no vestir, na saúde, na limpeza, informação e na prestação dos serviços mais diversos, está de acordo?

·       Será que o dinheiro paga o esforço e até sacrifício, por vezes, do prestador de serviço?

·      Ora a grandeza do Humano justo. Lúcido. Grato, tocado pelo sofrimento do outro, espelho do que obrigatoriamente lhe acontecerá ( quem semeia, colhe), é um sinal de inteligência e de integridade!

·      Se todo o excesso denota carência, questionamo-nos:

·      Será então que cultivar a compaixão…
·       O amor…
·       A atenção, para  o silencio sofredor dos que sabemos isolados e necessitando de um palavra…
·       Um sorriso…
·      Um pequeno gesto solidário…
·       Uma pequena ajuda…
·       Um pouco de companhia…
·      Algo tão simples a romper, com urgência, a cadeia do egoísmo feroz e leviano, enquanto temos tempo (…), valerá então a pena?

·      Amigos, será que nos deixará uma sensação de leveza, alegria, bem-estar, por termos sido úteis?

·      Uma atitude diferente de não individualismo. Não fechamento, diferente de cruamente só “olhar para o seu umbigo”, será que traria uma sensação de felicidade para todos?

·      Experimentar a alegria da partilha, vale a pena. Aos poucos, verá que muitos dos seus males se desvanecem…
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·      Deixo um episódio de há 2019 anos, passado em Jerusalém, numa ocasião de festa dos Judeus, perto da Porta das Ovelhas, junto do tanque de BETESDA, que nos abre caminhos…

·      Exemplifica 2 posturas, perante a desgraça do outro, que pode até vir a ser a nossa no futuro…

·      Junto do tanque de Betesda, estendia-se uma multidão de aflitos doentes. Cegos. Coxos. Paralíticos, aguardando a movimentação da água, pelo Anjo do Senhor, trazendo a cura, para qualquer doença, ao primeiro que nela entrasse.

·      Ora, estava lá um paralítico que sofria há 38 anos! Aguardava alguém compassivo que o ajudasse, pois nunca chegaria a tempo, dado que não podia andar!

·      Tal, como hoje, todos passam apressados, pensando nos seus problemas, sem sequer olharem para os mais sofredores, pois há sempre seres muito piores do que nós…

·      Eis que Alguém que penetra o invisível e conheceu o valor do sofrimento, pois o vivenciou, como nós, até à morte mais cruel e injusta, se compadeceu deste infeliz abandonado por todos. 

Perguntou-lhe: 
“Queres ficar são?”

·      O paralítico, que nunca sequer fora notado,  respondeu:

·      - Mas sozinho não consigo…

·      Então, ouviu de novo:

 “Levanta-te. Toma o teu catre e anda”.

·      Acreditando, o enfermo de imediato, confiou. Obedeceu. Levantou-se e andou!

·      Complicações aconteceram de seguida, devido a esta cura cura (…).

·      Mas interessa sim, perceber que não sabendo ele quem o curou, mais tarde se cruzaram e esse Alguém que o curara lhe recomendara:

“Foste curado.
 Não voltes a pecar, para que não te aconteça algo pior.”

·      Ora de todo este episódio e das diferentes atitudes que constamos. Do significado profundo do acontecimento, muitas lições podemos tirar.
·      ……………………………………………………………………
·      Era isso que hoje tenho a alegria de partilhar com quem me lê, na certeza de que alguns corações e almas captarão o alcance do digo, sobre indiferença.

 A compaixão.

A mudança necessária para se poder evoluir.

·       O Amor e o Poder de Alguém que tudo conhece, hoje e sempre, quando acreditamos e confiamos num poder Superior, sempre disponível para socorrer todos.

 Em qualquer parte.

 Em cada momento que passa…

·       Oxalá, saibamos aproveitá- lo…

·      Tenha compaixão, ajude os seus companheiros em qualquer oportunidade. Se a oportunidade não surge, saia do seu caminho para encontrá-la. Código Samurai


 im net




Coimbra, 4 de Julho de 20\19
Lucinda Ferreira


·       

terça-feira, 25 de junho de 2019

CULPA OU DESCULPA?



Culpa ou desculpa?
imagens  net

Culpamos as pessoas das quais não gostamos pelas gentilezas que nos demonstram.




A culpa é destruidora. Concorda?

Mas de onde nasce a culpa? Do ego!Jamais do Eu Superior.

E por que razão ela emerge, brava e demolidora?

Quem sente a culpa está sempre onde não está.

Está num sítio a fazer algo e sente que devia estar a fazer algo bem diferente, noutro local. Daí, sentir-se culpada. Está sempre em conflito. Tensa. E… também não deixa relaxar quem está por perto.

Sofre muito e culpa os outros de também não fazerem o que deviam.



Se eu tenho que trabalhar tudo em casa, quando regresso do trabalho, para trazer dinheiro para casa, o meu marido também tem que me ajudar.
Se eu não posso fazer o que gosto, por que será que A ou B, na minha família, pode estar sempre ausente, para o que lhe dá gozo e alegria?
 E se  às vezes, me   apetece descansar e não posso, por que será que o outro está sempre no telefone ou a ver televisão ou a jogar?…Enfim um rosário de queixas.

E perguntamo-nos:

Por que será esta exigência tão apertada, contínua, para connosco mesmos e para com os outros?

A culpa não dá tréguas, nem um momento de relaxamento. Não permite que se olhe para si própria. 
Não permite que a pessoa evolua. Não permite que se viva em paz.
Arranja sempre motivos para atormentar a alma.

Reparemos :
1.    - “Ai que devia ter feito …aquilo… e não fiz…
2.  – Não devia ter feito, dito tal coisa…
3.    Ainda não consegui realizar tudo o que  eles estão à espera que eu faça…
4.  Ai que tenho que ajudar A..B e C e ainda não fiz nada por eles…
..e muitas outras situações em que o ser se culpa .

Se pensarmos bem, descobrimos nesta culpa algum orgulho. Presunção.

Senão, vejamos:
·     Quem somos nós para nos acharmos tão insubstituíveis e importantes?
·     Será que o mundo avança sem nós?
·     Quem sou eu para julgar que a vida sem mim nada vale?

É verdade que, por vezes, as pessoas têm necessidade da nossa ajuda.

É verdade que temos que partilhar todos os nossos dons e nisso somos recompensados infinitamente, quando o fazemos sem esperar qualquer retribuição.
 O Universo espia as mínimas coisas e retribui cem por um…

É verdade que as pessoas desejam ajuda, mas…há um limite por duas razões:

·     1.ª Porque a própria pessoa carenciada, consciente ou inconscientemente, escolheu essa situação para evoluir e crescer! 
Só através  da procura de solução podemos evoluir. o indivíduo pode precisar de um empurrão, mas até certo ponto.

 O extremo cuidado, nessa ajuda, pode ser prejudicial.

·     Além de que cada um de nós tem muito muito que fazer no seu crescimento contínuo e permanente.
 Isso é tão urgente e importante, como a situação de emergência do outro. 
Isto não é egoísmo, mas responsabilidade atenta.

·     Temos que aceitar, que qualquer tipo de dependência é uma prisão!

·      E a CULPA é uma prisão permanente de alta segurança!

·     Quando alguém se conecta consciente e livremente com o UNIVERSO, a leveza e a liberdade emergem em luz, nas nossas vidas, em todas as circunstancias. Temos essa certeza.
.....................................................................................................Deixo uma questão em aberto:

Será a “senhora dona culpa” uma tentativa inconsciente, nascida no facto de alguém se querer tornar poderoso e imprescindível?

Estou firmemente convencido que só se perde a liberdade por culpa da própria fraqueza.
Se alguém trai você uma vez, a culpa é dele. Se trai duas vezes, a culpa é sua. Eleanor Roosevelt
imges net



 Coimbra, 25.6.19
Lucinda FERREIRA





quarta-feira, 19 de junho de 2019

Humilde, eu?!


Humilde, eu? 

O topo da inteligência é alcançar a humildade. Textos Judaicos


·  Há quem não ligue à sua evolução interior.

 Outras pessoas sentem que vivem para evoluir. Partilhar, tudo o que o ajude a elevar o padrão vibratório do Universo, pelo aperfeiçoamento do seu ser, cada vez mais feliz, sendo mais consciente.

·     Há dias quedei-me a pensar a diferença entre humilhar-se… 
Humildar-se.
 Arrogância intelectual e por aí…

·     Há quem diga zangado.  Irritado:
·     ” Ele humilhou-me francamente, mas levou o troco”. Ele tratou-me com altivez e desdém fazendo de mim, gato-sapato”.

·     Há quem confunda humildade com estatuto social. Com bondade.Com virtude.

·     O contrário de querer mostrar-se, para alimentar ego ou para se convencer a si mesmo, que é mais do que os outros. Narcisismo.

·     Nada disso, afinal.

·     Os desvios da humildade têm a ver unicamente com a falta de autoconhecimento.

·     Humilde é reconhecer as suas qualidades e defeitos, com simplicidade.

·     Quem conhece os seus pontos mais fortes e os seus pontos frascos que têm que ser corrigidos e trabalhados, essa pessoa é humilde.

·     No fundo, é simplesmente reconhecer quem realmente se é! 
Cada um é o que é.

·     Ninguém tem poder de humilhar quem quer que seja, desde que o próprio se conheça e saiba qual é o seu papel. 

Função. Quem se é realmente. Deste modo, ninguém pode humilhar quem quer que seja.

·     Se alguém grita a outro, ou mostra superioridade e nariz empinado, é o seu problema. 
O outro nem dá por ela.
 Nem repara, pois sabe bem que o equívoco não é seu.
 Não reage, nem presta atenção, naturalmente, pois não se sente ofendido/a. 

Daí, não dar poder a quem quer ofender, é a solução natural de quem está reconciliado consigo mesmo.

 Com os outros e com o Universo.

·     Quando algo abala outrem, falta a humildade a quem se sente ofendido simplesmente, pois não se sente dono de si próprio!

·     Portanto a partir de hoje, saber que humildade é trabalhar na sua segurança interior, dá muita paz.  

Reconciliado. Sereno.

 O sinal para saber se  já alcançou este grau de maturidade, é pensar se alguma vez alguém, já alguém o humilhou…

·     Aí, a luz vermelha acendeu.

 Você tem mesmo e com urgência, trabalhar a sua humildade!

·     Não há confusão possível.

·     Respeitar os seus limites. 
Nem lá em cima, pensando que é mais do que os outros. Nem um desgraçadinho, derrotado/a.

·     Com autoconhecimento assumido. 
Responsabilidade.
 Trabalhar sempre nesta maturidade equilibrada e genuína resolve toda e qualquer confusão.

·     Apenas ser você mesmo.
 Único. Autêntico.
 Irrepetível,
 pois não há clonagem possível entre os humanos, felizmente!

·       A humildade é a única base sólida de todas as virtudes.Confúcio 

img net
Coimbra, 19.6.19
Lucinda Ferreira