Powered By Blogger

segunda-feira, 23 de julho de 2012

Comentário


LUCINDA, LI O SEU POEMA E QUERIA DEIXAR O MEU COMENTÁRIO NO SEU BLOG, MAS NÃO CONSEGUI... COLOQUE-O LÁ., pf 
 OBRIGADA



 

Olá, minha talentosa amiga. Gostei mesmo das suas palavras que lhe brotaram da alma.
 Bem sei o quão ávida e ao mesmo tempo resoluta é em procurar o CAMINHO DE LUZ centrado em JESUS!
Muito me surpreende por toda a sua riqueza interior.

 Continue nessa sua procura de uma eterna aprendiz, de quem já muito ensinou e que continua a ser uma eterna pupila de todo o bálsamo consolador das fragilidades da nossa natureza humana...
 "Sois grandes quando vos fazeis pequeninos": Senhor Deus, fonte de Bondade e de Amor Indizíveis, abre à humanidade os olhos do espírito e santifica-nos com o sangue Redentor de Nosso Senhor Jesus Cristo e abençoa todos aqueles que procuram o Caminho, a Verdade e a Vida que ÉS TU e SOMENTE TU!
Viva Jesus!
Beijo amigo,

                  Maria

sábado, 21 de julho de 2012

Amar a vida


AMAR A VIDA

Amar a vida.
Sentir...Sentir...Sentir…
Até já não haver mais dor
Alegria. Saudade. Mágoa. Tristeza.
Para processar.
Despida de tudo
Até já não poder ir mais fundo
Amar.
Amar a flor a abrir
Amar o chilreio da ave acabada de nascer
Amar o Planeta Terra nossa morada amiga
Como se fosse uma despedida.
Ver as nuvens a correr
 Anoitecer…
Sentir a manhã que desponta
No vale cheio de vida
Verde esperança a cantar
O Sol que se eleva no horizonte
A água da fonte a correr
Contar as estrelas do Céu indigo
As formas das nuvens acontecer
Ora branquinhas como algodão…Arminho
Ora pesadas. Pretas. Escuridão
Sentir …Sentir…Sentir
Gratidão por mais um amanhecer.
Sentir saudade de mais um dia que passa
E não volta a passar!
De uma abelha a zumbir
Sentir…Sentir…Sentir…
Estar disposta a sofrer
Para ser
Diferente. Indiferente
Ao que possam comentar. Dizer.
Saber que estou só
Viver intensamente o aqui e agora,
O presente.
No mais secreto do meu interior
Onde mora um DEUS MAIOR
Num santuário sagrado
Antes abandonado
Hoje conscientemente habitado.
Nesse palácio de vidro. Transparente
Chorões de alegria caem em cascatas de Luz
Aí, onde mora a Pai de mãos dadas com Jesus.
Antes não sabia. Nem imaginava
Há quanto tempo me esperava
E chorava por mim
Esta casa abandonada.
Que eu buscava, mas…da qual fugia assustada.
Pensava não a merecer.
Vivia entre ruinas. Desconforto. Medos.
Por não conhecer o mistério. Encanto. Segredos
Desta história de amor verdadeiro.
O primeiro.
Mesmo antes de eu existir. Nascer.
 Hoje, aos pés do meu palácio azul
Corre o silêncio, doce ribeiro.
Mergulho nele todos os dias
Sentir…Sentir…Sentir…
Sem tempo … nem espaço.
Enchendo de paz tudo o que faço.
Cor. Sons. Formas. Diálogos vários
Que acolho,
Num fundo e amplo regaço.
Fores de murta
Abriam em minhas mãos cansadas. Magoadas. Abandonadas.
Hoje
Renovadas. Reinventadas. Cheias de promessas.
Do Céu desce
 Um fio de água sem nome, a saudade.
Desaguando no mar imenso do tempo
 Até ser amanhã
Até ser eternidade.
                                                               Coimbra, 21 de Julho de 2012
                                                   Lucinda Ferreira




sexta-feira, 20 de julho de 2012

COMO É BOM VOAR


                   Como é bom voar!





                         Alegra-me
Ouvir a cigarra a cantar
Sentir a brisa fresca
Na minha cara roçar
Sorrir
Ao escutar o passarinho
No ninho
Nas flores do meu jardim
À espera da mãe
A chilrear.
As gatas
Afadigadas
Na janela a espreitar
A ver se o podem caçar.
Aflita
Vou a correr
Defender
Inocente fragilidade.
Luta desigual Predador animal
Cruel, mas sem maldade.
Aguardo ansiosa que da ave
Cresçam as asas…
A rosa cheirosa…Indiferente
Alheia ao perigoso ambiente,
Perfuma sem cessar.
Neste embaraço, o tempo passa devagar…
Aperto o laço para a gata não saltar!
Pia o passarinho a chamar a mãe para comer
Para poder voar.
Sobreviver.
O vento balança o ramo do roseiral
Caem das rosas pálidas
Pétalas no quintal.
Rezo baixinho
Pela vida do passarinho.
Desfaz-se o encanto
Foge a ave ligeira
Para outras paragens, entretanto.
Sossegam os gatos na tarde cálida.
Abre e fecha o olho, relaxada
Descontraída …A gata amarela.
Ela sabe e sente, como gosto dela.
 Do sonhado banquete       
 Acabou o frenesim
Imaginado
Apetecível …Perdido
Esquecido.
Gostoso festim.

                               Cª. 20.7.12
                                           Lucinda Ferreira                                                                                                                                        





                                                                                           

quarta-feira, 18 de julho de 2012

VISITA


VISITA

Hoje,
Acordei à pressa.
A palavra
Crescia em meu regaço
Até já não caber mais.
O que era cansaço,
Ais…
Fez se festa. Visita antiga,
Esta!
O pão fez se espiga
O amor fez se luz
A palavra, amiga.
A saudade é um lírio roxo
Crescendo dia e noite
Sem parar!
A vida
Fez se esperança
Liberdade
Promessa
Segredo…
Dentro de mim,
Tudo se tornou flor.
Neste novo jardim.
Quando voltar para casa…
Voarei feliz
Sorrindo
Contente
Grata a toda a gente
Que cruzei
Amei.
Grata às palavras
Gentis
Delicadas.
Disponíveis. Coloridas. Sinceras .
Amadas!
Sonoras. Vivas. Puras. Nuas.
Trazendo cestadas de alegria
Em dias mornos de saudade
A vida fugidia. Dormente
Solitária. Sem gente…
Eis que a palavra sussurra
Mundos novos
Para eu organizar
Oferecer.
Enfeitar.
Vestir de sedução
Novidade gostosa
Rosa. Comunhão.
Cânticos de luz arrancados à Natureza
Brotando do chão
Cascatas de cor
Espreitam em cada flor
E a palavra dourada
Esconde se no meu peito
Muito a seu jeito, aconchegada
Até ser noite
Até ser de novo Madrugada.

                                                                                                 Coimbra, 18.7.12
                                                                                                    Lucinda Ferreira

Dádiva


Dádiva                       

                                                    Nasci.
Semeaste em mim
O amor
Em forma de flor.
Ela abriu
 Floriu
Germinou
Cresceu
Tornou-se filho
Dentro
Lá mesmo no centro
Ocupou
Todo o meu Coração.
Fez se árvore frondosa
…Rosa…
Raízes fundas
Presas à Terra
Do meu Ser
Ensinou-me a viver.
 Amarga-doce saudade
Escondida no peito
Amor -perfeito
A crescer...
Ofereço-o à vida …
Gratidão
 Alegria
Até ser dia
  Eternidade.
                                                                                 Coimbra, 18.7.12
                                                                                                        Lucinda Ferreira

quinta-feira, 28 de junho de 2012

Poema MODELANDO , Viseu 1976


         Modelando

Faço um Boneco

Fico feliz!

Aliso- lhe a cara

Depois o nariz.

Faço lhe a roupa.

 Visto-o a preceito.

Espalmo-lhe a mão

Ponho lha no peito.

Aliso o cabelo.

 Faço a feição.

Acrescento uma flor.

Ponha lha na mão.

Dou lhe mais força.

Fica de pé!

Ponho lhe um nome.

Chamo lhe Zé!

                                               Lucinda Ferreira, Viseu 1976