Querida
Belíssimo texto!
Que possamos cada vez mais nos conscientizarmos dessas verdades e deixar aflorar nossa essência divina.
Parabéns pelo belo texto!
Tentei várias vezes comentar em seu blog mas não dá certo. Não sei por quê.
Beijinho da Estela
Quando cai a noite…
Amamos a vida não porque nos habituamos com a vida, mas porque nos habituamos a amar. F. Nietzche
Aprendemos a voar como pássaros, e a nadar como peixes, mas não aprendemos a conviver como irmãos. Martin Luher King
Aquele que transforma em beleza todas as emoções, sejam de melancolia, de tristeza, prazer ou dor, vive na perpétua alegria. Graça Aranha
As piores coisas sempre são feitas com as melhores intenções. Oscar Wilde
"Se quiser aprender a amar, comece pelos animais; eles são mais sensíveis." (George Gurdjieff)
Na minha Rua dos Perfumes, existe uma fonte invisível de surpresas.
Um verdadeiro tesouro que só a alma consegue descobrir.
É que, quando não tenho tudo que amo, amo tudo o que tenho.
Assim, na minha varanda poente, debruço-me todos os fins de tarde, para espreitar o mundo.
È a lua redondinha. Cheia. Ora brilhante, ora minguante…
Formas variadas das nuvens conversam comigo.
Contam me de segredos que só eu sei.
Pasto para a imaginação cavalgar. Motivos diversos. Renovados sem nunca parar!
Aves livres. Imensas em bandos de liberdade, fazendo piruetas, brincando no ar, aguçam meu desejo antigo de voar…
Poentes para os lados do mar, ora tingidos do sangue fogo de mais um dia que se despede… Ora rasgados. Pincelados de mil cores em transição.
Sons da noite que cai de mansinho e se avizinha mais silenciosa e calma.
Os ralos e os bichinhos da saudade, como dizia a minha mãe, na minha infância , adoçam as sombras que vão caindo lentamente.
Os cãezitos distantes lançam no ar as suas vozes, ora atiçadas, ora carentes e magoadas.
Às vezes, as aves da noite lançam seus pios aflitos, agoirentos para alguns (…) no cocuruto dos eucaliptos imóveis e escuros.
E os meus gatos ciumentos e dedicados todos pendurados à minha volta, querendo toda a minha atenção…
E a noite cai docemente.
Aproveitando os restos de luz de mais este dia, reparo em frente á minha varanda poente, na casa abandonada com uma janela sempre aberta e um vidro partido na porta do cimo da escada.
Essa janela sem vidros deixa entrar e sair num movimento constante, um passarinho preto de cauda amarela que pia ...pia …sem parar.
Ora entra o pai passarinho, ora entra e sai a mãe .
Neste vai e vem, apercebo-me que aqueles sons que ouvira ao longo de todo o dia, carregam uma mensagem muito especial, seja ela qual for.
Durante todo o dia, esvoaçando pelos telhados vizinhos, lá mesmo nos pontos mais altos, os passarinhos preocupados, zelosos e responsáveis, parecem ter um propósito bem determinado.
A minha colaboradora, também ela atenta a este mundo que preenche a minha alma, já tinha descoberto que ali, na casa abandonada, havia algo muito importante para aqueles dois passarinhos atarefados: havia um ninho!
A primeira tarefa fora acarretar palhinhas e coisas muito fofas para a grande construção. Depois, a comida no bico para os meninos que rompiam os ovos a medo, lançando pios, despertando para a vida. Agradecendo quem sabe, aos pais dedicados, atentos e constantes nos cuidados.
Nunca ali faltava um dos responsáveis. Ora o pai passarinho, ora a mãe.
Assinalavam as suas presenças com aquela linguagem de passarinho que só eles conhecem, mas que de certeza transmitia calor e segurança.
Uma dedicação e cuidado sem limites.
Contrastava este instinto amoroso com uma notícia triste que se espalhava no éter, neste mesmo momento.
Falava do número e percentagem de abortos , praticados nos hospitais portugueses…
Felizmente também se falava na dificuldade em recrutar médicos para tais tarefas, devido á elevada percentagem de médicos objectores de consciência.
De facto ninguém pode escolher ser médico, para ser obrigado a matar!
Dizem que a população portuguesa está muito envelhecida, mas nada se faz para ajudar a nascer bébés com mães em dificuldade.
Será que matar é mais fácil? Fica mais barato? Que pena.
E são justamente as mães, cofres do amor (?!) , que contrariamente aos passarinhos , matam os filhos…
Triste, hein…
Até as aves do céu que vão desaparecendo pelo uso dos pesticidas e outras leviandades humanas agressivas e destruidoras do Planeta Terra, se admirariam e achassem impossíveis tais procedimentos em seres com sentimentos e inteligência.
São afinal, esses irmãos menores que nos dão lições de dedicação, trabalho e canseira, fé e superioridade, através de gestos instintivos. Amorosos.
Os tais que não lavram nem semeiam e todos os dias confiantes, se banqueteiam com toda a variedade de alimentos. Mas têm de os procurar. Trabalhar!
Do mesmo modo que os lírios do campo se vestem de cor, com vestes mais ricas do que as de Salomão.
Talvez a Humanidade tenha que recuperar rápido, esta postura de confiança, depois de ter hábitos de compaixão e respeito pela vida!
Na minha Rua dos Perfumes abundam as surpresas…
Um dia destes, vos contarei mais segredos.
Digo-vos hoje, em ar de desabafo:
Gostava de ser um pássaro!
linmare@edicomail.net
Para lá da Palavra…
É mais rico e tem mais,
quem precisa do mínimo.
Santo Agostinho
Podem roubar-nos tudo, excepto a última
das liberdades humanas: escolher seu próprio caminho.
Victor Frank.
Tenha Humildade, faça o Bem, trabalhe. Não tenha medo de errar, com humildade se aprende, fazer o bem atrairá o bem para você mesmo e trabalhando valorizará o suor de seu esforço para alcançar seus objetivos ...
Rodrigo Bentes Diniz
Certamente é dos que está bem atento à vida.
Quando algo acontece de menos prazenteiro, pára imediatamente e pergunta-se:
- O que foi desta vez, em que procedi menos bem comigo, com os outros ou com o Universo?
Já sabe muito bem que todas as nossas acções atraem consequências…
Distraídos. Ocupados. Fora dos eixos, mesmo quando pensamos que estamos ligados ao divino, estamos muito longe d’Ele. Práticas externas são apenas repetições sem sentido. Perda de tempo para nos enganarmos a nós e aos outros.
Lembram-se certamente daquela passagem do Antigo Testamento, em que o Senhor acordou três vezes Samuel, durante a noite?
Samuel pensava que era o sacerdote Eli que o chamava. Levantava-se e ia ter com ele.
Este respondia sempre que não o tinha chamado.
A terceira vez, Samuel percebeu que era o Senhor que o chamava.
- Fala , Senhor, que o teu servo escuta. - disse Samuel.
Só nesse momento se deu o ENCONTRO, embora Samuel fosse praticante assíduo no Templo, desde muito novo.
Deus chama a cada um de nós pelo nome, mas poucos escutam. Abafa-se a voz com medo do compromisso. Do trabalho que possa dar.
Perdem-se as infinitas compensações!
Responder à chamada não impede de viver. Vive-se mais intensamente. É a dimensão da Terra com raiz no Céu!
Só no silêncio, se poderá ouvir a chamada…
-João! Maria! José. Pedro...
- Fala, Senhor, que o teu servo escuta!
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Muitas pessoas têm o ENCONTRO, quando passam por experiência de morte aparente. A valorização das suas vidas, a-contece.
Aprendemos apenas por duas vias: pelo amor e pelo sofrimento.
Quando o amor incondicional não abunda, sobra o sofrimento.
Falo da minha própria experiência. Somos teimosos. Resistentes. Distraídos…sei lá, toscos. Imperfeitos.
Enquanto esse toque mágico, o encontro, no nosso íntimo não se der, é tudo rotina e gestos sem sentido.
Os pedaços da nossa alma perdidos e dispersos, pairam no ar e os nossos gestos têm apenas uma dimensão terráquea.
O Papa e profeta João Paulo II já dissera:
“temos muitos mestres e poucos evangelizadores”, justamente pelo vazio das nossas vidas cheias de palavras, mas sem o carisma do amor incondicional.
Isto é uma reflexão que partilho. Não critico ninguém. Cada um conhece bem a sua alma…E o misericordioso e bondoso Deus Pai do Universo ainda nos conhece melhor!
Ele acredita em nós. Mas para nós, é mais fácil acreditar n’Ele do que ter a certeza que Ele acredita em nós…Isso mudaria muita coisa.
Muitas vezes, gostávamos de fazer determinada coisa e não a levamos até ao fim. Nunca sentimos que alguém tenha acreditado em nós.
Acreditamos antes que os outros nos fazem mal. Que temos muito azar. Que tivemos culpa em tal desgraça que ocorreu nas nossas vidas.
Se percebêssemos que é a nossa energia que atrai tal acontecimento, porque estamos a precisar de vivenciar aquela dor para escolhermos a luz perante a densidade e passarmos ao nível seguinte, seria mais fácil.
Os tais “maus” são os “escolhidos” para nossos professores. Não lhe queiramos mal.
Nós não somos os bonzinhos. As vítimas. Tínhamos que passar por tal experiência. Precisávamos dela. É só para aprender a lição.
Não se trata de masoquismo, mas temos que ter presente que viver é aventura e gratidão. A vida dá-nos em cada momento, mil possibilidades de fazer tudo e mais alguma coisa. Temos liberdade. Viver é a possibilidade de evoluir. Crescer nos valores que nunca morrem e que trazem em si as sementes da paz e da harmonia!
A nossa alma é sábia. De facto, verificamos que enquanto fugirmos, negarmos e não enfrentarmos as situações, elas se repetirão vezes sem fim até aprendermos a lição. Pois!
Saldada aquela etapa, vamos a outra.
Cada dificuldade feita desafio, aguça as nossas forças desconhecidas antes.
E todos temos um bendito de um espinho que só próprio conhece.
É ele que nos livra do orgulho. Da vaidade. Da auto-suficiência e até da prepotência, algumas vezes.
No fundo, a gratidão é a única energia conciliadora de todas as situações.
Grata por tudo o que nos enche a alma de alegria e a Beleza está aí permanentemente à nossa porta, mas também grata pela dificuldade, fonte de reflexão e crescimento interior, é o segredo.
Absolutamente nada, nem pessoas nem coisas, nos pertencem.
Nascemos sem nada. Morremos sem nada.
Pelo meio a vida empresta-nos tudo!
Família. Bens. Realizações...
No final, partimos sem absolutamente nada de material, salvo o que demos!
È incrível, não é?
È que o coração e alma enriquecem não pelo que recebem, mas pelo que dão…
Vale a pena fazer silêncio e ter consciência de que somos um espírito a fazer uma bela experiência na matéria!