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segunda-feira, 2 de junho de 2014

Lembranças

Lembranças

Rasgo o coração da noite

Dedos mirrados. Encolhidos.

Trago as pedras da rua

Sangue escorre dos lábios das trevas

Insiste em abrir janelas

Portas. Portões. Frinchas do sentir

Nascem flores no caminho

Ai minha infância magoada

Meu tudo.Meu nada…

Minha dor dentro do peito

Escondida.Disfarçada.

Chorar nas palavras não ditas

Tanto para gritar!

Inventar a vida

Por dentro dos teus olhos

Que nem são meus

Segredos. Medos.

Tanto para contar,

                 ...Santo DEUS!
                          2014-06-02….Lucinda ferreira

9 comentários:

  1. Lembranças

    Um beijo roubado
    um olor a perfume
    um colo gostoso
    uma acha no lume.

    Um corpo negado
    uma alma aflita
    um ser magoado
    nos acasos da vida.

    João Roiz

    O seu poema (que inspirou o acima), embora com um ou outro verso menos conseguido, exprime bem o "fingir" poético que só a verdadeira poesia, na sua imanência, é capaz de traduzir.



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  2. Meu amigo :
    Gostei do q me enviou...
    A minha vida profissional foi na área das linguisticas e nas literaturas,mas observar e observar-se ..por vezes...fica mais dificil.Embora faça esse trabalho para os outros... Lembro me numa conversa que tive com Miguel Torga q habitualmente visitava ( tb fui aluna de sua esposa, Madame Crabbée Rocha, e como estávamos na Alliance Française, ffalávamos.. etc) entao ele dizia me que tinha trabalhos na gaveta durante 20 anos para encontrar a ultima versao..E o Sá de Miranda "lambia" os seus versos como a ovelha faz aos cordeirinhos....Ora eu escrevo desde os meus 10 anitos ,mas agora falta ainda este trabalho de revisao. revisao, revisao. Agradeço-lhes os seus comentarruios. Sp que puder apareça por aqui e diga o q pensa e...sente. Mt obrigada Luci

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  3. Desculpe ,mas diga me : está por aqui no facebook?
    SE puder dizer fico contente
    obrigada luci

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  4. Muito obrigado pelas suas palavras e por ter gostado do pequeno poema que lhe enviei. Escrevo poesia há alguns anos no absoluto anonimato, sem nunca ter publicado. Tive sempre, em tudo, a obsessão pela perfeição. Sou um picuínhas do caraças, escrevo quantitativamente pouco e passam longos períodos de tempo que nem o faço. Dos poetas de quem fala só conheço Miguel Torga, um poeta que aprecio bastante mais como contista e prosador do que como poeta. Sou da área da informática, mas tive uma professora do secundário que me pegou o gosto da leitura e daí veio esporadicamente a poesia. Não, não tenho facebook. Se a maioria das pessoas soubesse os perigos que encerra, mesmo sabendo defender-se (e eu sei bem fazê-lo) nunca abriria conta. Cheguei ao seu blog por puro acaso, googlando à procura de uma antiga namorada minha com o mesmo nome . Para completar, pode não acreditar, mas a minha identidade é verdadeira. Sou de origem espanhola, mais concretamente filho de pai galego. Daí o meu nome Joam de Almeida y Roiz. A propósito (ou a despropósito), o poema que lhe enviei vai já na quinta versão - creio que é a final, mas não posso assegurar - e passou a chamar-se "Encontro".

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  5. Bom dia.Joam Roiz.
    Li com atençao tudo o q me disse..Do seu poema Encontro, gostei O ultimo verso talvez ainda mude, nao?Talvez pudesse escrever mais... . Eu escrevo como quem respira .Faz me bem.Por vezes nao é tanto a quilidade literaria,mas a msg.que me interessa.
    Nao sou perita em informatica, até pelo contraio.
    Do facebook talvez me sirva para ir vendo a aceitaçao que possam ter as minhas ci oisitas.,mas nem me apercebo dos perigos.. talvez...
    E já agora, diga-me: Ha 5 meses vi 1 comentario assiando por si...Ainda é da mesma opiniao?Levei a serio o q me disse e ate lhe agradeço,
    A Galiza tinha 1 movimento que lutava para ser Portuguesa...suponho. .è muito semelhante a nós...
    Será que pode deixar seu endereço de email?
    Obrigada Adeus. Luci

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  6. Obrigado pela sua resposta. Para mim a qualidade literária é fundamental, até porque o conteúdo perde quase sempre muito se o rigor e a exactidão da forma não atingir a perfeição. Talvez seja por esse motivo que raramente escrevo e tenho a lucidez suficiente para saber que a minha poesia está muito longe de ter a qualidade suficiente para ser editada. Por trás do pequeno poema que lhe enviei fui traído por um arroubo de vaidade que, francamente, já me penaliza. Não falemos mais dele. Detesto sempre a personalidade das pessoas quem têm de si uma auto-estima tão elevada que lhes inibe a capacidade de auto-reflexão crítica e se comprazem com a adulação, muitas vezes hipócrita dos outros - porque escondem os verdadeiros motivos subjacentes - ou onde a adulação (se a isso se pode chamar adulação) resulta da mera ignorância de quem simplesmente não conhece ou domina o "estado da arte" das matérias sobre que opina. Decerto, não será esse o seu caso. Depois deste arrazoado (perdoe o plebeísmo), gostaria de desfazer rapidamente um equívoco. Só dei, como julgo já antes ter ficado implícito, pelo seu blog muito recentemente. Por isso, só pode estar equivocada relativamente à identidade de quem tenha escrito, eventualmente há cinco meses, sobre a sua poesia. Relativamente à Galiza, há uma difusão cada vez maior da cultura portuguesa e um número significativo de galegos que veriam com bons olhos uma aproximação maior a Portugal. Essa aproximação tem-se, aliás, vindo a intensificar, como tenho lido na imprensa dos dois lados, com os diversos acordos transfronteiriços assinados pelo Governo Autónomo da Galiza com diversas instituições públicas e privadas portuguesas, nomeadamente com a Junta Metropolitana do Porto e com a Comissão de Coordenação da Região Norte. Quanto ao endereço do meu email, como decerto compreenderá, reservo-o apenas aos amigos ou, em circunstâncias muito excepcionais, a um ou outro raro colega de trabalho, por motivos exclusivamente profissionais. Cumprimento-a, até uma próxima oportunidade.

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  7. "Lucinda-Umaponteparaoinfinito.blogspot.com.br

    Joam Roiz • 5 months ago
    Os poemas de Lucinda são fraquinhos, quase sem interesse. São arcaicos e sabem de mais a um catolicismo demodé. Um ou outro safa-se por uma simplicidade quase ingénua. São muito boas as intenções, mas de boas intenções está o inferno da má poesia cheio."..............................................................................................................
    (Qd lhe pedi email era para lhe enviar isto e nao colocar aqui ,mas ai vai..)

    Respondo ao seu ultimo comentario , mas não quero de modo algum incomodar.
    A minha pergunta anterior baseia-se neste comentario q como pode ver existe com o seu nome, que nem é um nome mt comum entre nós.

    Talvez possa haver aqui algum equivoco, pq o meu blog não termina em " br..." cf o endereço do blog visado ao qual se atribue tal comentario.
    De qualquer modo, sp reflecti sobre o aspecto formal da Poesia ( era o meu trabalho), mas há algo mais para além da tecnica, nas coisas da sensibilidade. As artes em geral que me dizem muito nos seus diferentes rostos, são sempre acolhidas e sentidas com aquilo que somos, pois a Estetica da Recepçao diz nos isso.Acho ainda que mostrar o que se produz é o maior acto de humildade, pq a nossa pobreza fica assim exposta na sua nudez.De qualquer modo como não somos ilhas , comunicamos .Agradeço tudo o q me dizem bom ou menos bom.Conheço a maioria das pessoas q comentam e tenho em conta o valor das opinioes segundo a proveniencia, ainda assim sei que as árvores quando são podadas dão sempre muito mais frutos.
    Desculpe insistir,mas se gosta de escrever ,por que não o fazer, pois todos seremos enriquecidos por isso.
    Muito obrigada e até sempre
    Luci




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  8. Cara Lucinda, fiquei estupefacto com a existência de um comentário, aparentemente da minha autoria, a respeito do mérito (ou demérito) da sua poesia. Na verdade, em Portugal não é muito usual um nome como o meu, embora conversando hoje ao almoço com familiares próximos, a minha já idosa e amada mãe me tenha afirmado que o apelido Roiz, embora raro, não é tão raro assim em famílias portuguesas de ascendência marrana. Apesar da falta de tempo, fiz uma pesquisa relativamente extensa e acabei por encontrar na net um homónimo Joam Roiz, com comentários políticos postados no blog Blasfémias que, à primeira vista, me parece dinamizado por extremistas de direita. Teria sido ele a produzir o comentário que transcreve? Não sei, mas seguramente sei que não fui eu. Quanto ao pedido do meu endereço informático, fiquei perplexo e não o comprendo em razão do que agora parece estar-lhe subjacente. O comentário não é meu e, mesmo que fosse, não vejo que a sua reprodução me pudesse causar qualquer incómodo. Vindo de novo à poesia: sou pouco ou nada dado a teorias estéticas, até porque a minha formação cultural nesta área é muito diminuta. A minha poesia (no que respeita a dar a conhecer o que produzo sou, "poeticamente", um misantropo) faz-se mais partindo da experiência do lido do que de teorias que nem suspeitava que existiam. E, quanto à importância que dou aos aspectos formais, talvez haja alguma deformação profissional. No domínio da informática, na óptica do programador, o conceito de estrutura (forma) é um conceito fundamental. Estou, sim, muito interessado que me diga onde posso adquirir alguns livros do poeta Sá de Miranda de quem me falou e não conheço (vi na net que é um poeta mais ou menos contemporânio de Camões), uma vez que, tendo já procurado nas poucas livrarias aqui em Viana, não encontrei nada do autor, nem sequer sobre o autor.
    Antecipadamente grato por uma eventual informação, cumprimento-a até uma próxima oportunidade.

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  9. Boa noite, João Roiz.
    Obrigada por ter respondiddo.
    Acredito no que me diz, mas com surgia de novo o mesmo nome, gostava de saber se mantinha a mesma opinião, pois tenho prestado atençao ao que escrevo.
    Sobre pedir lhe o seu endereço, não percebo o que tem de mal, mas “quem mal não faz, mal não pensa”.
    Tv tenha sido a minha ingenuidade, como diz o outro.
    E ou a minha ignorancia dos perigos informaticos, como já referiu.
    Claro que não estou contente ( nem nunca se fica seguro/a) com o que faz na escrita… nas artes , pois pode-se evoluir em cada dia. Aquele q se contenta com o q faz, não é capaz de fazer melhor.
    Eu gosto muito de aprender.Aprendo com toda a gente. Até com os meus animais que respeito e acarinho.
    Progredir até viver em todos os campos da minha vida faz parte da minha paixão de existir
    Como disse, aprendemos sp uns com os outros. Tudo são lições.
    Valorizo tudo o que sai dos humansom pq sou defensora da Pedagogia do Sucesso.
    Sp que os meus alunos produziam fosse o quer que fosse ( nos diferentes niveis em que me empenhei),tentava descobrir algo de positivo para os motivar, elogiando o seu esforço e lhes dar coragagem e vontade de avançar.Quem não gosta de um estímulo postivo?Até os animais..
    Há dias , um “senhor” veio ter gentilmente ter comigo para me agradecer 1 livro que lhe ofereci há mts anos na aula e cuja dedicatória tinha mudado a sua vida .Hoje lia-a para seus filhos cheio de orgulho.
    Isto deu me alegria.
    Amo o que faço.Fiz e farei. Valorizo e respeito o ser humano, sobretudo se ele se esforça.Não posso mentir quanto ao valor das coisas, mas arranjo uma maneira de encontrar sp algo de positivo e com delicadeza vou levantando interrogaçoes …É o próprio que se apercebe e descobre o que precisa corrigir. Sente esse sente desejo com entusiasmo.
    A alma humana é um dos objectos da minha reflexao há mts anos.Tive formação nessa area…etc .
    Ensinar é levar a pessoa ao entusiasmo e alegria da descoberta!
    Tudo está dentro de nós. É só descobrir…
    Peco desculpa se me alonguei ou lhe roubei tempo.
    Estes assuntos di zem me muito.
    ………………………………………………………………………………………
    Sobre Sá de Miranda dou lhe esta pista ..q certamente já viu …http://pt.wikipedia.org/wiki/S%C3%A1_de_Miranda#O_fim_da_vida_do_poeta
    .., mas em qualquer Biblioteca , há livros de Sá de Miranda da Ecditora Sá da Costa. Pode consultar.
    http://docs.paginas.sapo.pt/literatura_portuguesa/sa_de_miranda_e_outros.pdf
    PF VEJA QUI ESTE ARTIGO SUPER INTERESSANTE
    O sol é grande é um dos poemas mais belos da Literatura Portuguesa.

    O sol é grande: caem com a calma as aves,
    Do tempo em tal sazão, que sói ser fria.
    Esta água que de alto cai acordar-me-ia,
    Do sono não, mas de cuidados graves.
    Ó cousas, todas vãs, todas mudaves,
    Qual é tal coração que em vós confia?
    Passam os tempos, vai dia trás dia,
    Incertos muito mais que ao vento as naves.
    Eu vira já aqui sombras, vira flores,
    Vi tantas águas, vi tanta verdura,
    As aves todas cantavam de amores.
    Tudo é seco e mudo; e, de mistura,
    Também mudando-me eu fiz doutras cores.
    E tudo o mais renova: isto é sem cura!
    A precaridade do Homem Belissimo. Bom já nem sei se isto pode ir num comentario do blog.,
    Vale a pena sentir Sa de mIranda.
    Qts as regras do texto Poetico elas estao todas por ai,mas há mt há mt sobre este assunto..Prosa Poetica ..etc etc
    Desculpe se me alonguei
    Receba os meus cumprimentos
    E boa noite
    Lucinda

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